Tutoria 1
módulo 4

OBJETIVO 4- Explicar o ciclo menstrual normal, identificando suas fases e as ações hormonais (eixo hipotálamo-hipófise-gonadal) sobre órgãos alvo.

Fases do Ciclo Menstrual

1. Fase Menstrual (Dias 1-5)

Ação Hormonal:

Queda dos níveis de progesterona e estrogênio: A diminuição da progesterona, que foi secretada pelo corpo lúteo após a ovulação, leva à desintegração da camada funcional do endométrio.

Início do ciclo hormonal: O hipotálamo começa a liberar o hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), que estimula a hipófise anterior a liberar FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante), iniciando a preparação para o próximo ciclo.

2. Fase Folicular (Dias 1-13)

Ação Hormonal:

Ação do FSH: O FSH estimula os folículos ovarianos a se desenvolverem. Cada folículo contém um óvulo imaturo, e o FSH promove o crescimento do folículo dominante, que se desenvolverá e liberará o óvulo na ovulação.

Aumento da produção de estrogênio: À medida que o folículo cresce, ele começa a secretar estrógeno, que causa a proliferação da camada funcional do endométrio (revestimento uterino). Isso prepara o útero para uma possível implantação de um embrião.

Feedback negativo: À medida que os níveis de estrogênio aumentam, há um feedback negativo sobre a liberação de FSH, o que impede que muitos folículos se desenvolvam simultaneamente.

3. Ovulação (Dia 14 do ciclo médio)

Ação Hormonal:

Pico de LH e FSH: O aumento abrupto de estrógeno pela secreção do folículo dominante provoca um feedback positivo no hipotálamo e na hipófise, resultando em um aumento súbito na liberação de LH e, em menor grau, de FSH. O pico de LH é o principal responsável pela liberação do óvulo do folículo ovariano, conhecido como ovulação.

Liberação do óvulo: O folículo de Graaf, agora maduro, se rompe, liberando o óvulo na cavidade abdominal, de onde é capturado pelas fimbrias das trompas de falópio.

4. Fase Lútea (Dias 15-28)

Ação Hormonal:

formação do corpo luteo:

O folículo rompido se transforma em uma estrutura chamada corpo lúteo, que começa a secretar progesterona e, em menor quantidade, estrógeno.

Ação da progesterona:

A progesterona tem um papel crucial na fase lútea, pois ela prepara o endométrio para a implantação do embrião. Ela também inibe a secreção de GnRH, FSH e LH, prevenindo a ovulação de um novo óvulo durante esse ciclo.

Caso nao ocorra a fecundação:

Se o óvulo não for fecundado, o corpo lúteo se degenera após cerca de 14 dias, levando à queda nos níveis de progesterona e estrógeno, o que causa a desintegração do endométrio e o início da menstruação, reiniciando o ciclo.

OBJETIVO 5- Entender como funcionam os principais métodos contraceptivos e o conceito de critério de elegibilidade.

Principais Métodos Contraceptivos e Funcionamento

1. Métodos Hormonais

pilulas anticoncepcionais

Mecanismo de Ação: As pílulas combinadas contêm estrógeno e progestágeno. Elas impedem a ovulação, espessam o muco cervical e alteram o endométrio, dificultando a implantação do embrião. A minipílula contém apenas progestágeno e é mais indicada para mulheres que amamentam ou têm contraindicações ao estrogênio.

injeções anticoncepcionais

Mecanismo de Ação: São injeções de progestágeno (geralmente administradas a cada três meses), que impedem a ovulação, alteram o muco cervical e o endométrio.

implantes subcutaneos

Mecanismo de Ação: Pequenos dispositivos contendo progestágeno são inseridos sob a pele. Eles liberam o hormônio continuamente, impedindo a ovulação e alterando o muco cervical.

