FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO.

O CONCEITO DA EDUCAÇÃO

“as definições de educação são tão variadas quantas são as
correntes e autores que se dedicaram ao seu estudo”. LIBÂNEO

Sentidos da Educação por Libâneo, Educação como instituição
social, Educação como processo e Educação como processo

Clássicas Definições: Concepções Naturalistas/inatistas, Concepções Pragmáticas. Concepções espiritualistas, Concepções Culturalistas, Concepções ambientalistas, Concepções interacionistas.

A tendência da educação contemporânea é adotar concepções interacionistas, porém, existem várias versões das concepções interacionistas, nas quais Piaget, Wallon,
Vygotsky, entre outros estudiosos se diferenciam pela ênfase que dão à iniciativa do sujeito diante do meio.

Homeschooling, Educação domiciliar adotada na quarentena e discutida a muitos anos. A prática da educação domiciliar não é proibida no Brasil, porém, de acordo com a (LDBEN 9.394/96), os pais ou responsáveis devem efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 anos de idade.

EDUCAÇÃO NÃO FORMAL E FORMAL

São Complementares.

NÃO FORMAL: Instituições educativas com certo grau de sistematização e estruturação.

Aspectos culturais de lazer: museus, cinemas, praças, áreas de recreação, feiras, visitas, encontros.

Área social: organizações sociais, ONGS, e outras entidades filantrópicas ofertam projetos e ações
pedagógicas possibilitando espaços de aprendizagens.

São ricos meios para brincadeiras que estimulam a socialização e a coordenação motora
dentre inúmeros outros aspectos de aprendizagem que tais ambientes permitem explorar, ( PRAÇAS E PARQUES).

As fazendinhas, ambientes
enriquecedores no que tange a interação e conhecimentos de novas realidades.

Surgio na década de 60,

FORMAL: é aquela que tem uma estrutura bem como organização a ser seguida,
conta com planejamento e profissionais preparados, tem intencionalidade e é inclusive assegurada legalmente.

As modalidades de educação, a distância, profissional,
educação de Jovens e Adultos, educação especial, são consideradas meios para que educação formal aconteça.

No Brasil, a educação formal é regulamentada pela
(LDBEN, 9394/96). O sistema educacional brasileiro é dividido em dois níveis de educação: Educação básica e Educação superior e as modalidades de educação previstas pela legislação estão contidas nestes níveis de educação.

Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.

A educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17
anos, sendo: Educação Infantil gratuita às crianças de até 5 anos de idade, no Brasil compreende o atendimento às crianças de 0 a 5 anos.
Ensino fundamental, o Art. 32 da LDBEN, Lei nº 9.394/96, estabelece, mediante a redação da Lei 11.274/2006, que é uma etapa da educação básica com matrícula obrigatória a partir dos 6 anos de idade, e amplia a duração de oito para
nove anos. A última etapa da educação básica é o Ensino médio, conforme o Art. 35 da LDBEN, com duração mínima de três anos.

A educação superior caracteriza-se pelo outro nível da educação nacional e não é obrigatório.

Cursos sequenciais, os quais podem ser de formação específica, (que conferem
diploma), ou de complementação de estudos, que oferecem certificado de conclusão;
• Graduação, que compreende: Bacharelado, Licenciatura, Tecnológico.
• Pós-graduação, composta pelos níveis de especialização (pós-graduação lato sensu), mestrado e doutorado (pós-graduação stricto sensu);
• Extensão, representada por cursos livres e abertos a candidatos que atendam aos requisitos determinados pelas instituições de ensino superior.

Plano de Desenvolvimento da Educação . A principal meta do PDE é uma educação básica de qualidade, tornando- se necessário investir na educação profissional e na educação superior.

O PAPEL DO EDUCADOR

O professor é um educador, profissional capacitado para mediar os saberes e possibilitar aos
estudantes que a aprendizagem significativa se efetive. Que papel importante tem o professor enquanto educador e que desafiador se faz desenvolver bem sua função.

Precisa adaptar-se constantemente as novas demandas
sociais e educacionais, bem como tecnológicas, por isso, assim como a dinâmica educação, o educador/professor tem sua prática profissional permeada por mudanças e transformações.

O professor enquanto educador, precisa conhecer e atuar no processo da construção da
cidadania e contribuir para o sucesso na formação dos futuros cidadãos, formando indivíduos críticos e reflexivos.

Perspectiva ideológica; desenvolvimento prático da função docente e da formação do professor.

- A perspectiva tradicional que concebe o ensino como uma atividade artesanal, e o professor/a, como um artesão.
- A perspectiva técnica que concebe o ensino como uma ciência aplicada, e o docente, como um técnico.
- A perspectiva radical que concebe o ensino como uma atividade crítica e o docente, como um profissional autônomo que investiga refletindo sobre sua prática.

Concepção de educação tradicional, o foco estava na
transmissão de conteúdos, demandando uma estratégia didática de repetição e acumulação, nesse contexto, o perfil do professor está propenso a exposição ordenada dos conteúdos a fim de que os alunos memorizem tais saberes apresentados pelo docente.

Perspectiva técnica do educador, desenvolve competências e atitudes adequadas à intervenção prática,
técnica, não chega ao conhecimento científico.

