Peru e Bolívia
A região atual do Peru era habitada pela civilização Inca,
a qual foi dominada em 1532 com a chegada dos espanhois.
No séc XVI, a colônia foi elevada a vice-Reino do Peru.
Em 1821, o argentino José de San Martín declarou a independência do país. A batalha contra os espanhóis durou até 1824, quando finalmente foram vencidos pelas tropas de Antonio José Sucre.
Com o governo de Ramón Castilha foi possível a libertação
dos indígenas do pagamento de tributos e os negros da escravidão.
Na Guerra do Pacífico (1879-1884), o Peru perdeu para o Chile o controle das jazidas de nitrato no deserto de Atacama e na província de Tarapacá.
Durante a década de 80, o Peru passou por uma forte crise social e econômica, caracterizada pelo aumento da dívida externa, descontrole fiscal, grande inflação e luta armada interna. É neste cenário que surgem dois grupos guerrilheiros: o Sendero Luminoso e o Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA) que pretendiam estabelecer um novo governo através da guerrilha.
O Sendero Luminoso foi uma das tantas facções surgidas das cisões sucessivas do Partido Comunista do Peru, como resultado do enfrentamento entre adeptos do maoísmo e do PCUS.
O Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA) é um movimento armado peruano, fundado em 1982, inspirado por uma ideologia radical de esquerda escassamente definida.
Durante muito tempo, a região da atual Bolívia desenvolveu várias civilizações indígenas. No século XV, todas essas civilizações foram dominadas pelo Império Inca. No inicio do século XVI, chegaram os espanhóis e escravizaram esses povos.
O líder inca Tupac Amaru II, no século XVIII, comandou uma revolta contra a escravidão de seu povo, que começou no Peru
A independência boliviana ocorreu em 6 de agosto de 1825 (a Bolívia foi uma das primeiras colônias a rebelar-se contra o domínio espanhol), liderada por Simon Bolívar. Cinco dias depois, adotou o atual nome em homenagem ao seu libertador.
Em 1.879, o Chile apossou-se do porto boliviano de Antofagasta, levando a Bolívia (e o Peru, aliado da Bolívia) à guerra do Pacífico (1879-1883). O Chile venceu a guerra e, desde então, a Bolívia não tem mais acesso ao mar. Em 1.935, durante a guerra do Chaco, a Bolívia teve de ceder um outro pedaço do seu território ao Paraguai. Na guerra contra o Brasil (1901-1903), a Bolívia perde o Acre e a parte ocidental do Mato grosso.
A nova configuração do território boliviano unida à grande instabilidade política, faz a Bolívia conhecer um golpe de estado a cada ano entre 1850 e 1950. Mesmo assim, houve, naquele país, fases de prosperidade com a exploração da quinina, planta usada como remédio (1830-1850), do guano (fertilizante orgânico) e do salitre (1868-1878), do látex (1895-1915) e do estanho a partir de 1880.
Dadas as condições de extrema pobreza da população boliviana e a riqueza de poucos ocorre, em 1952, uma insurreição popular levando ao poder o Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), fato que gerou a nacionalização das minas, o voto universal e a reforma agrária. Tempos depois o MNR se afasta do povo e se divide. Em 1.964, o exército toma o poder. Em 1967, Che Guevara é executado pelo exército boliviano.
Apesar do retorno do poder civil ao governo (1982), o país passou por uma série de crises econômicas e políticas, foi na década de 80 que a Bolívia teve a maior inflação da história (11.750% em 1985).
No início da década de 90, o país adotou o liberalismo econômico, privatizou as minas e diversas empresas públicas. Ainda assim, a instabilidade social e econômica continuou. O descontentamento da população perante o governo prosseguiu.
A partir do ano 2.000, o povo boliviano lutou contra a privatização das águas de Cochabamba, a favor do plantio de coca, contra os impostos que o governo queria cobrar dos salários e a favor da nacionalização do gás. Tudo isso culminou com a queda do regime do presidente Lozada e com a tomada de La Paz pela população indígena.
Assim, em 2.005, Evo Morales Aima torna-se presidente da Bolívia através de eleições diretas.