2. Métodos de Barreira

preservativo masculino

Mecanismo de Ação: O preservativo masculino é uma barreira física que cobre o pênis, impedindo que os espermatozoides entrem no trato reprodutor feminino.

preservativo feminino

Mecanismo de Ação: O preservativo feminino é colocado na vagina antes da relação sexual, criando uma barreira que impede que os espermatozoides entrem no útero.

diafragma

Mecanismo de Ação: O diafragma é um dispositivo de silicone ou látex que é inserido na vagina antes da relação sexual, cobrindo o colo do útero e impedindo a passagem de espermatozoides.

3. Métodos Intrauterinos (DIU)

diu de cobre

Mecanismo de Ação: O DIU de cobre libera íons de cobre que alteram o ambiente uterino, tornando-o hostil aos espermatozoides e dificultando a implantação do embrião.

diu hormonal

Mecanismo de Ação: O DIU hormonal libera uma pequena quantidade de progesterona diretamente no útero, tornando o muco cervical espesso e inibindo a ovulação.

4. Métodos Permanentes (Esterilização)

laqueadura tubaria (feminina)

Mecanismo de Ação: A cirurgia envolve o bloqueio ou remoção das trompas de falópio, impedindo a passagem do óvulo para o útero.

vasectomia (masculina)

Mecanismo de Ação: A vasectomia envolve a seção ou bloqueio dos ductos deferentes, impedindo a passagem dos espermatozoides para o sêmen.

5. Métodos Naturais

metodo da temperatura basal

Mecanismo de Ação: A mulher monitora sua temperatura corporal basal (que sobe ligeiramente após a ovulação) para identificar quando está no período fértil.

metodo de tabelinha

Mecanismo de Ação: Baseado na contagem dos dias do ciclo menstrual para identificar os dias férteis.

6. Métodos de Emergência

pilula do dia seguinte

Mecanismo de Ação: Contém grandes doses de hormônios que impedem a ovulação ou alteram o endométrio.

critérios de elegibilidade

categorias:

1. Utilize o método em quaisquer circunstâncias

2. Utilizar o método de modo geral (os benefícios são maiores que os possíveis
malefícios)

3. Não é recomendado o uso do método, a menos que métodos mais adequados não
estejam disponíveis ou não sejam aceitáveis (os possíveis malefícios são maiores
que os benefícios)

4. Não utilizar o método (contraindicação absoluta)

fatores de risco

1. Histórico de doenças crônicas (hipertensão, diabetes, doenças cardíacas, etc.).

2. Fatores de risco para trombose, como tabagismo, histórico de trombose ou varizes.

3. Idade (alguns métodos podem ser mais apropriados para mulheres jovens ou para aquelas com mais de 35 anos).

4. Histórico de câncer hormônio-dependente (como câncer de mama).

5. Complicações de saúde (como doenças hepáticas, HIV, etc.).

OBJETIVO 6- Compreender o processo de fecundação, a formação do zigoto e a primeira e segunda semana do desenvolvimento embrionário.

1. Processo de Fecundação

1. Liberação do óvulo

Durante o ciclo menstrual, o óvulo é liberado do ovário (um processo chamado ovulação) e capturado pelas fimbrias das trompas de falópio, onde começará a sua jornada em direção ao útero.

2. Transporte e capacitação do espermatozoide

Após a ejaculação, os espermatozoides nadam pela vagina e útero até as trompas de falópio. A maioria dos espermatozoides morre durante o caminho, mas alguns conseguem alcançar o óvulo.

Antes de poder fecundar o óvulo, o espermatozoide passa por um processo chamado capacitação, que ocorre no trato reprodutivo feminino e envolve a modificação da membrana plasmática do espermatozoide, permitindo-lhe penetrar na camada externa do óvulo.

3. Penetração do óvulo

O espermatozoide deve atravessar as camadas que envolvem o óvulo: a capa radiada (feita de células foliculares) e a zona pelúcida (uma camada de glicoproteínas).

Quando um espermatozoide consegue penetrar na zona pelúcida, a cabeça do espermatozoide se funde com a membrana do óvulo, liberando seu material genético (DNA). A fusão dos gametas (óvulo e espermatozoide) resulta na formação do zigoto.