Perspectiva radical, o educador/professor reflete sobre sua prática no sentido de buscar compreender os processos de ensino e aprendizagem. A partir dessa concepção, observa-se
que o educador é considerado um agente transformador que contribui para a consolidação de uma sociedade mais justa e que visa uma formação mais crítica.

Os professores educadores precisam manter-se atualizados, por isso inovam e se adaptam às necessidades da realidade da sociedade, os educadores
precisam inovar e muito o fazer educativo para que o aprendizado se efetive.

PANDEMIA 2020: As aulas presenciais foram substituídas pelo ensino remoto e apenas a transmissão de conteúdo não seria suficiente para atrair a atenção dos alunos.
Observação importante! Apenas o uso de tecnologias nas aulas não garante o rompimento da transmissão de conhecimento é necessário que a prática e as concepções metodológicas, ou seja, o fazer docente seja interativo e inovador.

Atuação do professor/educador:

Exemplo do que os alunos desejam de um bom professor: Domínio do conteúdo da disciplina;
- Domínio da metodologia do ensino; Bom
relacionamento com os alunos;
- Clareza nas explicações;
- Experiência profissional;
- Paciência;
- Compreensão;
- Dedicação;
- Capacidade de realizar aproximações da realidade do mundo atual com o conhecimento proposto;
- Pontualidade;
- Assiduidade.

Características que comprometem a
qualidade do trabalho docente: - Aula expositiva em que o professor dita a
matéria;
- Falta de conhecimento dos conteúdos;
- Falta de diálogo entre professor e aluno;
- Falta de assiduidade e pontualidade;
- Atitude autoritária;
- Ofensiva para com os alunos;
- Falta de compromisso com o cumprimento
do conteúdo programático proposto;
- Falta de didática.

A RELAÇÃO EDUCAÇÃO E SOCIEDADE

Existe relação entre educação e sociedade, pois a educação se faz a partir da interação e da adaptação as demandas e tendências da sociedade, pois o que acontece na sociedade reflete diretamente no contexto e no fazer educativo. Imagine, por exemplo, se a educação não se adaptasse às novas tecnologias, a quão defasada e ultrapassada estaria, e como seria frustrante para os estudantes.

Sociedade atual ou sociedade do conhecimento ; Uma sociedade dinâmica e altamente tecnológica.

Conceito do Mundo VUCA:

- Volátil (Volatility);
- Incerto (Uncertainly);
- Complexo (Complexity);
- Ambíguo (Ambiguity).

Contexto Militar, que se aplica perfeitamente no dia a dia das empresas e escolas, todos nós somos impactados pela imprevisibilidade nos planejamentos.

MUNDO BANI, criado em 2018 e com a pandemia acelerou a transformação digital.

- Frágil (Brittle);
- Ansioso (Anxious);
- Não linear (Nonlinear);
- Incompreensível (Incomprehensible).

O fazer educativo é aliado ao contexto social que também é ligado com o contexto político.

Tópico principal

ESTUDO DA EDUCAÇÃO ENQUANTO CIÊNCIA

Ciência é uma palavra que significa conhecimento, ou seja, um saber que é adquirido a partir da pesquisa por meio da
prática, trata-se de um conhecimento aprofundado. Portanto, a educação pode ser entendida como ciência, que engloba os atos de pesquisar, ensinar e aprender.

Não há uma forma única, nem um modelo único de educação. O autor nos mostra que a educação está
presente onde não há a escola e por toda parte pode haver transferências de saber de uma geração a outra, onde ainda não foi sequer criado um modelo de ensino formal e centralizado. BRANDÃO

É possível compreender que o desenvolvimento da educação
está ligado ao também desenvolvimento da sociedade. LIBÂNEO

A educação associa-se, pois, a processos de comunicação e interação pelos quais os membros de uma sociedade assimilam saberes, habilidades, técnicas, atitudes, valores existentes no meio culturalmente organizado e, com isso,
ganham o patamar necessário para produzir outros saberes, técnicas, valores, etc.

Ao considerar os processos formativos na sociedade se faz necessário pensar a pedagogia como uma ciência da educação ou seja, uma área de conhecimento da educação.

A Pedagogia tem como objetivo o entendimento, global e intencionalmente dirigido, dos problemas educativos e, para isso, recorre ao conhecimento provido pelas demais ciências da educação. LIBÂNEO

“a Pedagogia investiga fatores que contribuem para a construção do ser humano como membro de uma determinada sociedade, e os processos e os meios dessa formação”

“um campo de conhecimentos sobre a problemática educativa na sua totalidade e historicidade
e, ao mesmo tempo, uma diretriz orientadora da ação educativa.” Nesse sentido, é necessário repensar a educação e a ciência que a fundamenta para buscar a ressignificação do espaço científico da Pedagogia.

Certamente não se deve pensar que a Pedagogia é a única área científica da educação, outras áreas como: a Psicologia, a Economia, a Sociologia entre outras, tem como objetos de
estudo os problemas educativos e são consideradas importantes para o processo educativo.

PANORAMA HISTÓRICO DO PENSAMENTO
PEDAGÓGICO

A prática da educação está inserida na sociedade desde o início da civilização, quando as comunidades primitivas entendiam que a educação deveria acontecer em função da vida e para a vida, e a escola era a aldeia.

