A educação não formal no Brasil
No periodo Colonial (1500 a 1800)
os principais educandos eram as populações economicamente desfavorecidas, estando entre elas indígenas, negros, mulatos, mamelucos, cafuzos e alguns brancos
adaptá-las ao meio social existente e desenvolver a sua participação adequada às necessidades
do mundo econômico, através do trabalho
Igreja Católica em suas congregações
religiosas (ordens) e leigas (irmandades e confrarias)
artesãos na maioria das vezes de origem portuguesa, a serviço do poder econômico local (proprietários rurais e Câmaras municipais)
“O primeiro mestre profissionalizante do Brasil chamou-se irmão Mateus Nogueira, que formou dezenas de bons ferreiros em São Vicente”.
Promovida
por meio dos sindicatos corporativistas vinculados ao Estado
1930 à 1960
Terceito Setor atuando com Educação Não Formal para a cidadania
1960 à 1980
Definiram a educação não-formal como uma atividade
educacional organizada e sistemática, levada a efeito fora do marco de referência do sistema formal, visando propiciar tipos
selecionados de aprendizagem e subgrupos particulares da
população, sejam estes adultos ou crianças.
Anos 90 - No Brasil a educação não formal vem se caracterizando por propostas de trabalho voltadas para a camada mais pobre da população, sendo algumas promovidas pelo setor público e outras idealizadas por diferentes segmentos da sociedade civil, em parceria com o setor privado, desde ONGS a grupos religiosos e instituições que mantêm parcerias com as empresas.
Surge a percepção de que a educação não é um monopólio da escola e da família
O segmento "não governamental" caracterizou-se também pela luta contra o regime ditatorial que instaurou-se no país de 1960 a 80 (CALEGARE, JUNIOR, 2009).
Segundo Gohn (1997) nesse mesmo momento histórico outro setor vem sendo explorado pela atuação da educação não formal é o da divulgação, preocupação e ações relativas a questões que envolvem a ecologia e problemas com o meio ambiente.
Campo de menor importância no Brasil
Anos 80
Demandas educacionais x demanda por educação
A educação não formal tem cunho político e social, na primeira vertente tem Maria da Glória Gohn como expoente, e na segunda Olga Von Simson.
O Estado passa a não atender às necessidades dos cidadãos no que tange à saúde, à educação, à moradia e à assistência social
Recessão = Fortalecimento das ONGs
Fórum Nacional da Educação - 1986
Início da construção da Nova LDB
Os anos 90 marcam um momento de redefinição de papeis, resignificação e reconstrução das identidades institucionais, salientando que a educação não formal não sedá com o objetivo de ocupar espaço ou substituir o papel da educação formal e da informal, mas para dividir e partilhar os diferentes fazeres desse novo tempo.
Passou a ter maior destaque em decorrência de mudanças na economia, na sociedade, no mundo do trabalho e da atuação de agências e organismos internacionais
Anos 90
Brasil diminui seu papel de executor ou prestador de serviços sociais, ficando somente com a regulação
O termo Educação Não-formal é colocado no Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos em 2003.
Afonso (apud PARK, 2005) adverte para o risco da valorização da educação não-formal e Frigotto (2001) fala sobre essa educação fortalecer a lógica do mercado, formação para o mercado. Montano (2010) coloca que o Estado repassa a responsabilidade da questão social para a sociedade.
Em 2006, a disciplina Educação Não Formal é criada em cursos de Pedagogia e Licenciatura
Educação Não Formal atuando para qualificação profissional.
grande destaque para Educação Não Formal ocorreu na década de 90, quando houve mudanças na economia,
na sociedade e no mundo do trabalho, exigindo das pessoas o
desenvolvimento de competências e novas habilidades.
Nova LDB - 1996
PRIMEIRO CASO
Relatório - Educação para o Século XXI - UNESCO
Jacques Dellors
1997
A educação como trunfo para a humanidade
A Educação como potencializadora de talentos e potencialidades (baseada em 4 pilares - Aprender a viver junto, aprender a conhecer, aprender a fazer e aprender a ser)
Lei do Terceiro Setor, nº 9.790/99.
Fischer e Falconer (1996) afirmam que as ONGs surgiram mais por pressão internacional do que por espontaneidade das organizações
Esta lei trata especificamente das OSCIPs - Organizações
da Sociedade Civil de Interesse Público
Em 2010, Gohn (p. 33) apresenta o seu conceito de Educação Não Formal:
é um processo sociopolítico, cultural e pedagógico de formação ara a cidadania, entendendo o político como a formação do indivíduo para interagir com o outro com a sociedade. Ela designa um conjunto de práticas socioculturais de aprendizagem e produção de saberes, que envolve organizações/instituições, atividades, meios e formas variadas, assim como uma multiplicidade de programas e projetos sociais
(a) aprendizado quanto a diferenças;
(b) trabalha o “estranhamento”, através da adaptação do grupo a
diferentes culturas, do indivíduo em relação ao outro;
(c) construção da identidade coletiva de um grupo;
(d) balizamento de regras éticas relativas às condutas aceitáveis
socialmente.