epidemiologia
vigilância epidemiologica
A Vigilância Epidemiológica é definida pela Lei nº 8080, de 19 de setembro de 1990, como um "conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos".
Tem como funções, dentre outras:
• coleta e processamento de dados
• análise e interpretação dos dados processados
• divulgação das informações
• investigação epidemiológica de casos e surtos
• análise dos resultados obtidos e recomendações
• promoção das medidas de controle indicadas
Os dados e informações que alimentam o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica são:
- Dados demográficos: permitem a quantificação de grupos populacionais, por meio de denominadores para o cálculo de taxas, levando-se em conta as variáveis: número de habitantes, nascimento, óbito, idade, sexo, raça, situação do domicílio, escolaridade, ocupação, condições de saneamento, etc.;
- Dados socioeconômicos: renda, ocupação, classe social, tipo de trabalho, condições de moradia e alimentação;
- Dados ambientais: poluição, abastecimento de água, tratamento de esgoto, coleta e disposição do lixo, aspectos climáticos e ecológicos também podem ser necessários para a compreensão do fenômeno analisado.
- Dados sobre serviços de saúde: hospitais, ambulatórios, unidades de saúde, acesso aos serviços
- Dados de morbidade: doenças que ocorrem na comunidade;
- Eventos vitais: óbitos, nascimentos vivos e mortos, principalmente.
Entretanto, a fonte originária destes dados alimentam os bancos de dados para a vigilância epidemiológica, e esta por sua vez destina-se à tomada de decisões
existem cinco grandes bancos de dados nacionais,
SIM – Sistema de Informação sobre Mortalidade
SINASC – Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos;
SINAN – Sistema de Informação sobre Agravos de Notificação;
SIA/SUS - Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde;
SIH/SUS - Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde;
Antropozoonoses
são zoonoses que são transmitidas dos seres humanos, como hospedeiros primários, para os animais.
Estima-se que cerca de 6 em cada 10 doenças infecciosas que acometem homens e mulheres sejam transmitidas por animais.
As doenças zoonóticas podem ser causadas por vírus, bactérias, parasitos ou fungos. Frequentemente, os animais que transmitem esses germes são domesticados e têm aparência saudável
zoonoses
As principais formas de transmissão das zoonoses são:
• Contato direto: contato com a saliva, sangue, urina, muco, fezes ou outros fluidos corporais de um animal infectado. Mordidas e arranhões entram nesse grupo.
• Contato indireto: contato com áreas onde os animais vivem, incluindo objetos, meios ou superfícies que possam ter sido contaminados.
• Vetores: picadas de carrapato, mosquito, percevejo ou pulga.
• Alimentos: ingestão de alimentos contaminados, como leite não pasteurizado, carne ou ovos mal cozidos ou frutas e vegetais crus contaminados com fezes de um animal infectado.
• Dengue
A dengue é uma doença causada pelo Vírus da dengue e transmitida através da picada dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus
• Doença da arranhadura do gato
A doença da arranhadura do gato é provocada pela bactéria Bartonella henselae. A sua transmissão se dá através de arranhões ou mordidas de gatos infectados.
• Doença de Chagas
A doença de Chagas é uma infecção provocada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, que é adquirida por meio da picada do inseto barbeiro das espécies T. brasiliensis, Panstrongylus megistus, T. pseudomaculata e T. sordida.
O local onde as pessoas vivem afeta a sua saúde e possibilidade de gozar de uma
vida próspera. Abrigo, habitação de qualidade, água limpa e condições sanitárias são
direitos humanos e necessidades básicas para uma vida saudável.
A Epidemiologia Ambiental aplica dois métodos para compreender as relações entre
o meio ambiente e a saúde
Saúde Ambiental no Brasil
No Brasil, os enfoques na abordagem de problemas de saúde relacionados ao meio
ambiente seguiram, em linhas gerais, os mesmos enfoques internacionais. Não seria
possível, nesse texto, descrever um histórico dessa relação em nosso país. Por isso, a análise
se limitará aos anos mais recentes
Epidemia: elevação do número de casos de uma doença ou agravo, em um determinado lugar e
período de tempo, caracterizando, de forma clara, um excesso em relação à frequência esperada.
Surto: tipo de epidemia em que os casos se restringem a uma área geográfica pequena e bem
delimitada ou a uma população institucionalizada (creches, quartéis, escolas, etc.).
Pandemia: em uma escala de gravidade, a pandemia é o pior dos cenários. Ela acontece quando
uma epidemia se espalha por diversas regiões do planeta. Em 2009, a gripe A (ou gripe suína) passou
de epidemia para pandemia quando a OMS.
Endemia: a endemia não está relacionada a uma questão quantitativa. Uma doença é classificada
como endêmica (típica) de uma região quando acontece com muita frequência no local. As doenças
endêmicas podem ser sazonais. A febre amarela, por exemplo, é considerada endêmica no Norte do
Brasil.
AS MEDIDAS DE PROTEÇÃO PARA ARBOVIROSES E
ANTROPOZOONOSES:
Arbovírus (de “arthropod borne virus”) são vírus que podem ser transmitidos ao
homem por vetores artrópodos.
Definição da OMS: “vírus mantidos na natureza através da transmissão biológica
entre hospedeiros vertebrados suscetíveis por artrópodos hematófagos, ou por transmissão
transovariana e possivelmente venérea em artrópodos. ”
Ciclos de Transmissão
Homem - artrópode – homem: Dengue, Febre amarela urbana. O Reservatório pode
ser ou o homem ou o vetor artrópodo. Pode haver transmissão transovariana.
Animal - artrópode – homem: Japanese encefalite, encefalites equinas Leste e Oeste,
Febre amarela silvática. O reservatório é um animal. O vírus é mantido na natureza em um
ciclo de transmissão Envolvendo o vetor artrópode e um animal. O homem se infecta
incidentalmente.
Prevenção
Vigilância - da enfermidade e de vetores
Controle de vetores- pesticidas, eliminação de locais de procriação.
Proteção pessoal - triagem de casas, redes de dormir, repelentes
Vacinação - disponível para algumas como Febre amarela, encefalites
Japonesa e Russa (carrapato).
Educação em saúde: devem-se desenvolver atividades de educação em saúde na
comunidade como um todo, visando à prevenção de zoonoses. É necessário priorizar as
localidades mais vulneráveis, atuando em escolas e outros locais em que se possa atingir
o público-alvo, de forma intensa e mais abrangente possível, utilizando-se também de
meios de comunicação, como rádio, TV, correspondência e internet.