4. Bloqueio da poliespermia

Para evitar que múltiplos espermatozoides entrem no óvulo, ocorre uma mudança na zona pelúcida, que impede a entrada de mais espermatozoides. Este mecanismo é essencial para garantir que o zigoto tenha o número correto de cromossomos (46 cromossomos — 23 do óvulo e 23 do espermatozoide).

5. Formação do zigoto

Após a fusão, o zigoto é formado. Esta célula única contém o material genético de ambos os pais, com 23 cromossomos de cada gameta, ou seja, 46 cromossomos no total, restaurando o número diploide normal para os seres humanos.

2. Formação do Zigoto

1. Divisão celular inicial (clivagem)

O zigoto começa a se dividir por mitose logo após a fecundação, primeiro em dois blastômeros, depois em quatro, oito, etc., sem aumento do volume total do embrião. Esse processo é chamado de clivagem, e o embrião continua a aumentar o número de células, mas sem crescimento do tamanho.

2. Mórula (aproximadamente 3-4 dias após a fecundação)

Após várias divisões celulares, o embrião forma uma massa compacta de células chamada mórula, com cerca de 12 a 16 células. A mórula ainda está nas trompas de falópio.

3. Formação do blastocisto

Por volta do 5º ao 6º dia após a fecundação, a mórula começa a formar uma cavidade central cheia de fluido, chamada blastocele. Esse estágio é conhecido como blastocisto.

Trofoblasto: A camada externa de células que se tornará parte da placenta.

Embrioblasto: A massa interna de células que dará origem ao embrião.

3. Primeira Semana do Desenvolvimento Embrionário

1. Transporte para o útero

Após a formação do blastocisto, o embrião começa a viajar pelas trompas de falópio em direção ao útero, um processo que leva cerca de 3 a 4 dias.

2. Implantação do blastocisto (final da primeira semana)

Quando o blastocisto chega ao útero, ele começa a se implantar na camada endometrial (o revestimento do útero). A implantação é um processo complexo, no qual o trofoblasto começa a se aderir e invadir a mucosa uterina.

O trofoblasto também começa a secretar hCG (gonadotrofina coriônica humana), um hormônio essencial que mantém a produção de progesterona pelo corpo lúteo e impede a menstruação, mantendo o endométrio adequado para o desenvolvimento do embrião.

4. Segunda Semana do Desenvolvimento Embrionário

1. Continuação da Implantação

O trofoblasto continua a invadir a mucosa uterina, enquanto as células do embrioblasto começam a se organizar em duas camadas, formando uma estrutura chamada disco embrionário bilaminar.

Epiblasto (que dará origem à maior parte dos tecidos do embrião).

Hipoblasto (que contribuirá para a formação de alguns tecidos extraembrionários, como a membrana que envolve o embrião).

2. Formação da cavidade amniótica e saco vitelínico

No espaço entre o epiblasto e o trofoblasto, começa a se formar a cavidade amniótica, que envolverá o embrião e se encherá de fluido amniótico, proporcionando um ambiente protetor.

Uma estrutura chamada saco vitelínico se forma abaixo do hipoblasto, desempenhando um papel inicial na nutrição do embrião até o desenvolvimento da placenta.

3. Formação da linha primitiva e a gastrulação

Por volta do 14º dia após a fecundação, começa a formação da linha primitiva no epiblasto, um precursor do processo chamado gastrulação, no qual as três camadas germinativas (ectoderma, mesoderma e endoderma) começam a se formar, estabelecendo a base para o desenvolvimento dos tecidos e órgãos do corpo.

OBJETIVO 1- Compreender o processo de maturação sexual na espécie humana – puberdade (fisiologia, marcos de desenvolvimento, estadiamento de Tanner).

1. Fisiologia da Puberdade

inicio da puberdade

Desencadeamento hormonal: O início da puberdade é regulado por um aumento na atividade do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal. O hipotálamo começa a liberar hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), que, por sua vez, estimula a hipófise anterior a secretar hormônios gonadotróficos, como o hormônio folículo-estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH).

Esses hormônios atuam nas gônadas (ovários nas mulheres e testículos nos homens), estimulando a produção de estrogênios nos ovários e testosterona nos testículos.

