A vida e a morte dos métodos

A discussão sobre a validade, a vida e a morte do método todo como uma entidade conceitual se aplica também ao conceito de abordagem.

Abordagem e métodos são entidades conceitualmente distintas.

Para Richards e Rodgers não se pode perder a distinção de vista, pois os métodos tendem a durar menos tempo nas prateleiras do que as abordagens.

Os métodos duraram até o fim dos anos 1980...

Ensino de inglês no Brasil X Índia X África do Sul.

Implicações políticas e ideológicas.

O conceito de um 'método' único e prescritivo - tal como o método direto ou o método oral - parece agora estar morto e enterrado.

Thornbury não está convencido e, por isso, não consegue ser categórico.

Não existe o melhor método.

A condição pós-método se refere a " um estado sustentável de coisas que nos compele a reestruturar fundamentalmente nossa visão de língua e de formação de professores.

Sistema tridimensional que consiste nos seguintes parâmetros:

Particularidade

Praticidade

Possibilidade

Pedagogia pós-método

Kumaravadivelu caracteriza o aprendiz e o professor pós-método como autônomo.

Macroestratégias

Insights teóricos

Microestratégias

Técnicas usadas em sala.

Outros teóricos aderem à ideia de uma era pós-método.

Ex: Thornbury

Ele nota o uso frequente da palavra método em anúncios publicitários de cursos de inglês.

Livros sobre métodos ainda são muitos consumidos.

Pós-modernidade

Remete a uma gama complexa de fenômenos sociais e culturais estreitamente vinculados à modernidade.

A adoção de um método por uma escola ou por um instituto de idiomas faz com que professores e alunos se comportem de maneiras determinadas, específicas e rígidas.

A teimosa persistência dos métodos

Os teóricos pós-método afirmam que a era dos métodos acabou, que os métodos morreram.

Nenhum teórico apresenta dados de alguma pesquisa que de suporte às suas afirmações.

A decretação da morte dos métodos é motivada por um fato inegável.

Ex: há alguns anos, o campo de ensino de línguas estrangeiras vivencia uma época de incertezas teóricas profundas.

Esta é uma época de questionamentos.

Até hoje, nenhum método resolveu, de maneira inquestionável, os problemas do ensino de línguas estrangeiras.

Mas de certa forma, contribui para algum descrédito em relação aos métodos propostos até hoje.

Apesar das alegações dos teóricos pós-método, a noção de método não parece ter desaparecido completamente.

Em 1989 publica o artigo de nome The Concept of Method, Interested Knowledge, and the Politics of Language Teaching.

A era pós-método

Pennycook

Outros teóricos começam a refletir sobre a validade da noção de método.

Para ele, o conceito de método é conveniente para a ortodoxia que impera na área de ensino de inglês como segunda língua ou outra língua.

Richards

Nos remete exatamente a para além do método.

Em 1990, lança o livro The Language Teaching Matrix.

Kumaravadivelu provavelmente é o mais conhecido e o mais citado na literatura sobre o tema.

Para ele, o método está cercado por mitos.

Aponta vários mitos.

Propõe o termo condição pós-método

A era pós-método não nos remete a um momento em que não existem métodos, mas a um momento em que o conceito de método está sendo questionado e problematizado de uma forma nova.

É claro que os métodos não morreram. pelo menos, não até este começo de segunda década do século XXI.

Segundo dados os métodos mais mais usados no ensino de inglês são a abordagem comunicativa e o método eclético.

Segundo esses dados, Liu conclui que há lugar, sim, para os métodos no ensino de línguas estrangeiras na era pós-método.

Liu nota que o conceito de método no ensino ainda é uma noção importante e comumente utilizada.

É preciso ter cuidado para que o termo método eclético não se transforme em mais uma buzz word,ou seja, para que de tanto ser usada acabe sendo aplicada para qualquer coisa.

Usar este método em sala não significa usar qualquer coisa.

Segundo dados os métodos mais usados no ensino de inglês são as abordagens comunicativa e método eclético.

Alguma evidência empírica é necessária para provar que os métodos de ensino de línguas estão realmente mortos ou ainda disponíveis na era pós-método.

O questionamento se intensifica após muitas tentativas de descobrir o método de ensino de línguas que fosse o melhor.

Teóricos começam a se questionar.

A existência de algo que pode ser chamado de "o melhor método" é um mito porque simplesmente não há mais o que inventar em termos de métodos que seja novidade.

Nos Estados Unidos, a obsessão pela busca do melhor método era forte na década de 1990.