Diabetes MODY

EXAMES DE DIAGNÓSTICO

- Determinar que o paciente possui diabetes e identificá-la sendo do tipo MODY;

- Realiza-se uma análise genético-molecular: Sequenciamento genético pelo método Sanger;

- Exame considerado padrão ouro, consiste em detectar os mutações nas regiões codificantes dos genes envolvidos;

- O teste é restrito a um subgrupo de genes, considerando o fenótipo e a história familiar do paciente.

- Importância no curso clínico da doença e aconselhamento genético do paciente em questão;

- Investigação necessária pois trata-se de uma doença hereditária e que afeta outras gerações.

ETIOPATOGENIA

Produção ou liberação ineficaz de insulina pelas células beta pancreáticas -> Fatores de transcrição afetados -> subtipos 1, 3, 4, 5 e 6.

MODY 1

Mutação no gene HNF4α -> codificador do fator hepatocítico nuclear 4α.

MODY 3
(o mais comum)

Mutação no gene HNF1α -> codificador do fator hepatocítico nuclear 1α: gene homeobox - tem participação no metabolismo da glicose e diabetes, determinando a expressão do transportador GLUT1 e GLUT2 em células β pancreáticas.

MODY 4

Mutação no gene IPF1 -> codificador do fator promotor da insulina;

MODY 5

Mutação no gene HNF1β-> codificador do fator hepatocítico nuclear 1β;

MODY 6

Mutação do gene NEUROD1.

MODY 2
(tipo mais comum)

Mutação no gene GCK -> deficiência na glicoquinase -> glicose não é fixada nas células -> pâncreas não consegue catabolizar -> não há liberação de insulina -> aumento na limiar de glicose -> HIPERGLICEMIA.

TRATAMENTO

Capacidade de controle da diabetes sem recurso à insulinoterapia (sem desenvolver cetose) durante um período de, no mínimo, dois anos ou até ter níveis significativos de peptídeos C.

EPIDEMIOLOGIA

2-5% dos indivíduos que possuem diabetes mellitus tipo II possuem diabetes MODY;

10% dos indivíduos que possuem diabetes mellitus tipo I possuem DM;

80% dos casos diagnosticados são representados pelos tipos MODY 2 e MODY 3;

Definida como diabetes familiar com idade de diagnóstico precoce: infância, adolescência ou adultos jovens.

SINAIS CLÍNICOS

MODY 1

- Níveis reduzidos de HDL, apolipoproteínas A1 e A2 e triglicerídeos;

- Risco de complicações tardias macro e microvasculares;

MODY 2

- Intolerância à glicose durante sobrecarga oral;

- Assintomáticos.

- Glicemia de jejum entre 100 e 140 mg/Dl;

MODY 3

- Hiperglicemia tardia;

- Poliúria e polidipsia;

- Redução no transporte máx. de glicose -> glicosúrias positivas;

MODY 5

- Complicações extra-pancreáticas;

- Sintomas clássicos de diabetes;

- Maior parte dos pacientes apresentam obesidade.

ETIOLOGIA

Doença monogênica com transmissão autossômica dominante;

Cada criança de um pai ou uma mãe com diabetes MODY, possui 50% de chance de herdar a doença.

“Diabetes familiar” com idade de diagnóstico (e manifestação) precoce;