Nos homens, a testosterona estimula o crescimento do pênis e o desenvolvimento de características sexuais secundárias, como o aumento da massa muscular e o aumento da pilosidade facial e corporal.

Nas mulheres, o estrogênio promove o desenvolvimento das mamas, o alargamento da pelve e o início da menstruação (menarca).

Fase Inicial da Puberdade:

A produção de GnRH começa a aumentar de forma pulsátil por volta dos 8-9 anos nas meninas e 9-10 anos nos meninos, mas as manifestações clínicas da puberdade só se tornam evidentes após alguns anos.

A hipotálamo libera GnRH de forma intermitente, o que induz a liberação de FSH e LH pela hipófise anterior.

2. Marcos de Desenvolvimento da Puberdade

Início do Crescimento Rápido:

A puberdade está associada a um pico de crescimento, ou seja, um aumento acelerado na estatura, que ocorre antes do amadurecimento completo das características sexuais.

Esse aumento de altura é devido ao fechamento das placas epifisárias (cartilagens de crescimento) nos ossos longos, que ocorre mais cedo nas meninas do que nos meninos.

Desenvolvimento das Características Sexuais Secundárias:

Meninas:

Desenvolvimento das mamas (telarca): O primeiro sinal de puberdade nas meninas é o aumento das mamas, que geralmente ocorre entre 8 e 13 anos.

Início da menstruação (menarca): A primeira menstruação ocorre tipicamente entre 10 e 16 anos, com a idade média sendo em torno de 12 anos.

Aumento da pelve e do tecido adiposo: O aumento da gordura corporal nas coxas, quadris e seios é uma característica importante no desenvolvimento da mulher adulta.

Meninos:

Aumento do pênis e testículos: O aumento dos testículos e do pênis é um dos primeiros sinais de puberdade nos meninos. Isso ocorre, geralmente, entre 9 e 14 anos.

Mudanças na voz: A laringe cresce, e as cordas vocais se espessam, resultando em uma voz mais grave.

Aumento de massa muscular e força: O aumento da testosterona resulta no desenvolvimento muscular e no aumento da força física.

3. Estadiamento de Tanner

Meninos:

estagio I: o penis e os testiculos sao pequenos e sem mudanças evidente. Não há pelos pubianos

Estágio II (9,5-13,5 anos): aumento dos testiculos e do escroto. Inicio de crescimento de pelos pubianos, na base do penis.

Estagio III (10,5-15 anos): aumento do tamanho do penis, especialmente no comprimento. crescimento de pelos pubianos mais escuros.

Estagio IV (11,5-16 anos): O penis aumenta em tamanho, com desenvolvimento do diametro. A quantidade de pelos pubianos aumenta, com o escurecimento da pele.

Estagio V (12,5-17 anos): O penis atinge o tamanho adulto. Os pelos pubianos se estende a face interna das coxas

Meninas:

Estagio I: Não há desenvolvimento mamario. Não há pelos pubianos

Estagio II (8-13 anos): Telarca (desenvolvimento inicial das mamas) e pequenos pelos pubianos começam a aparecer longos e ligeiramente pigmentados

Estagio III (10-14 anos): A mama continua a crescer, com aumento do tecido mamario e maior diferenciação entre a areola e o tecido ao redor. Crescimento mais denso dos pelos pubianos, mais escuros, mas ainda sem alcançar a a forma triangular.

Estagio IV (11-15 anos): O desenvolvimento da mama é mais pronunciado, com aumento da areola e do complexo mamario. O crescimento de pelos pubianos atinge uma forma triangular, com mais densidade.

Estagio V (13-18 anos): Mamas adultas. padrão de pelos pubianos se assemlha ao adulto.

OBJETIVO 2- Elencar os fatores que podem interferir na sexualidade humana e conhecer as fases da resposta sexual humana, feminina e masculina, em seus aspectos anatômicos e fisiológicos.

