Desenvolvimento Do Behaviorismo

Behaviorismo Radical

SKINNER

Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) foi um psicólogo norte-americano, seguidor do Behaviorismo de J. B. Watson, mas na década de 40, criou o Behaviorismo Radical com uma proposta filosófica sobre o comportamento humano.

Condicionamento operante: “A caixa de Skinner”

Skinner comprovou a sua teoria através de um experimento chamado “Caixa de Skinner”, que consistia em colocar um rato dentro de uma caixa fechada com uma alavanca, que ao passo que o rato interagisse com a barra, ativava um mecanismo que oferecia ao animal algumas recompensas como água, alimento ou luz, e em alguns modelos, emitia choques.

Foi observado que quando recompensado, o rato aumentava a frequência dos movimentos que tinha a recompensa como resultado. Assim como os movimentos que não lhe gerava nenhuma recompensa, eram diminuídos.

Através do resultado dessa experiência, Skinner passou a fazer modelagem de diferentes padrões comportamentais, em diferentes espécies.

O Behavorismo radical, foi desenvolvido não como uma área de pesquisa experimental, mas como uma proposta de reflexão sobre o comportamento humano.

A realização de pesquisas empíricas constitui o campo da análise experimental do comportamento, enquanto a implementação prática faz parte da análise aplicada do comportamento. Nesse sentido, o behaviorismo radical é uma filosofia da ciência do comportamento.

O Behaviorismo radical, corrente comportamentalista de Skinner, surgiu em oposição ao behaviorismo metodológico.

Essa abordagem considera que os comportamentos observáveis eram manifestações externas de processos mentais invisíveis, como o autocontrole, o pensamento, entre outros. Porém, defende que era mais conveniente estudar os comportamentos observáveis. Com isso, ele pretende dizer que as emoções não dão origem à nossa conduta, pois também fazem parte do modo de agir. Ou seja, o comportamento não é consequência do livre arbítrio, mas sim das consequências dos seus atos, sejam positivos ou negativos.

Skinner contribuiu grandemente com a criação do Condicionamento Operante, um método de aprendizado que ocorre através de reforços (positivos ou negativos) e punições. O objetivo é entender a relação entre os comportamentos de um animal ao seu ambiente.

Reforço (positivo ou negativo) e Punição

Os reforços são divididos em positivos ou negativos, ambos têm o objetivo de estimular a repetição de comportamentos que tem como consequência uma premiação positiva.

Reforço positivo: quando algo bom é adicionado, por exemplo alimento cai na caixa, para ensinar um novo comportamento.

Reforço negativo: quando algo ruim é removido, por exemplo, uma corrente elétrica é interrompida, para ensinar um novo comportamento.

Já as Punições têm o objetivo de cessar ou diminuir a frequência de um comportamento, pois sua consequência é algo ruim.


Punição: Quando algo ruim é adicionado, por exemplo, multa de trânsito, para ensinar a parar um comportamento.

Principais diferenças: condicionamento clássico X condicionamento operante

As principais diferenças entre o condicionamento clássico e o condicionamento operante é que o condicionamento clássico destaca que o estímulo neutro (comida, rato branco e objetos) pode ser transformado em um estímulo condicionado (quando é adicionado o som ou barulho), produzindo uma resposta conforme às condições que foram transformadas o estímulo neutro.

Enquanto que o condicionamento operante, envolve condicionamento voluntário, ou seja, o indivíduo controla através das consequências.

No condicionamento clássico, a associação não pode ser controlada, e no condicionamento operante, a associação entre comportamentos e resultados é aprendida.

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Behaviorismo Metodológico

WATSON

John Watson (1878-1958) foi um psicólogo norte-americano que lançou as bases teóricas do "Behaviorismo Metodológico", teoria psicológica que tem por objetivo o estudo do comportamento.

O principal nome desse tipo de behaviorismo é John B. Watson. Considerado o pai da escola behaviorista, o psicólogo foi o precursor da psicologia social com foco na pesquisa.

