SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO, DO CONHECIMENTO E DA
APRENDIZAGEM: DESAFIOS PARA EDUCAÇÃO NO SÉCULO
XXI

SOCIEDADE DA APRENDIZAGEM

A produção do conhecimento, recurso econômico básico da sociedade, depende da capacidade
dos seus membros de se adaptarem à mudanças continuando a aprender de forma autônoma e
uns com os outros.

Fabela (2005) define a sociedade da aprendizagem ou ''cultura aprendentE‟, como um ambiente no qual a pluralidade de actores contribui para que haja a construção do conhecimento de forma partilhada, numa perspectiva contínua e processual, quer a nível individual ou colectivo, e em todos os domínios da sociedade.

A sociedade do conhecimento e da
aprendizagem deve estar ancorada nos quatro pilares da educação.

Aprender a conhecer

Aprender a fazer

Aprender a viver em comum

Aprender a ser

Qual o
papel da escola

Local de eleição e, durante séculos.

Único para se ensinar e aprender

Cinco tipos de capacidades que garantem uma efectiva gestão metacognitiva do conhecimento, essenciais ao sucesso numa sociedade informatizada e que são:

Competências
para a aquisição de informação

Competências para a interpretação da informação

Competências para a análise da informação.

Competências para a compreensão da informação

Competências para a comunicação da informação.

Para Pozo (2004), é inevitável que a escola e seus agentes repensem as formas de ensinar, pois, numa sociedade em que não os alunos não dominam as competências para conceber, analisar e reflectir as “representações simbólicas socialmente construídas (numéricas, artísticas, científicas, gráficas, etc.)”, pode ser considerada socialmente, “economicamente e culturalmente empobrecida”, já que “converter os sistemas culturais em instrumento de conhecimento - fazer uso epistémico deles - requer apropriação de novas formas de aprender e se relacionar com o conhecimento” (Pozo, 2004, online), permitindo o aprimoramento do pensamento crítico e reflexivo, tentando despir-nos da ignorância e da alienação e descortinando as possibilidades de emancipação nos vários segmentos sociais.

Mudar o sistema educativo é uma tarefa que requer vontade, motivação e o
mais importante, vontade política.

Veen e Jacobs
(2005) apresentam os princípios gerais para a educação do futuro.

Confiança

Relevância

Talento

Desafio

Imersão

Paixão

Auto-regulação

SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

Primeiro autor a falar sobre foi Fritz Machlup.

A ideia subjacente ao conceito de SI é o de uma sociedade inserida num processo de mudança constante, fruto dos avanços na ciência e na tecnologia.

Para Webster é possível dividir o debate sobre a “sociedade da informação” em duas grandes correntes.

A primeira, constituída pelos teóricos defensores do pós-industrialismo (Daniel Bell), pós-modernismo (Jean Baudrillard, Mark Poster), especialização flexível (Michel Piore) e do modo informacional de desenvolvimento (Manuel Castells), que acreditam que este novo modelo marca o o surgimento de uma nova ordem social que tem como característica básica a circulação e modificação das informações de uma formanunca antes imaginada, significando uma total ruptura com o passado.

A segunda, que compreende os neo-marxistas (Herbert Schiller), os defensores da teoria da regulação e da acumulação flexível (Aglietta, David Harvey), do estado nacional e a violência (Anthony Giddens) e da esfera pública (Habermas) que têm em comum o facto de, embora reconhecendo que, de facto, a concepção, manipulação e utilização da informação nas diversas actividades e esferas humanas atingiram patamares incomparáveis, acreditam que a nova ordem social representa um processo contínuo e evolutivo da sociedade.

SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

A dinâmica da sociedade da informação requer educação
continuada ao longo da vida, que permita ao indivíduo não apenas acompanhar as mudanças
tecnológicas, mas sobretudo inovar.

Existe uma relação entre informação e conhecimento, há uma distinção entre os dois conceitos: Informação é todo o dado trabalhado, útil, tratado, com valor significativo atribuído ou agregado a ele, e com um sentido natural e lógico para quem usa a informação. O dado é entendido como um elemento da informação, um conjunto de letras, números ou dígitos, que, tomado isoladamente, não transmite nenhum conhecimento, ou seja, não contém um significado claro. Quando a informação é “trabalhada” por pessoas e pelos recursos computacionais, possibilitando a geração de cenários, simulações e oportunidades, pode ser chamada de conhecimento. O conceito de conhecimento complementa o de informação com valor relevante e de
propósito definido.

O conhecimento é entendido como a capacidade que o aluno tem, diante da informação, de desenvolver uma competência reflexiva, relacionando os seus múltiplos aspectos em função de um determinado tempo e espaço, com a possibilidade de estabelecer conexões com outros conhecimentos e de utilizá-lo na sua vida quotidiana.

Segundo Castells (2003, p.7), que caracteriza a revolução tecnológica atual não é o caráter central do conhecimento e da informação, mas a aplicação deste conhecimento e informação a aparatos de geração de conhecimento e processamento da informação/comunicação, em um círculo de retroalimentação acumulativa entre a inovação e seus usos”. A difusão da tecnologia amplifica infinitamente seu poder ao se apropriar de seus usuários e redefini-los. As novas tecnologias da informação não são apenas ferramentas para se aplicar, mas processos para se desenvolver. (...) Pela primeira vez na história, a mente humana é uma força produtiva direta, não apenas um elemento decisivo do sistema de produção.

DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO E PARA A ESCOLA