A educação é muito anterior à instituição escolar bem como a pedagogia.
Anteriormente ligada aos valores e princípios, bem como a própria religião, a educação e o pensamento pedagógico na atualidade estão mais voltados para o desenvolvimento da sociedade.

A Educação se manifestava por meio das transmissões dos valores essenciais para a manutenção do agrupamento social.

“nas comunidades
tribais as crianças aprendem imitando os gestos dos adultos nas atividades diárias e nos rituais”. ARANHA

Não havia um processo de ensino definido, o que se tinham eram processos sociais de aprendizagem onde não existia nenhuma situação escolar institucionalizada de transferência do saber. Com o passar do tempo a educação primitiva, marcada pelas tradições, apropriou -se de tendências religiosas e orientou os povos hindus, egípcios, hebreus e chineses.

“a escrita surge como uma necessidade de administração dos
negócios, à medida que as atividades se tornam mais complexas” ARANHA

e com o atendimento dessas novas necessidades a sociedade vai se desenvolvendo e junto a ela, desenvolve-se também a educação.

No decorrer da Idade Média o pensamento pedagógico foi estabelecido por meio de uma
tendência religiosa, preservada no princípio da autoridade da Igreja que impunha normas e impostos para a sociedade.

IDEOLOGIA EDUCACIONAL - Regida pelo poder de Cristo FEUDALISMO - Modo de produção, e o corpo por sua vez era considerado pecaminoso. ESCOLÁSTICAS - como uma corrente filosófica cristã
que tenta conciliar fé e razão.

Renascimento tem o intuito formar o homem burguês,
considerando apenas o clero, a nobreza e a burguesia.

a formação intelectual voltava-se para a cultura humanística, com atenção ao ensino de grego e Latim.

Aparecimento de colégios.

Reforma Protestante

Teve suas ideias espalhadas pela Europa. Ao dar condições iguais de leitura e interpretação da bíblia a todos, a educação passou a ser importante instrumento
para divulgação da reforma. Para combater a expansão protestante, surgem os jesuítas, com missão de catequizar os hereges, enfatizando dogmas e tradições por meio da educação.

A PEDAGOGIA REALISTA- SÉC. XVI

A pedagogia realista contrariava a educação antiga, excessivamente formal e retórica. Ao contrário, preferia O rigor das ciências da natureza, buscando superar a tendência literária e estética própria do humanismo renascentista.

PENSAMENTO PEDAGÓGICO MODERNO

O homem moderno passou a buscar por conhecimentos que anteriormente eram considerados proibidos. Assim desenvolve-se a paixão pela razão e o estudo da natureza, desenvolvendo técnicas e artes, de modo que a educação passa a ser norteada por princípios que a tornam mais realista.

João Amos Comênio o pai da didática moderna e considerado o maior educador e pedagogo do século XVII, dizia que a escola deveria ensinar o conhecimento das coisas, evidenciando o realismo pedagógico característico da
época. O ensino deveria ser unificado, isto é, todas as escolas
deveriam ser articuladas e a educação precisava acontecer durante toda a vida humana.

SÉCULO DAS LUZES

O Iluminismo do século XVII veio para difundir a formação do cidadão por meio da escola.

Na educação, a tendência liberal e laica foi fortalecida com a busca por novos caminhos para a aprendizagem e a autonomia do educando.

o pensamento pedagógico passa a ser marcado pela criação dos sistemas nacionais de educação, onde o Estado passou a ter uma participação maior na educação.

Os principais representantes do iluminismo; FRANÇA: Voltaire, D’Alembert, Diderot, Helvetius, Rousseau Montesquieu. INGLATERRA: Newton, Reid, Locke, Hume. ALEMANHA: Wolff, Lessing, Baumgarten, Kant.

“no contexto do Iluminismo, não fazia mais sentido atrelar
a educação à religião, como nas escolas confessionais, nem aos interesses de uma classe como queria a aristocracia” ARANHA

A partir de tais considerações evidencia-se que este é um novo paradigma da educação, com a proposta liberal e laica. Nesse contexto, surge também a ideia de obrigatoriedade e gratuidade do ensino.

A ideia de obrigatoriedade no ensino, não conteve o dualismo escolar, ou seja, havia a escola para a burguesia e escola para o povo.

A EDUCAÇÃO DO SÉCULO XIX

caracterizado por grandes mudanças sociais, econômicas e também educacionais, todos os acontecimentos permearam as significativas transformações desse período.

A educação permanecia restrita às classes dominantes, embora no decorrer do século discussões acerca de uma educação gratuita para todos tenha sido grande e consequentemente acarretou em uma mudança na oferta do ensino em alguns países.

Educação rígida onde o professor era a autoridade máxima na sala de aula e se priorizava a ordem nos processos
de aprendizagem, ainda que se buscasse uma formação mais crítica que outrora.

as ideias de Kant contribuíram para a definição do projeto educacional voltado para a construção de um agir e pensar autônomo.

