Base teórica

Cidade

Metrópole

"Cidade mãe"

Órgão produtor de subjetividade

Órgão protetor contra o desamparo

Características

Maior velocidade das mudanças

Maior população

Menos pertencimento

Mais individualidade

Desenraizamento

Estrutura da impessoalidade

Escalas maiores

Menos escala humana

Verticalização

Menos espaços de convívio social

Estudo da morfologia urbana

relaciona os processos sociais à evolução da forma urbana ao longo do tempo.

Evolução urbana
Porto Alegre e principais capitais do Brasil

mudanças a partir de 1920 que fazem parte de transformações profundas no urbano

1924-1945
A busca de uma modernidade urbana

Plano Geral de Melhoramentos

Redesenho da cidade em termos de uma modernidade

Livros

POA: Os Ratos (Dyonélio Machado)

POA: Caminhos cruzados (Érico Veríssimo)

POA: Cadeiras na calçada (Thelmo Vergara)

POA: A ronda dos anjos sensuais (Reynaldo Moura)

RJ: "A alma encantadora das ruas" (João do Rio)

Verticalização da área central

Alargamentos e aberturas de avenidas

1945-1970
(Trans)figuração

1959: 1º plano diretor

Feição autoritária: prédios institucionais e nacionalismo

Livros

RJ: Cidade Sitiada (Clarice Lispector)

RJ: Feliz aniversário (Clarice Lispector)

Grandes artérias radiais e avenidas perimetrais

habitações coletivas

1970-1990
(Des)caracterização

Escalas maiores: proporções gigantescas

Viadutos, perimetrais, elevadas e túneis

Fim dos bondes --> transportes públicos mais rápidos

Bairros: crescimento veriticais

Áreas vazias: condomínios horizontais

Chegada dos Shoppingcenters --> centro: esvaizamento

Livros

Conto "Passeio noturno" (Ruben Fonseca)

Conto "Cenários" (Sérgio Santana)

"Conto (não conto)" (Sérgio Santana)

A Hora da estrela (Clarice Lispector)

POA: Dançar tango em Porto Alegre (Sergio Faraco)

Viver na cidade = violência e criminalidade

A partir de 1980: chegada do liberalismo no Brasil

Maior contraste entre centro x periferia

desigualdades

periferia: isolamento territorial

A partir de 1900 (Ascher)

Neourbanismo

Metápoles

extensas, descontínuas, heterogêneas e multipolarizadas

Ampliação das possibilidades de escolhas (ex: transportes mais rápidos)

a cidade muda de escala e forma, mudando os comportamentos dos urbanitas, que têm que redefinir suas rotinas e deslocamentos no interior da metrópole

Modernidade

Anthony Giddens

Descontinuidade da modernidade

Ritmo da mudança

Separação entre o tempo e o espaço

+ Dinamismo

Nova concepção de sujeito individual:
- desprendimento da totalidade

Sujeito

Construção de si e da espacialidade

incorporação do espaço físico pelo indivíduo, atribuindo-lhe significados subjetivos e, dessa forma, traduzindo-se no uso desse espaço carregado de marcas individuais e identitárias.

Espaço media as relações sociais: bases para a construção e (re)construção de significados subjetivamente compartilhados sobre si, sobre os outros e sobre a própria dimensão da realidade (Pimentel e Carrieri, 2011)

Sujeito moderno/contemporâneo

r

https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/127030/ISSN1984-9044-2014-13-01-21-32.pdf?sequence=1&isAllowed=y

"Conforme Harvey (1992), Bauman (2001; 2005), Augé (1994), Tanis (2004), Birman (2006) e Carvalho (1998) o sujeito vivencia situações transitórias, efêmeras e fragmentárias, e distancia-se de instituições que antes lhe ofereciam estabilidade. Desse modo, o homem contemporâneo deixa de estruturar-se com os pilares da sociedade moderna, produtora de instituições (familia, fábrica, escola, prisões, dentre outras), calcadas em espaços fechados e tempos segmentados, para constituir-se na lógica pósmoderna ou, como se queria chamar, o tempo atual marcado pela produção de espaços abertos, de tempo contínuo e de acelaração da vida"

"A contemporaneidade caracteriza-se pelo enfraquecimento de instituições que antes ofertavam segurança, acolhimento e possibilidade de simbolização ao sujeito. Segundo Minerbo (2013): “[...] o psiquismo depende das significações oferecidas pelas instituições para poder atribuir algum sentido à realidade e simbolizar as experiências emocionais”.

"O indivíduo contemporâneo ao se deparar com a perda de referenciais antigos de vida acaba por vivenciar tal estado de esvaziamento subjetivo"

"o sujeito vivencia uma insuficiência/fragilidade do símbolo, passando a encontrar grandes dificuldades para lidar com sua angústia. A experiência do excesso, engendrada pelo consumismo, pela aceleração da vida e ampliação do espaço, causa a desorganização das funções e fronteiras do psiquismo, propiciando a angústia de morte"

Solidão na multidão: abrandamento dos vínculos e dos relacionamentos, somado ao individualismo e ao temor ou ao incômodo suscitado pela presença do outro

"somente o vínculo permite a ligação do homem com um objeto e é capaz de transformar o espaço vazio em habitável, em um lugar. A experiência contemporânea do tédio, por exemplo, é a experiência do não-lugar, do vazio, da falta de sentido à existência, posto que é a relação com o outro que nos torna humanos. O que funda e mantém viva a existência é a capacidade humana de produzir encontros."

Pertencimento

Psicologia do lugar

Coletividade

Vínculo

Sentido

Desamparo

"A cultura contemporânea acentua o individualismo, por um lado, acenando com maiores possibilidades de realização de desejos, por outro, tornando os vínculos e relacionamentos efêmeros e tênues. Na ausência de um continente sólido, seguro e estável para as experiências emocionais e afetivas surgem sentimentos de desamparo que ativam mecanismos de defesas primitivos, contribuindo para a acentuação de formas de subjetivação regressivas e para o declínio do simbólico"

Freud

"O sentimento de desamparo, portanto, aparece já nas primeiras experiências da vida, como resultado da incompletude do organismo, de sua necessidade de realizar trocas com o mundo e da extrema dependência da ajuda de outros"

"não como um momento do funcionamento do psiquismo, mas como uma condição que acompanha o sujeito por toda a sua existência, como sendo um sentimento estruturante."

Questões de pesquisa

Como se estabelece o vínculo entre sujeito e espaço na cidade moderna?

investigar questões como: pertencimento, atribuição de sentido e espacialidade (psicologia do lugar)

A cidade se torna um lugar ou apenas um espaço de passagem?

A cidade moderna é um espaço de amparo para o sujeito?

Metodologia

Ensaio teórico

Análise das transformações urbanas

Estudos teóricos da evolução urbana

Representações da cidade

Análise de conteúdo de livros de ficção que retratem a relação entre sujeito e cidade moderna

Sugestões de livros por períodos no tópico da cidade

Análise de conteúdo de relatos, crônicas sobre a cidade

Sugestões de livros

"Porto Alegre: memória escrita"

"A Porto Alegre de Érico" 1935-1973

"Memória Porto Alegre: espaços e vivências"