Os estudos do Behaviorismo iniciaram-se no século 19, a partir de um trabalho do psicólogo John B. Watson, intitulado de ”Psicology as the Behaviorist views it”, traduzindo para o português: “Psicologia como um comportamentista a vê”. Esse estudo teve como referências as teorias dos filósofos russos Vladimir Mikhailovich Bechterev e Ivan Petrovich Pavlov.

Condicionamento clássico: Pequeno Albert

Um outro experimento do condicionamento clássico foi realizado por John B. Watson juntamente com uma aluna de pós-graduação Rosalie Rayner, onde um bebê de nove meses de vida, chamado de Albert, que vivia em um orfanato e tinha um comportamento tranquilo, foi exposto a um rato branco e outros animais peludos, como um coelho e um cachorro, um algodão, lã, jornal em chamas e outros estímulos que não assustavam o pequeno Albert.

teste prosseguiu e o bebê foi colocado para brincar com um rato de laboratório, que a princípio não causava medo à criança. Mas neste experimento, Watson e Rayner faziam um barulho muito alto com um martelo, assustando Albert e o fazendo chorar. Depois que esse procedimento foi repetido por várias vezes, o bebê começou a sentir medo do rato mesmo antes do som alto ser reproduzido.

O bebê passou cerca de um ano sendo submetido a vários testes, associando os outros elementos que antes não lhe causara medo, ao estrondoso som produzido por Watson e sua assistente. Novamente, quando apresentavam ao bebê somente o elemento, mesmo que sem fazer o estrondoso barulho, o bebê chorava e demonstrava medo.



No final dos experimentos, o bebê passou de muito tranquilo e calmo a um bebê com ansiedade e episódios de angústia.

Literary Work

Condicionamento Clássico: “O cão de Pavlov”

A experiência mais conhecida para explicar o condicionamento clássico é a chamada “Cão de Pavlov”, que foi realizada com um cachorro que saliva ao ver comida, e também a qualquer sinal ou gesto que lembrava a chegada da sua refeição.

Nessa experiência, Pavlov treinou cachorros para que eles salivassem mesmo que a comida não estivesse por perto. Pavlov tocava um sino toda vez que alimentava os cachorros. Com o passar do tempo, os cachorros começaram a associar o barulho do sino à comida, e ficavam famintos e salivantes a cada som emitido pelo sino, mesmo que seus potes de comida estivessem vazios.



Com isso, concluiu-se que os seres vivos já nascem com certos reflexos, ou seja, possuem determinada reação a partir de ações específicas.

O behaviorismo metodológico tem como base a valorização do que é objetivo em detrimento do que é subjetivo

Na educação, a teoria comportamental de Watson defende que o comportamento do indivíduo pode ser moldado e ajustado, capaz de fazer com que uma criança tivesse determinada formação de caráter ou exercesse qualquer profissão que escolhessem para ela, por exemplo.

Literary Work

O Behaviorismo metodológico foi o ponto de partida do Behaviorismo, fundado por John B. Watson, com base nas teorias sobre condicionamento do russo Ivan Pavlov.

Ele se opõe ao mentalismo e introspeccionismo, ou seja, descarta os estudos relacionados à mente, pensamento e emoções. É baseado através de observação e experimentação.

Behaviorismo

Behaviorismo é uma teoria psicológica que objetiva estudar a psicologia através da observação do comportamento, com embasamento em metodologia objetiva e científica fundamentada na comprovação experimental, e não através de conceitos subjetivos e teóricos da mente como sensação, percepção, emoção e sentimentos.

É uma das três principais correntes da Psicologia, junto com a psicologia da forma (Gestalt) e psicologia analítica (Psicanálise).

O Behaviorismo, tem como objeto de estudo o comportamento. Essa teoria psicológica defende que a psicologia humana ou animal pode ser objetivamente estudada por meio de observação de suas ações, ou seja, observando o comportamento.

Os Behavioristas acreditam que todos os comportamentos são resultados de experiência e condicionamentos. As figuras influentes do Behaviorismo incluem os psicólogos John B. Watson e B.F. Skinner, que estão associados ao condicionamento clássico e ao condicionamento operante, respectivamente.