Positivistas (Comte)- Defendiam que não cabe ao filósofo teorizar sobre “ideias sem conteúdo”. Idealistas (Fichte, Schelling e Hegel)- Destacaram a capacidade que Kant atribuía à razão de
impor formas a priori ao conteúdo dado pela experiência. Materialistas (Feuerbach)- Influenciaram a vertente socialista.

IDÉIAS SOCIALISTAS- mediante as contribuições de Aranha, cabe aos educadores:

A luta pela democratização do ensino (universal) e pela escola única (não dualista) , isto é, sem distinção entre formar e profissionalizar; A valorização do pensar e do fazer, em que o saber esteja voltado para transformação do mundo. A desmistificação da alienação e da ideologia, ou seja, a conscientização da classe oprimida.

No Brasil, século XIX, ainda não existia uma política de educação planejada, existiam as aulas régias do tempo de Pombal. Com a chegada da família real ao Brasil, as escolas foram criadas, sobretudo, escolas superiores, para atender às necessidades do momento.

EDUCAÇÃO NO SÉCULO XX

século de conflitos, e
reivindicações por democracia.

as propostas de educação pública, laica, gratuita e obrigatória do século anterior, se reafirmaram no século XX.

ESCOLA NOVA

Essa proposta surge com o desafio de romper com a educação tradicional.

“a teoria da Escola Nova propunha que a educação fosse instigadora da mudança social e, ao mesmo tempo, se transformasse porque a sociedade estava em mudança”. GADOTTI

colocava o aluno como centro do processo de ensino, pois nessa perspectiva considerar as individualidades e a diversidade existente possibilitaria uma formação mais ampla e eficaz no sentido de construir uma sociedade mais democrática e sujeito aptos a interferir na realidade que os cercavam de maneira reflexiva.

Jean Piaget (1896-1980), crítico da escola tradicional, atestou que a escola tradicional não ensinava o aluno a pensar. Piaget considerava que o professor precisava trabalhar de acordo com as etapas do desenvolvimento mental do aluno para obter bons resultados na aprendizagem.

A escola nova propõe o respeito à criança e traz o educador como mediador capaz de intervir, de mostrar um caminho.

O pensador Carl Rogers (1902-1987), por sua vez, enfatizou a importância de uma escola centrada no estudante e não no professor e no conteúdo. Destacando a importância da
afetividade nas relações, pois o professor é um facilitador da aprendizagem.

Para Celétin Freinet (1896-1966), outro teórico da contemporaneidade que se destaca, com seus ideais que pregavam que a escola do futuro seria a escola do trabalho e este desenvolveu sua pedagogia em um cenário de profundas desigualdades sociais, resultantes da Primeira e Segunda Guerra Mundial. Defende que é por meio das experiências que as crianças chegarão ao conhecimento, nesse contexto, as escolas precisam se adaptar ao meio social das crianças.

Emília Ferrero, segundo a qual o construtivismo é a base para o ato educativo, enfatizando que o educador deve respeitar os estágios de conhecimentos do educando para desenvolver sua prática pedagógica.

O Brasil, país de terceiro mundo, e que imperou o domínio português advindo da colonização com a chegada dos jesuítas que trouxeram um ensino baseado na memorização e na repetição mecânica, desenvolveu um otimismo de reconstruir a sociedade por meio da educação.

Novas ideias surgiram com o iluminismo e a educação passou a ser pensada como um meio para mudar as mentalidades das pessoas e assim revolucionar a sociedade, democratizá-la
formando cidadãos críticos perante as realidades que os cercam.

Em um cenário entremeado de burguesia no poder, entre ditaduras e redemocratização, a educação ganha novas nuances, impulsionada por movimentos em prol da educação popular e pública, desenvolve-se assim o pensamento pedagógico brasileiro.

Paulo Freire baseada na concepção de que
educador e educando aprendem juntos numa relação dotada de muita dinâmica e num processo de constante aperfeiçoamento. Traz à tona a discussão de que é por meio da educação que se forma a autonomia intelectual do cidadão e este irá intervir sobre a realidade e com esta concepção, crítica a educação da sociedade dividida em classes.

A EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE CAPITALISTA

A educação objetiva nos emoldura nas expectativas do meio social em que vivemos, e que o contexto social e econômico vivido refletirá diretamente no processo de ensino e aprendizagem experienciado pelos estudantes e profissionais da educação.

O capitalismo surge em um contexto social em que muitos sujeitos encontram-se em situação de precária condição social e poucos em situação privilegiada, e reforça essa
oposição, tendo na educação um mecanismo de manutenção da ordem social, ainda que em uma sociedade tão desigual.

O capitalismo transformou o modo de viver, pensar e de agir das classes sociais que eram divididas entre as dominadoras e as dominadas. É nesse contexto, que a se materializa o
lucro.

a educação na sociedade capitalista se torna um elemento de
manutenção da hierarquia social, nesse contexto o aluno é afastado de um sistema educacional que visa a sua emancipação.

PEDAGOGIA LIBERAL TECNISTA

“a educação liberal reflete os ideais da burguesia e
enfatiza o individualismo e o espírito de liberdade”. ARANHA

a predominância de uma organização social com base
na propriedade privada dos meios de produção, concebida enquanto sociedade de classes.