Fatores que Podem Interferir na Sexualidade Humana

Fatores Biológicos:

Hormônios Sexuais:

Os hormônios, como a testosterona, o estrogênio e a progesterona, desempenham papéis fundamentais na regulação da função sexual. No homem, a testosterona é o principal regulador da libido e da função erétil, enquanto no corpo feminino, os hormônios estrogênio e progesterona influenciam a excitação e a lubrificação vaginal, além de estarem envolvidos no ciclo menstrual.

Sistema Nervoso:

O sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP) têm papel essencial na resposta sexual. Estímulos sensoriais e emocionais, que são processados pelo cérebro, influenciam a excitação sexual. O controle da ereção no homem e a lubrificação vaginal na mulher dependem de um complexo conjunto de sinais nervosos e vasculares.

Fatores Psicossociais:

Imagem Corporal e Autoconfiança:

A percepção negativa do próprio corpo pode impactar a excitação sexual, tanto em homens quanto em mulheres. A autoestima e a confiança no parceiro também são fundamentais para uma vivência sexual satisfatória.

Saúde Mental:

Condições psicológicas, como ansiedade, depressão, estresse e traumas sexuais, podem afetar profundamente a função sexual, reduzindo o desejo e a capacidade de atingir o prazer sexual.

Estresse e Ansiedade:

O estresse e a ansiedade estão frequentemente associados à disfunção sexual. No caso dos homens, isso pode resultar em disfunção erétil, enquanto nas mulheres pode haver diminuição da lubrificação vaginal e da excitação sexual.

Fatores Relacionados ao Estilo de Vida:

Álcool e drogas:

O uso excessivo de substâncias como álcool e drogas pode afetar o desejo sexual e a capacidade de alcançar o prazer. Por exemplo, o álcool pode diminuir a inibição e a ansiedade, mas também pode prejudicar a função sexual, especialmente a ereção no homem.

Tabagismo:

O tabagismo prejudica a circulação sanguínea, afetando negativamente a função sexual. A diminuição do fluxo sanguíneo para os órgãos genitais pode resultar em dificuldades eréteis nos homens e na redução da excitação nas mulheres.

Fases da Resposta Sexual Humana

Homens:

Excitação:

Caracteriza-se pela ereção do pênis, aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial e da respiração. A excitação é mediada pela ativação do sistema nervoso autônomo (principalmente o sistema parassimpático), que provoca a dilatação dos vasos sanguíneos nos corpos cavernosos do pênis, permitindo que ele se torne ereto. Há também aumento do fluxo sanguíneo para os testículos.

Platô:

Durante esta fase, a excitação atinge seu pico. O pênis permanece ereto, os testículos se elevam e há uma maior tensão muscular em toda a região pélvica. O sistema nervoso simpático começa a se envolver, preparando o corpo para o orgasmo. A próstata e as glândulas seminais começam a secretar fluido seminal.

Orgasmo:

O orgasmo masculino é caracterizado pela ejaculação, que é a liberação do sêmen da uretra. Isso ocorre durante a contração rítmica dos músculos da região pélvica. O orgasmo é geralmente acompanhado de uma sensação de prazer intenso. As contrações musculares durante a ejaculação envolvem principalmente os músculos da base do pênis, a próstata e os ductos deferentes.

Mulheres:

Excitação:

A excitação feminina envolve o aumento da lubrificação vaginal, dilatação dos lábios vaginais e maior sensibilidade no clitóris. A excitação é mediada pelo sistema nervoso parassimpático, que facilita o aumento do fluxo sanguíneo para os órgãos genitais femininos. Também ocorre um aumento da frequência cardíaca e respiratória.

Platô:

Durante o platô, a excitação se mantém e intensifica-se. A vagina se alarga e se afunda, aumentando a fricção durante a penetração. O clitóris se torna mais sensível e a musculatura pélvica se tensa. As mamas aumentam de tamanho devido ao aumento do fluxo sanguíneo.

Orgasmo:

O orgasmo feminino é caracterizado por contrações rítmicas da musculatura vaginal e do útero, além de um aumento na sensação de prazer. Embora as contrações sejam mais localizadas, o prazer pode ser mais difuso. As mulheres podem ter múltiplos orgasmos em uma única sessão sexual, o que as diferencia dos homens, que geralmente têm um único orgasmo seguido de um período refratário.

