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por Joao Santos hace 4 años

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Os cromossomos sexuais e seus distúrbios_

Os cromossomos sexuais desempenham um papel crucial no desenvolvimento sexual e gonadal, e suas anomalias podem levar a várias condições. O pseudo-hermafrodismo feminino geralmente resulta de hiperplasia adrenal congênita, causando masculinização da genitália externa em mulheres com cariótipo 46,XX.

Os cromossomos sexuais e seus distúrbios_

Os cromossomos sexuais e seus distúrbios:

Anormalidades citogenéticas dos cromossomos sexuais e suas respectivas taxas de incidência.

Sindrome de Turner 45, X e Variantes
Existe uma grande taxa de abortos espontâneos para essa síndrome, cerca de 99%.
As mulheres com sindrome de Turner geralmente tem inteligência normal, porém em alguns casos é necessário educação especial.
As características físicas geralmente são: Baixa estatura, disgenesia gonadal, face com características incomuns, pescoço alado, baixa implantação posterior de cabelos, toráx amplo com hipertelorismo mamário e elevada incidência de anomalias renais e cardiovasculares
A incidência é de um a cada 4000 vivos (mulheres) e a constituição mais frequente é a 45, X com cerca de 50% dos casos.
Trissomia do X 47,XXX
Os estudos de acompanhamento mostraram que as mulheres XXX sofrem as alterações da puberdade numa idade apropriada, mas há relatos de puberdade precoce em certas pacientes. Algumas deram à luz crianças, e estas são praticamente todas cromossomicamente normais. Há deficit significativo do desempenho em testes de QI, e cerca de 70% dos pacientes têm problemas do aprendizado graves.
A incidência é de um a cada 1000 nascidos vivos (mulheres) e apesar de apresentaram uma estatura maior do que a média, as pacientes são fenotipicamente normais
Sindrome 47,XYY
Cerca de metade dos meninos 47,XYY necessita de intervenção educacional devido ao atraso de linguagem e dificuldades de leitura e escrita.
A incidência é de um a cada 1000 nascidos vivos (homens) e fisicamente os portadores não são distinguíveis dos homens XY.
Sindrome de Klinefelter 47,XXY
Existem muitas variante da síndrome de Klinefelter com outros cariotipos além do 47,XXY sendo alguns deles: 48,XXYY / 48,XXXY e 49,XXXXY. Cpmo regra quando mais cromossomos X adicionais ( ainda que inativados) maior o grau de expressão fenotipica, com um maior dimorfismo da síndrome.
A incidência é de pelo menos um a cada 1000 (homens) nascidos vivos e em virtude do fenótipo relativamente brando e variável, presume-se que muitos casos não sejam detectados.
Os indivíduos afetados são altos, magros e têm pernas relativamente longas. Além disso suas características sexuais secundárias não se desenvolve apesar da puberdade. Pacientes podem apresentar ginecomastia e são quase sempre inférteis devido a falha no desenvolvimento das células germinativas.
O fenótipo de Klinefelter foi a primeira anormalidade de cromossomo sexual relatada.

Distúrbios do desenvolvimento sexual e gonadal:

Pseudo-hermafrodismo Masculino:
Essa condição resulta na feminilização da genitalia externa em homens afetados. Embora o desenvolvimento testicular seja normal, o pênis é pequeno e há uma vagina de fundo-cego. A definição de gênero pode ser difícil.
Homens pseudo-hermafrodistas tem cariotipo 46,XY com disturbios hereditários da biossíntese e metabolismo da testosterona.
Pseudo-hermafrodismo Feminino:
Geralmente é causado por hiperplasia adrenal congênita (HAC). E com a produção excessiva de androgênios causa masculinizarão da genitália externa, com hipertrofia do clitóris e fusão labial.
Mulheres pseudo-hermafrodistas tem cariotipo 46,XX com tecido ovariano, porém com genital ambígua ou masculina.
Disgenia gonadal:
Após a analise detalhada de um sub-grupo de mulheres 46,XY com sexo invertido cujos genes SRY não estavam deletados ou mutados revelou uma fina interação entre o gene DAX1 e o SRY. Um excesso de DAX1 pode suprimir a atuação do SRY levando ao desenvolvimento ovariano.

A base cromossômica da determinação sexual.

Cromossomo X:
Centro de inativação do X e o Gene XIST:

Embora a maneira como o XIST age ainda não ser totalmente conhecida, sabe-se que a inativação do X só acontece em sua presença, e que o produto do XIST mantém íntima relação com o corpúsculo de Barr.

O centro de inativação do X foi mapeado próximo a Xq, na banda Xq13 e tal centro contém um gene incomum, o XIST que aparenta ser a chave o locus regulador da inativação do X.

Inativação do Cromossomo X:

Em circunstâncias normais, a escolha do cromossomo a ser inativado é aleatória e deste modo, as mulheres são mosaico em relação a expressão dos genes ligados ao X, pois algumas células apresentam o X herdados do pai mas não os da mãe enquanto outras fazem o contrário.

Em circunstâncias fora do padrão, como por exemplo quando o cariótipo apresenta um X estruturalmente anormal, este será preferencialmente inativado.

Segundo a teoria da inativação do X, nas células somáticas de mulheres normais um dos Cromossomos X é inativado na fase precoce do desenvolvimento, visando igualar a expressão do gene ligado ao X nos dois sexos ( ou seja, essa inativação não ocorre em homens).

O Cromossomo Y, Gene SRY e possíveis mutações:
Durante a meiose I, normalmente os cromossomos X e Y fazem a recombinação genética das regiões pseudo-autossômicas Xp e Yp. Entretanto existem raras possibilidades dessa recombinação ocorrer fora dessa região que por conseguinte acarreta em duas anormalidades: Homens XX e Mulheres XY
Os primeiros estudos citogenéticos estabeleceram a função testículo-determinante do cromossomo Y
Conceito de desenvolvimento:
A rota ovariana é seguida a não que aja presença do gene ligado ao Y, designado fator testiculo-determinante (SRY) aja como um interruptor desviando para a rota masculina.
É determinado pela ação coordenada de uma sequência de genes que leva normalmente ao desenvolvimento ovariano quando o Y está ausente ou testicular com Y está presente
Logo após a análise citogenética torna-se possível, a base fundamental do sistema de determinação sexual XX/XY ficou clara.