O significado da palavra liberal, vem do sentido de
“avançado”, “aberto”. Porém, a vertente “liberal” surge para justificar o sistema capitalista,

No Brasil, a pedagogia liberal é crescente, seja em sua forma
conservadora ou renovada. Nessa concepção, a escola possui como função preparar o indivíduo para desempenhar os diversos papéis sociais, de acordo com as aptidões individuais
que possuem, para isso, eles precisam aprender e se adequar aos valores e às normas vigentes na sociedade de classes, considerando para isso o desenvolvimento cultural.

“a medida que o desenvolvimento do comércio e da indústria exigia maior escolarização, as crianças proletárias frequentavam escolas em que tudo diferiam daquelas
reservadas à classe dominante.” ARANHA

TECNICISMO NO BRASIL

a tecnologia se torna o meio eficaz de obter a maximização da produção e garantir assim o bom funcionamento da sociedade, sendo a educação um recurso fundamental. É possível considerar que este foi um período de conflitos na educação brasileira, de reformas educacionais autoritárias que visavam atrelar o sistema educacional ao modelo econômico ora existente.

Sob a ótica da tendência tecnicista, o papel da escola é mudar o comportamento do aluno por meio de treinamento. Essa tendência tem como base o behaviorismo e as técnicas de condicionamento.

O CONTEXTO DA EDUCAÇÃO CRÍTICO-REPRODUTIVISTA

O conceito de reprodutivismo surgiu, no contexto educacional, em função da contradição entre a tendência ingênua que afirmava ser a educação um instrumento de promoção da igualdade entre os membros de uma comunidade e o verdadeiro papel exercido pela mesma
no contexto social.

Teorias crítico-reprodutivistas: Violência Simbólica; Consideram como Violência Simbólica aquela exercida pelo poder de imposição das ideias transmitidas por meio da comunicação cultural, da doutrinação política e religiosa, das práticas esportivas, da educação escolar. Bourdieu e Passeron

Escola Enquanto Aparelho Ideológico do Estado; Considera a função da escola inserida no contexto da sociedade capitalista. Althusser

Louis Althusser , que defende que dentro da sociedade capitalista, a escola concomitante ensina um saber prático para desenvolver a qualificação da força de trabalho e reproduz a ideologia da classe dominante para assim reproduzir a força de trabalho qualificada e necessária ao sistema capitalista, tornando-se assim, um instrumento de dominação ideológica e um dos elementos do Aparelho
Ideológico do Estado.

Podem ser definidas enquanto duas grandes redes de escolaridade a “Rede SS –Secundária Superior”, que objetiva conduzir os alunos à Universidade, e “Rede PP – Primária
Profissionalizante”, que acaba no primeiro grau e objetiva levar o aluno imediatamente ao trabalho manual.

Essa divisão reafirma a divisão estabelecida socialmente entre trabalho intelectual (Rede SS) e trabalho manual (Rede PP), contribuindo com a manutenção da estrutura social capitalista.

Teoria da Escola Dualista; Consideram que, se vivemos em uma sociedade dividida em classes, não é possível haver uma escola única. Baudelot e Establet

Os sociólogos franceses, Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron desfazem a ilusão da autonomia absoluta do sistema escolar, ou seja, por trás de uma aparência neutra a escola provoca uma violência simbólica, por meio da cultura e ideologias existentes e enfatizadas.

TEORIAS PROGRESSISTAS

O surgimento das teorias progressistas no contexto educacional é decorrente principalmente da reação e superação da ideologia Crítico-Reprodutiva, que apesar de ter desenvolvido uma crítica severa a Escola Tradicional e a Escola Nova, salientando o caráter ideológico da educação, acabou por se consolidar em uma postura negativista, difundindo a sensação de impotência.

As teorias progressistas visam uma formação mais crítica
e livre considerando maior participação do estudante, formando-o enquanto cidadão crítico, reflexivo, fazem parte dessa vertente as correntes libertadora, libertária e crítico social dos conteúdos ou histórico-crítica.

FOCO DAS TEORIAS PROGRESSISTAS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO: Educação Popular, Valorização da escola pública, Valorização do professor, Prioriza o domínio dos conteúdos científicos, Desenvolver a consciência crítica no homem, Educação escolar crítica: transformações sociais e econômicas.

A educação progressista quer formar o ser humano pelo e para o trabalho, ou seja, recusa tanto a educação humanista tradicional que visa à aquisição de uma cultura supérfula “de adorno” para os ricos, quanto a sonegação da cultura erudita para os pobres .ARANHA

Um dos pressupostos da Pedagogia Progressista é incentivar um ensino sistêmico, superando a fragmentação e a simples reprodução do conhecimento, desenvolvendo uma ação pedagógica que leve à produção do conhecimento e a formação de um sujeito crítico e inovador. Para isso, o professor deve questionar e induzir seus alunos à crítica da realidade, proporcionando a democratização do saber.

Um dos grandes representantes da pedagogia progressista no Brasil é Paulo Freire, em sua pedagogia libertadora, apresenta uma proposta de humanização do professor e do
processo educativo como um todo, defendendo seu pensamento em favor de uma sociedade mais justa e igualitária, de uma formação crítica e consciente aos estudantes

Entre os pioneiros da tendência progressista se encontram:
- PISTRAK, MAKARENCO, ANTONIO GRAMSCIC, CÉLESTIN FREINET.

