Escola Francesa da Comunicação
Anos 60 - juntamente com o Centro de Estudos de Comunicação de Massas
Principais idéias
Meios de comunicação de massa, mas sob uma perspectiva diferente da Escola de Frankfurt: menos foco na mídia e no destinatário, mais foco nos produtos da IC e na relação consumidor – objeto de consumo.
- Cultura produzida pela mídia (cultura de massa) é uma nova forma de cultura. Entretanto, a cultura de massa corrompe e desagrega as outras culturas, que não saem imunes ao contato com a cultura industrializada.
- Realidade contemporânea é policultural.
- Contradição produção X consumo: exigências produtivas e técnicas de estandardização e caráter particular inovador do consumo cultural (mesmo o que é padrão precisa de originalidade).
- Cultura nasce de uma forma de sincretismo (entre real e imaginário).
Edgar Morin - Cultura de Massas no século XX” - antropólogo, sociólogo e filósofo francês (1921)
Introduziu conceito de Indústria Cultural
- Análise ambiciona ser uma sociologia da cultura contemporânea.
- Critica os intelectuais por julgarem a existência somente da “cultura culta”.
- Sistemas de influência recíproca: o mundo alimenta-se da mídia, a mídia alimenta-se do mundo.
- “O imaginário move os homens que, por sua vez, criam os imaginários”
Morin
Georges Friedmann (1902-1977) - um dos Fundadores da “Sociologia do Trabalho”
Fenômenos de massa desde sua produção e consumo, apresentando assim, as relações do homem e das máquinas nas sociedades industriais.
Louis Althusser (1918-1990), filósofo francês
Aparelhos ideológicos de Estado (mídia, escola, igreja, família), os quais são formados através da ideologia da classe dominante relacionados com a coerção direta dos instrumentos repressivos do Estado (polícia e o exército). Na teoria da comunicação analisa os aparelhos ideológicos do Estado (AIE) de informação, ou seja, a televisão, o rádio, a imprensa, dentre outros.
Michel Foucault (1926-1984), filósofo, historiador e filólogo francês
O conceito de "panóptipo", um dispositivo de vigilância ou mecanismo disciplinar de controle social, donde a tevê é considerada um “panóptipo invertido”, ou seja, ela inverte o sentido da visão, ao mesmo tempo que organiza o espaço e controla o tempo.
“Assim de modo amplo e redutor, parece que os franceses se encontram numa convicção: tudo é comunicação; ou dito de outra forma, chegou a era da comunicação total, da vertigem do signo, da circulação permanente, da avalanche comunicacional que tudo permeia, contamina, devora, impregna e devasta. A crer em Bordieu, o espetáculo pretende a tudo reescrever com as regras do campo jornalístico: leve, curto, fácil, divertido, superficial e sedutor” (p.179)
Roland Barthes (1915-1980), sociólogo, semiólogo e filósofo francês - estudos semióticos e estruturalistas.
Estudos semióticos e estruturalistas
- Para Barthes, a comunicação de massa poderia neutralizar o homem, que estimulado, lutaria contra o processo de dominação, para chegar à liberdade social.
- A ideologia dominante usa palavras cotidianas para exercer seu domínio. - Em seus estudos há grande peso para dois pilares SIGNIFICANTE- SIGNIFICADO e DENOTAÇÃO - CONOTAÇÃO.
- Obra Mitologias - mitos contemporâneos sobre a mídia.
O sociólogo e filósofo francês Jean Baudrillard (1929-2007)
Aborda aspectos da sociedade de consumo, desde o impacto da comunicação de massa na sociedade, donde os indivíduos estão inseridos numa realidade construída, denominada de “realidade virtual” (hiper-realidade). Parte do princípio de uma realidade construída (hiper-realidade), o autor discute a estrutura do processo em que a cultura de massa produz esta realidade virtual.
Pierre Bourdieu (1930-2002) foi um sociólogo francês,
Estudos dos fenômenos midiáticos sobretudo em sua obra “Sobre a Televisão” (1997) donde critica a manipulação da mídia, nesse caso, no campo jornalístico, o qual veicula as mensagens do discurso televisivo em busca de audiência. Segundo ele, “A tela de televisão se transformou hoje numa espécie de espelho de Narciso, num lugar de exibição narcísica.”