OBJETIVO 3- Descrever o processo de gametogênese masculina e feminina. Suas relações anátomo-funcionais, para compreender o que viabiliza a reprodução humana.

1. Gametogênese Masculina: Espermatogênese

1. Início da espermatogênese:

Localização: Os testículos, situados no escroto, contêm os túbulos seminíferos, que são os locais de produção dos espermatozoides.

Células germinativas primitivas: As células germinativas primordiais (espermatogônias) se localizam nas camadas mais internas dos túbulos seminíferos.

Estímulo hormonal: A hipófise anterior secreta LH (hormônio luteinizante) e FSH (hormônio folículo-estimulante), que agem sobre os testículos e estimulam as células de Leydig (localizadas entre os túbulos seminíferos) a produzir testosterona, e as células de Sertoli (localizadas dentro dos túbulos seminíferos) a apoiar o desenvolvimento das células germinativas.

2. Divisão mitótica e meiótica:

Espermatogônias: As espermatogônias (células germinativas primordiais) sofrem divisão mitótica para se multiplicar. As espermatogônias podem se diferenciar em espermatócitos primários, que passam por duas divisões meióticas:

Primeira divisão meiótica: O espermatócito primário se divide em dois espermatócitos secundários, cada um com 23 cromossomos (haploide).

Segunda divisão meiótica: Cada espermatócito secundário se divide em espermátides, que também têm 23 cromossomos haploides.

3. Espermátides e espermatozoides:

As espermátides passam por um processo de espermiogênese, que é a diferenciação para formar o espermatozoide maduro. Durante a espermiogênese, ocorre a formação da cauda (flagelo), a condensação da cabeça (onde está o material genético) e a perda de citoplasma, resultando em um espermatozoide funcional.

4. Transporte e maturação:

Após a espermiogênese, os espermatozoides imaturos (espermátides) se deslocam para o epidídimo, onde completam sua maturação e adquirem a capacidade de movimento (motilidade).

5. Liberação:

Durante a ejaculação, os espermatozoides são transportados do epidídimo através dos ductos deferentes até a uretra, onde são misturados com fluídos das glândulas seminais, próstata e bulbouretrais, formando o sêmen.

2. Gametogênese Feminina: Oogênese

1. Início da oogênese:

Localização: Os ovários, localizados na pelve feminina, contêm os folículos ovarianos, que são as unidades estruturais e funcionais responsáveis pela produção dos óvulos.

Células germinativas primordiais: Durante o desenvolvimento fetal, as células germinativas primordiais (oogônias) se proliferam nos ovários e começam a se dividir por mitose.

Início da meiose: Ao longo do desenvolvimento fetal, as oogônias iniciam a meiose e se transformam em oócitos primários. No entanto, a meiose é interrompida na profase I, e as células permanecem nesse estado até a puberdade.

2. Maturação do óvulo:

Quando a mulher atinge a puberdade, alguns oócitos primários continuam o processo de divisão celular, mas de maneira incompleta. A cada ciclo menstrual, um oócito primário é selecionado para concluir a meiose.

Primeira divisão meiotica: O oócito primário se divide para formar um oócito secundário (que contém a maior parte do citoplasma) e um corpúsculo polar, que é uma célula pequena que não se desenvolve. O oócito secundário continua a divisão meiótica até a metáfase II, mas a meiose é novamente interrompida nesse ponto.

3. Ovulação:

Durante o ciclo menstrual, o folículo ovariano (que contém o oócito secundário) se desenvolve e se torna um folículo maduro ou folículo de Graaf.

Quando o folículo de Graaf se rompe, libera o oócito secundário na trompa de falópio durante o processo de ovulação. Nesse ponto, o oócito secundário está pronto para ser fecundado, mas a meiose será completada somente se ocorrer a fecundação.

4. Fecundação e conclusão da meiose:

Se o óvulo é fecundado por um espermatozoide, ele completa a segunda divisão meiótica, formando um óvulo maduro e um segundo corpúsculo polar, que também é descartado.