DESAFIOS DA EDUCAÇÃO PARA O SÉCULO XXI

INOVAÇÃO E ATUALIZAÇÃO

O trabalho em sala de aula hoje precisa ser inovador e para tal, cabe ao professor estar atualizado.

A Educação para o século XXI exige critérios, postura crítica, orientação e interação criativa no tratamento, recebimento, processamento da informação e criação do conhecimento.

PILARES DO CONHECIMENTO

- aprender a conhecer;
- aprender a viver juntos;
- aprender a fazer;
- aprender a ser.

A educação contemporânea tem a finalidade de preparar os indivíduos para as várias demandas da sociedade do conhecimento. Nesse contexto, além de conhecimento, criatividade e habilidades é necessário formar cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres, resgatando e consolidando o ser humano existente dentro de cada indivíduo.

Outro grande desafio da educação do século XXI é o de promover o desenvolvimento integral do estudante, para que assim, este sujeito tenha condições de atender às novas
exigências sociais e econômicas, que estão em constante transformação.

Entende-se que no século XXI o ensino e aprendizagem não pode acontecer de maneira limitada, visto que a missão é desenvolver o pensamento do estudante, bem como a sua
capacidade de analisar, raciocinar e executar.

“Todo processo de aprendizagem é uma fonte de desenvolvimento que ativa numerosos processos, que não poderiam desenvolver-se por si mesmos sem a aprendizagem” VYGOTSK

Sobre a prática pedagógica inovadora Behrens (2003),
afirma que está designada como paradigma emergente, tem se baseado na visão holística, propondo uma ciência que supere a fragmentação em busca do todo e que contemple as
conexões, o contexto e as inter-relações dos sistemas que integram o planeta.

Segundo Gardner (1999), a perspectiva das inteligências
múltiplas pode tornar-se uma parceria poderosa no ensino efetivo, pois “os educadores precisam levar em conta as diferenças entre as mentes de estudantes e, tanto quanto possível, moldar a educação que possa atingir a infinita variedade de estudantes”

De acordo com minha análise, todos os seres humanos possuem, pelo menos, oito formas nitidamente separadas de inteligência. Cada inteligência reflete o potencial para resolver problemas ou criar produtos que são valorizados em
um ou mais contextos culturais . GARDNER

“Inovação na sala de aula” Christensen, Horn e Johnson

- Inteligência Linguística: A capacidade de pensar em palavras e de usar a linguagem para dar expressão a significados complexos.
- Inteligência Lógico-matemática: A capacidade de calcular, quantificar elaborar proposições e hipóteses e realizar complexas operações matemáticas. - Inteligência Espacial: A capacidade de pensar em formas tridimensionais, perceber imagens externas e internas, recriar, transformar ou modificar imagens, transportar a si mesmo e a objetos pelo espaço, produzir ou decodificar informação gráfica.
- Inteligência Corporal-cinestésica: A capacidade de manipular objetos e de refinar habilidades físicas.
- Inteligência Musical: A capacidade de distinguir e criar movimento, melodia, ritmo e tom.
- Inteligência Interpessoal: A capacidade de entender e interagir efetivamente com os outros.
- Inteligência Intrapessoal: A capacidade de construir uma autopercepção refinada e de usar este conhecimento no planejamento de terminação da própria vida.
- Inteligência Naturalista: A capacidade de observar padrões da natureza, identificar e classificar objetos e entender sistemas naturais e sistemas produzidos pelo homem.

UM NOVO ENSINO PARA UMA NOVA APRENDIZAGEM

A sociedade contemporânea vivencia momentos de incerteza. A instabilidade das informações e mudanças de cenários políticos, econômicos e produtivos são constantes.

Com tantas possibilidades de informações e interações,
o ensino não pode ser estático. Os estudantes esperam mais dos professores e do material didático ao mesmo tempo em que professor e estudantes se adaptam a uma nova realidade
educacional.

A PANDEMIA CORONA VÍRUS

Toda prática educacional precisou ser inovada. Escolas fechadas, espaços de educação informal fechados, desafios de ensinar a distância para alunos que não possuem os equipamentos adequados nem o acesso à internet e professores dividindo a casa e a família com os horários de aula, tudo no mesmo local, em casa. Uma nova realidade que demandou mudanças bruscas e repentinas no âmbito educacional.

Sobre ação pedagógica, a reflexão necessária é quanto ao modelo de ensino, em plena era tecnológica e de informação, o processo ensino não consegue acompanhar o ritmo acelerado das mudanças.

A Escola de hoje requer um professor mais crítico, criativo, segundo contribuições de Ibernón , o que se observa é que “nas próximas décadas, a profissão docente deverá desenvolver-se em uma sociedade em mudança, com alto nível tecnológico e um vertiginoso avanço do conhecimento”.

TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

A essência da aprendizagem significativa reside em que as ideias expressadas simbolicamente são relacionadas de modo não-arbitrário, mas substancial, com o que o aluno/a já sabe. O material que aprende é potencialmente significativo para ele.

