gripe espanhola

A gripe espanhola foi o nome que recebeu uma pandemia de vírus influenza que se espalhou pelo mundo entre 1918 e 1919.

A doença chegou ao Brasil por volta de setembro de 1918 e espalhou-se por grandes centros, sobretudo por Salvador, São Paulo e
Rio de Janeiro.

A segunda onda de difusão da gripe espanhola tornou a situação alarmante em diversas partes do planeta porque a quantidade de
infectados disparou e os sintomas registrados tornaram-se muito graves, o que contribuiu para que a taxa de mortalidade
aumentasse bastante.

Nos casos mais graves, os pacientes apresentavam graves problemas respiratórios, dificuldade para respirar e, até mesmo,
problemas digestivos e cardiovasculares.

Os médicos procuravam tratar os pacientes da forma que fosse possível, mas o conhecimento
médico na época ainda era muito limitado.

Os médicos e cientistas do período não sabiam o que causava a doença, pois os microscópios não tinham capacidade de enxergar o
vírus causador da gripe espanhola. Os microscópios conseguiam observar apenas bactérias, micro-organismos maiores que um
vírus.

Gripe Espanhola no Brasil

Os historiadores acreditam que a gripe espanhola tenha chegado ao Brasil em setembro de 1918, portanto durante a segunda onda
da doença. A princípio, a imprensa brasileira não deu muita importância para o surto, mas à medida que a doença foi se espalhando,
os desdobramentos do problema ganharam repercussão.

A gripe espanhola impactou severamente a rotina das pessoas no Brasil e causou milhares de mortes. Existem dados que apontam
que a cidade de São Paulo possa ter tido cerca de 350 mil casos, o que representava mais da metade da população da capital
paulista, e um total de 5.331 mortos. Já o Rio de Janeiro – na época capital do Brasil – registrou cerca de 12.700 mortes, o que

representou 1/3 do total de mortes no país.

Todo tipo de aglomeração pública foi evitado pelas autoridades, que foram aconselhadas pelos principais especialistas que o Brasil
possuía na época. A quantidade de mortos em pouco tempo também extrapolou a capacidade de enterros que os cemitérios locais
poderiam realizar.

A gripe espanhola no Brasil afetou até mesmo Rodrigues Alves, vencedor da eleição presidencial em 1918. Doente, ele não pôde
tomar posse em novembro de 1918 e acabou falecendo em janeiro de 1919. Estima-se que, ao todo, a gripe espanhola tenha
causado a morte de 35 mil pessoas aqui no Brasil.

O surto
aproveitou-se da Primeira Guerra Mundial e espalhou-se rapidamente pelo mundo, causando a morte de cerca de 50 milhões de
pessoas, embora algumas estatísticas falem em até 100 milhões de mortos.

Origem do nome

A gripe espanhola recebeu esse nome porque foi um surto de vírus influenza que surgiu na Espanha, certo? Errado. Os historiadores
sabem que a gripe espanhola não surgiu na Espanha, mas recebeu esse nome em razão da forte divulgação do problema na
imprensa espanhola.

Onde surgiu a gripe espanhola?

os historiadores e os cientistas não possuem informações suficientes que lhes permitam apontar o local exato do
surgimento dessa doença.

Ainda assim, existem algumas teorias a respeito dos prováveis locais nos quais a gripe espanhola possa
ter surgido: Estados Unidos, China e Reino Unido.

Difusão da doença

Outro elemento que reforça que a gripe espanhola surgiu nos Estados Unidos é que ela se difundiu pela Europa logo depois que
soldados norte-americanos foram enviados para a frente de guerra nesse continente.

A teoria mais aceita fala que a gripe espanhola surgiu em campos militares no interior dos Estados Unidos.

A pesquisadora Christiane Maria Cruz de Sousa afirma que a gripe espanhola se espalhou em três ondas de contágio, entre março
de 1918 e maio de 1919. Entre essas ondas, a segunda, iniciada em agosto de 1918, foi a pior delas, pois foi a mais contagiosa,
causando a morte de milhões de pessoas.

No Rio de Janeiro, o Congresso e o Senado foram fechados e, em Salvador, a imprensa local repercutia a difusão da doença por toda
a cidade. Isso resultou na interdição de alguns serviços públicos, assim como na proibição da realização de eventos públicos,
inclusive festividades e cultos religiosos.

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