Determinismo e Formalismo
O Determinismo
conjunto de orientações
Segunda metade do século XIX e as primeiras décadas do século XX.
Premissa de análise para as relações sociais e também para as manifestações culturais.
Práticas que envolvem a literatura na medida em que essas orientações e práticas
Baseiam na crença de que o homem é fruto de determinações e influências sociais e genéticas
Credibilidade científica para a compreensão das ações humanas
O Formalismo
Desenvolveu-se na Rússia entre 1915 e 1917
Representa uma corrente teórico-crítica
busca estabelecer os modos de abordagem da literatura
A fundação do Círculo Linguístico de Moscou (1914-1915) e
Associação para o Estudo da Linguagem Poética – Apoiaz (1917)
1915-1923 aderência aos ideais revolucionários
1923-1930 houve uma polarização entre os partidários de uma abordagem mais sociológica da literatura e os formalistas caíram
A materialidade do texto literário é um dos principais conceitos do Formalismo
Russo.
Concentrava em investigar que fatores textuais fazem de um texto uma obra literária
Procedimento, recebeu sua definição em 1976, em um ensaio intitulado “A Arte como Procedimento” texto literário e o texto não-literário.
a crítica estilística e a nova crítica
Analisar e avaliar a literariedade como algo vinculado diretamente
ao texto
vertentes da crítica do século XX
Como definir um estilo?
Candido destaca a importância de se reconhecer a existência de “denominadores
comuns” para ser possível dizer que existe, de fato, uma literatura sendo
produzida
Candido o define como uma linguagem traduzida em estilos. Isso
significa dizer que o estilo em que um autor produz a sua obra é determinante para o contato que poderá haver entre a obra e o público
Para Compagnon, o estilo é a relação do texto com a língua.
Para Compagnon (2003, p. 173), a noção de estilo é complexa, rica, ambígua e
múltipla.
Para Antonio Candido o estilo é o modo peculiar com que cada autor
realiza a sua obra dentro do sistema orgânico que é a literatura propriamente dita.
Estilo refletiria o modo de viver e pensar em um determinado lugar e em determinada época
estilo se configura como algo que determina
a realização de um texto e também a leitura que se fará deste texto.
Falar de um artista sobre algo; de um ornamento que
serve para enfeitar e destacar o que se quer dizer
desvio daquilo que é
comum e ordinário no modo de serem ditas as coisas
A ideia de estilo associa-se à noção de cultura, cujos valores vinculam o sujeito a um tempo e a um lugar pelo uso que ele faz da sua língua e também dos valores que essa língua representa
Para Machado de Assis a ideia de estilo se traduz como
certo sentimento íntimo que caracterizaria o autor como homem de seu tempo
e de seu país.
Para Machado de Assis, o estilo tem a ver, portanto, com a prática individual do escritor com a sua língua materna, na medida em que essa língua expressa uma visão de mundo, um modo de viver e um conjunto de valores próprios de uma determinada cultura
Para Umberto Eco, estilo é o autor-modelo, que não é o autor como pessoa, como sujeito histórico, e sim, o conjunto de estratégias que caracterizam a escritura de um autor.
A proposta de análise da crítica estilística
A abordagem
são os aspectos sintáticos, semânticos, lexicais, morfológicos e sonoros que caracterizam determinada obra.
Compreende pelo menos três estágios: a explicação, a valoração e o arrolamento.
Critérios de valor literário na nova crítica
Contradiz a ideia de que se deve valorizar apenas os aspectos únicos da obra de um poeta
Defende que a valoração crítica deve estruturar-se em bases comparativas
que considerem o talento individual em suas relações com a tradição da
qual esse talento nasce
Valoriza o sentido histórico da tradição artística e literária, tanto para o criador
de arte – o poeta e o romancista
Defende uma atividade crítica voltada para o estudo da obra e deliberadamente
desvencilhada do apego positivista
Deve ser avaliado por sua capacidade de produzir obras capazes de suscitar no leitor os sentimentos e emoções que pode ou não ter experimentado em sua vida particular