O material aprendido de forma significativa é menos sensível às interferências a curto e muito mais resistente ao esquecimento, porque não se encontra isolado, mais assimilado a uma organização hierárquica dos conhecimentos que referem à própria área temática. A aprendizagem anterior e posterior não só não interferirá,
como, pelo contrário, reforçará a significação e importância da aprendizagem atual, sempre e quando continue sendo válida dentro do conjunto hierárquico.

O ponto de partida da teoria de ensino proposta por Ausubel é o conjunto de conhecimentos que o aluno traz consigo. Este conjunto de conhecimentos, Ausubel dá o nome de
estrutura cognitiva e, segundo ele, é a variável mais importante que o professor deve levar em consideração no ato de ensinar. O professor deve estar atento tanto para o conteúdo como para as formas de organização desse conteúdo na estrutura cognitiva.

“A essência do processo de aprendizagem significativa é que as ideias expressas simbolicamente são relacionadas às informações previamente adquiridas pelo aluno através de uma relação não arbitrária e substantiva (não literal)”. Esse é um aspecto relevante na sua teoria, pois para acontecer a aprendizagem significativa, o material a ser apreendido (uma imagem, um símbolo, um conceito) deve estar incorporado à estrutura cognitiva da criança de maneira não-arbitrária.

APRENDIZAGEM COLABORATIVA

A aprendizagem colaborativa está embasada na concepção sócio-interacionista, que tem Vygotsky como seu maior expoente.

Na perspectiva colaborativa, a ação dos alunos sobre os conteúdos e ação de intervenção dos professores são fundamentais para o desenvolvimento de estratégias cognitivas que promovem o conhecimento e a capacidade de lidar com situações novas. A aprendizagem tem origem na ação do aluno sobre os conteúdos específicos e sobre as estruturas previamente construídas que caracterizam seu nível real de desenvolvimento no momento da ação

“CONE DE APRENDIZAGEM" Edgar Dale

Considerando que a aprendizagem colaborativa tem como princípio a intenção com o outro, o compartilhamento de aprendizagem e estimular a convivência, uma sugestão para
aplicar essa aprendizagem colaborativa seria elaborar e implementar atividades com base na Pirâmide do Aprendizado proposta por Dale (1990), que estimule 90% da aprendizagem, ou seja, que o aluno precise falar ou fazer estimulando a interação com outras pessoas, mesmo as que o aluno tem contato em casa, a própria família.

Um ambiente de aprendizagem colaborativa está pautado em espaços educacionais dinâmicos e participativos, que haja possibilidade de interação entre os sujeitos, alunos - alunos,
alunos - família, alunos - professor e interação destes com experiências exteriores.

A postura do aluno colaborativo contribui de maneira significativa para a aprendizagem otimizada onde ocorre a construção do conhecimento conjuntamente, professor-aluno professor. Este novo aluno, derivado da sociedade da informação e do conhecimento, não se encaixa nos moldes tradicionais de ensino, onde o professor é o detentor do conhecimento e o transmite de forma direta, por meio de aulas expositivas e muitas vezes cansativas. Por este motivo, a busca pelas metodologias criativas e inovadoras baseadas na neuroeducação mostram um caminho de transformação na educação e nas salas de aula.

Para modificar esse perfil educativo, observa-se a necessidade de aperfeiçoamento profissional por parte do professor, pois ele que irá desenvolver aulas dinâmicas e criativas, precisa estar realmente preparado para isso, fazer uso de metodologias inovadoras tem tirado muitos professores da sua zona de conforto, desafiando-os a reinventar sua prática profissional, com o objetivo de promover um ensino e aprendizagem cada vez mais eficaz
e significativo.

Metodologias ativas da aprendizagem

Uma atividade prática, na qual o aluno possa ser responsável pela criação do
conhecimento e ainda colaborar com outros alunos.
• A partir de situações-problemas, propor uma atividade de pesquisa que estimule a construção do conhecimento.
• Proporcionar conexões lúdicas, artísticas e criativas.

• O professor é um mediador, facilitador.
• Ensino e aprendizagem são experiências compartilhadas entre professores e alunos.
• É necessário o equilíbrio entre aula expositiva e as atividades práticas.
• A participação em atividades em grupos ajuda no desenvolvimento de habilidades de pensamento e consequentemente na criação do conhecimento.
• A corresponsabilidade pelo aprendizado individual e em grupo aumenta o desenvolvimento intelectual.
• A exposição de ideias em pequenos grupos aumenta a possibilidade de reflexão do aluno sobre suas próprias crenças e processos mentais. • Aumenta as habilidades de trabalho em equipe por meio da construção de consenso.
• A sensação de pertencer a uma comunidade acadêmica pequena e acolhedora aumenta o sucesso do aluno na sua retenção

O professor enquanto mediador deve contribuir para que o seu aluno desenvolva a autonomia diante do conhecimento, dessa forma, estimulando a formação de cidadãos
críticos, reflexivos e partícipes da sociedade contemporânea.

NOVOS ESPAÇOS EDUCATIVOS

os espaços educativos estão relacionados aos prédios das instituições de ensino, sejam da educação básica ou do ensino superior, nesses espaços certamente acontecem processos educativos, contudo, o que precisamos refletir é
que há espaços para além dos prédios escolares em que a educação também se faz presente.

