Os cromossomos sexuais e
seus distúrbios:
A base cromossômica da
determinação sexual.
Logo após a análise citogenética torna-se
possível, a base fundamental do sistema
de determinação sexual XX/XY ficou clara.
Conceito de desenvolvimento:
É determinado pela ação coordenada de
uma sequência de genes que leva
normalmente ao desenvolvimento
ovariano quando o Y está ausente ou
testicular com Y está presente
A rota ovariana é seguida a não que aja
presença do gene ligado ao Y, designado
fator testiculo-determinante (SRY) aja
como um interruptor desviando para a
rota masculina.
O Cromossomo Y, Gene SRY e possíveis
mutações:
Os primeiros estudos citogenéticos
estabeleceram a função
testículo-determinante do
cromossomo Y
Durante a meiose I, normalmente os
cromossomos X e Y fazem a
recombinação genética das regiões
pseudo-autossômicas Xp e Yp.
Entretanto existem raras
possibilidades dessa recombinação
ocorrer fora dessa região que por
conseguinte acarreta em duas
anormalidades: Homens XX e
Mulheres XY
Cromossomo X:
Inativação do Cromossomo X:
Segundo a teoria da inativação do X, nas
células somáticas de mulheres normais
um dos Cromossomos X é inativado na
fase precoce do desenvolvimento,
visando igualar a expressão do gene
ligado ao X nos dois sexos ( ou seja, essa
inativação não ocorre em homens).
Em circunstâncias normais, a escolha do
cromossomo a ser inativado é aleatória e
deste modo, as mulheres são mosaico em
relação a expressão dos genes ligados ao X,
pois algumas células apresentam o X
herdados do pai mas não os da mãe
enquanto outras fazem o contrário.
Em circunstâncias fora do padrão, como
por exemplo quando o cariótipo
apresenta um X estruturalmente
anormal, este será preferencialmente
inativado.
Centro de inativação do X e o Gene XIST:
O centro de inativação do X foi mapeado
próximo a Xq, na banda Xq13 e tal centro
contém um gene incomum, o XIST que
aparenta ser a chave o locus regulador da
inativação do X.
Embora a maneira como o XIST age ainda
não ser totalmente conhecida, sabe-se que a
inativação do X só acontece em sua presença,
e que o produto do XIST mantém íntima
relação com o corpúsculo de Barr.
Distúrbios do desenvolvimento
sexual e gonadal:
Disgenia gonadal:
Após a analise detalhada de um sub-grupo
de mulheres 46,XY com sexo invertido cujos
genes SRY não estavam deletados ou
mutados revelou uma fina interação entre o
gene DAX1 e o SRY. Um excesso de DAX1
pode suprimir a atuação do SRY levando ao
desenvolvimento ovariano.
Pseudo-hermafrodismo Feminino:
Mulheres pseudo-hermafrodistas tem
cariotipo 46,XX com tecido ovariano,
porém com genital ambígua ou
masculina.
Geralmente é causado por hiperplasia
adrenal congênita (HAC). E com a
produção excessiva de androgênios
causa masculinizarão da genitália
externa, com hipertrofia do clitóris e
fusão labial.
Pseudo-hermafrodismo Masculino:
Homens pseudo-hermafrodistas tem
cariotipo 46,XY com disturbios
hereditários da biossíntese e
metabolismo da testosterona.
Essa condição resulta na feminilização da
genitalia externa em homens afetados.
Embora o desenvolvimento testicular seja
normal, o pênis é pequeno e há uma
vagina de fundo-cego. A definição de
gênero pode ser difícil.
Anormalidades citogenéticas dos
cromossomos sexuais e suas
respectivas taxas de incidência.
Sindrome de Klinefelter 47,XXY
O fenótipo de Klinefelter foi a primeira
anormalidade de cromossomo sexual
relatada.
Os indivíduos afetados são altos, magros e
têm pernas relativamente longas. Além
disso suas características sexuais
secundárias não se desenvolve apesar da
puberdade. Pacientes podem apresentar
ginecomastia e são quase sempre inférteis
devido a falha no desenvolvimento das
células germinativas.
A incidência é de pelo menos um a cada
1000 (homens) nascidos vivos e em
virtude do fenótipo relativamente brando
e variável, presume-se que muitos casos
não sejam detectados.
Existem muitas variante da síndrome de
Klinefelter com outros cariotipos além do
47,XXY sendo alguns deles: 48,XXYY /
48,XXXY e 49,XXXXY. Cpmo regra
quando mais cromossomos X adicionais (
ainda que inativados) maior o grau de
expressão fenotipica, com um maior
dimorfismo da síndrome.
Sindrome 47,XYY
A incidência é de um a cada 1000 nascidos
vivos (homens) e fisicamente os portadores
não são distinguíveis dos homens XY.
Cerca de metade dos meninos 47,XYY
necessita de intervenção educacional
devido ao atraso de linguagem e
dificuldades de leitura e escrita.
Trissomia do X 47,XXX
A incidência é de um a cada 1000 nascidos
vivos (mulheres) e apesar de apresentaram
uma estatura maior do que a média, as
pacientes são fenotipicamente normais
Os estudos de acompanhamento
mostraram que as mulheres XXX sofrem as
alterações da puberdade numa idade
apropriada, mas há relatos de puberdade
precoce em certas pacientes. Algumas
deram à luz crianças, e estas são
praticamente todas cromossomicamente
normais. Há deficit significativo do
desempenho em testes de QI, e cerca de
70% dos pacientes têm problemas do
aprendizado graves.
Sindrome de Turner 45, X e Variantes
A incidência é de um a cada 4000 vivos
(mulheres) e a constituição mais
frequente é a 45, X com cerca de 50%
dos casos.
As características físicas geralmente são:
Baixa estatura, disgenesia gonadal, face
com características incomuns, pescoço
alado, baixa implantação posterior de
cabelos, toráx amplo com hipertelorismo
mamário e elevada incidência de
anomalias renais e cardiovasculares
As mulheres com sindrome de Turner
geralmente tem inteligência normal,
porém em alguns casos é necessário
educação especial.
Existe uma grande taxa de abortos
espontâneos para essa síndrome,
cerca de 99%.