Ensinar Identidade Terrena (Capitulo IV)

I. Era Planetária

I. Era Planetária

Ciências Contemporanêas

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Ensinam-nos que estaríamos a 15 bilhões de anos de uma catástrofe indizível a partir da qual se criou o cosmo, talvez cinco milhões de anos desde que começou a aventura da hominização, que nos teria diferenciado dos outros antropóides, a cem mil anos do surgimento do Homo sapiens e a dez mil anos após o nascimento das civilizações históricas, e que entramos no início do terceiro milênio da era dita cristã.

A dispersão da humanidade

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Não produziu nenhuma cisão genética: pigmeus, negros, amarelos, índios, brancos vêm da mesma espécie, possuem os mesmos caracteres fundamentais de humanidade. Mas ela levou à extraordinária diversidade de línguas, culturas, destinos, fontes de inovação e de criação em todos os domínios. A riqueza da humanidade reside na sua diversidade criadora, mas a fonte de sua criatividade está em sua unidade geradora.

No final do Século XV europeu, a China dos Ming e a Índia mongol são as mais importantes civilizações do Globo

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Entretanto, a partir de 1492, são estas jovens e pequenas nações que se lançam à conquista do Globo e, por meio de aventuras, guerras e morte, engendram a era planetária que, desde então, leva os cinco continentes à comunicação para o melhor e o pior.

II. O LEGADO DO SÉCULO XX

II. O LEGADO DO SÉCULO XX

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O século XX é definido pela aliança entre duas barbáries onde para ultrapassar este barbárie, é preciso antes de tudo reconhecer sua herança. Tal herança é dupla, a um só tempo herança de morte e herança de nascimento.

A herança da morte

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A morte introduzida pelo século XX não é somente a de dezenas de milhões de mortos das duas guerras mundiais e dos campos de extermínio nazistas e soviéticos, implica também armas nucleares o  (possibilidade de extinção global de toda a humanidade pelas armas nucleares) e novos perigos (possibilidade de morte ecológica)

A morte da modernidade

A esperança

Contribuição das contracorrentes

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o  Frequentemente, na história, contracorrentes suscitadas em reação às correntes dominantes podem-se desenvolver e mudar o curso dos acontecimentos. Exemplos contracorrentes:• a contracorrente ecológica que, com o crescimento das degradações e o surgimento de catástrofes técnicas/industriais, só tende a aumentar; • a contracorrente qualitativa que, em reação à invasão do quantitativo e da uniformização generalizada, se apega à qualidade em todos os campos, a começar pela qualidade de vida;

Aspirações que nutriram as grandes esperanças revolucionárias do século XX, mas que foram frustradas, poderão renascer na forma de nova busca de solidariedade e de responsabilidade

Necessidade de volta às raízes

Vontade de assumir identidades étnicas ou nacionais

Política a serviço do ser humano

Civilizar a Terra como casa e jardim comuns da humanidade.

Todas essas correntes prometem intensificar-se e ampliar-se ao longo do século XXI e constituir múltiplos focos de transformação

No jogo contraditório dos possíveis

No jogo contraditório dos possíveis

Tópico principal

III. A IDENTIDADE E A CONSCIÊNCIA TERRENA

III. A IDENTIDADE E A CONSCIÊNCIA TERRENA

União Planetária

Consciência e um sentimento de pertencimento mútuo que nos una à nossa Terra, considerada como primeira e última pátria

Terra-pátria

Todos os humanos, desde o século XX, vivem os mesmos problemas fundamentais de vida e de morte e estão unidos na mesma comunidade de destino planetário.

Consciência antropológica

Consciência ecológica

Consciência cívica terrena

Consciência cívica terrena

Consciência espiritual da condição humana

Ensinar a unir as patrias

Familiares, regionais, nacionais européias — e a integrá-las no universo concreto da pátria terrestre

Os estados não devem ter subernaria absoluta

É necessário não os desintegrar, mas respeitá-los, integrando-os em conjuntos e fazendo-os respeitar o conjunto do qual fazem parte.

É necessário aprender a “estar aqui” no planeta.

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Aprender a viver, a dividir, a comunicar, a comungar não só como culturas singulares mas como humanos do planeta Terra, não só pertencer a uma cultura, mas também sermos terrenos.

O mundo coligado deve ser policêntrico e acêntrico, não apenas política, mas também culturalmente

Circuito planetário de conforto

Circuito planetário de miséria

Tomadas de consciências tornaram-se urgentes e primordiais.

Reforma do pensamento tornou-se vital.

Planeterização desenvolve-se devido a:

Planeterização desenvolve-se devido a:

Pelo aporte da civilização européia aos continentes

Desenvolvimento das comunicações

O progresso econômico

Inclusão dos continentes subjugados no mercado mundial

Fluxos migratórios

Contudo a planetarização provoca, no século XX, duas guerras mundiais, duas crises econômicas mundiais e, após 1989, a genera

Contudo a planetarização provoca, no século XX, duas guerras mundiais, duas crises econômicas mundiais e, após 1989, a generalização da economia liberal denominada mundialização.

Mundialização

O mundo torna-se cada vez mais um todo.
Cada parte do mundo faz, mais e mais, parte do mundo e o mundo, como um todo, está cada vez mais presente em cada uma de suas partes.

O Planeta encolhe, ou seja, tudo está instantaneamente presente, de um ponto do planeta ao outro, pela televisão, telefone, fax, Internet...