Sabe-se que a estrutura da educação nacional está amparada pela Constituição Federal de 1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei n° 9394/96, tais leis irão amparar especialmente a educação formal, mas vale ressaltar que há espaços nãoformais em que a educação também se faz presente.

Vivenciamos a era da informação e do conhecimento que
caracteriza a sociedade atual e que demanda dos profissionais de diversas áreas, a capacidade de mudança e adaptação. Para os profissionais da educação, não é diferente. Verificou-se, com a evolução das redes de comunicação e da tecnologia, mudanças significativas no âmbito educacional, com a consolidação da educação a distância, do ensino híbrido e, também, na forma como acontece o ensino presencial.

O mundo físico e o virtual não se opõem, mas se complementam, integram, combinam numa interação cada vez maior, contínua, inseparável. Ter acesso contínuo ao digital é um novo direito de cidadania plena. Os não conectados perdem uma dimensão cidadã fundamental para sua inserção no mundo profissional, nos serviços, na interação com os demais.

atualmente bibliotecas e museus virtuais, verifica-se, também, o surgimento de laboratórios digitais, que permitem o acesso a diferentes experimentos também de maneira remota, tal recurso tem sido utilizado tanto por estudantes em seus respectivos cursos como por qualquer pessoa que tenha o interesse em conhecer

A partir desse estudo podemos perceber que os espaços educativos não estão somente nas instituições de ensino e nas salas de aula e que com o advento da tecnologia observa-se um aumento crescente de ensino formal a partir de ambientes virtuais de aprendizagem.

ESCOLA SEM PROFESSOR

Apesar da falta de professor ser ainda uma
realidade em muitas regiões do país, não será este o foco deste estudo, o objetivo aqui será refletirmos a respeito de analisar as possibilidades da autoaprendizagem, sem o professor que conhecemos para conduzir uma aula.

vale considerar que o professor com as características de um ensino tradicional já não cabe em nossa realidade, e posteriormente a função do professor é fundamentalmente importante por isso ele precisa manter-se atualizado em suas práticas e manter-se atuando em prol de processos de aprendizagem eficazes.

É possível verificar que já existe uma universidade sem professores, onde não há livros e
nada é pago, essa universidade que revolucionou o pensar educativo está no Vale do Silício, na Califórnia. A ideia é receber por ano mil estudantes interessados em programação de computadores e desenvolvimento de software.

O mais importante acerca dessa temática é pensar que a respeito da formação do professor e sua relevância para o sucesso do ensino e aprendizagem.

A educação hoje precisa ser dinâmica, participativa,
considerar os saberes dos alunos e a troca coletiva de informação, por isso é necessário que as relações entre professores e alunos sejam repensadas.

Aprendizagens em épocas de incerteza

a formação de professores deve possibilitar espaços para que as pessoas aprendam e se adaptem para poder conviver com a mudança e com a incerteza.

Mudanças nos conceitos de família, no mercado de trabalho, contextos de imigração,
acesso ilimitado à informação e valores sociais emergentes.
A atividade docente não é mais a mesma diante de tantas incertezas da sociedade do século XXI.

Não há previsão para acabar a profissão docente, o que se observa são instituições e processos de ensino cada vez mais educadores e que demandam de novos profissionais,
ou seja, o professor precisa se reinventar, ser muito criativo, ter domínio dos conteúdos e para além deles, das técnicas inovadoras de ensino e aprendizagem. Isso demanda um trabalho de busca e aperfeiçoamento constante por parte dos profissionais da educação.

Na perspectiva colaborativa, a ação dos alunos sobre os conteúdos e ação de intervenção dos professores são fundamentais para o desenvolvimento de estratégias cognitivas que promovem o conhecimento e a capacidade de lidar com situações novas. A aprendizagem tem origem na ação do aluno sobre os conteúdos específicos e sobre as estruturas previamente construídas que caracterizam seu nível real de desenvolvimento no momento da ação.

Essa tendência da educação, na qual o aluno é o centro do aprendizado e tem-se uma personalização do ensino, visto que o aluno passa a ser um agente ativo no processo de
aprendizagem, nesse sentido, o professor deve criar situações de aprendizagem em que possam ocorrer trocas significativas.

Personalização do Ensino se refere a uma série de
estratégias pedagógicas voltadas a promover o desenvolvimento dos estudantes de maneira individualizada, respeitando as limitações e os talentos de cada um.

Nesse pensamento educativo, o aluno assume
outro papel e passa, também, ser responsável pela sua aprendizagem, sendo um agente ativo dela. Nessa perspectiva, ao considerar o aluno no centro da aprendizagem, há mudanças na postura do professor. Assim como o aluno, o professor assume uma nova prática profissional.

“O papel do professor é essencial, quando descobre que sua finalidade é ajudar o aluno a organizar, ampliar e aprofundar os saberes que traz consigo”. ANTUNES

O professor, assim, deve manter-se atualizado no sentido de inovar em sua profissão, pois os alunos também mudaram e aprendem de diferentes maneiras.
Esse contexto de mudanças também está presente na educação não formal, as formas de aprendizagens cada vez mais personalizadas que buscam aliar a tecnologia e autonomia dos educandos.