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Exercem funções específicas. Podem ser simples (um tipo de célula) ou complexos (vários tipos de células)
De secreção
Têm a responsabilidade de eliminar ou isolar substâncias
Bolsas secretoras
cavidades que liberam secreções com essências aromáticas, como as existentes no limão, na laranja e em outros frutos
Canais resiníferos
vasos que produzem resinas para a proteção do vegetal contra o ataque de invasores, como fungos e insetos
Canais lactíferos
cavidades que liberam látex e têm a função de proteger os tecidos contra microrganismos invasores; atuam também na cicatrização dos tecidos lesionados
Hidatódios
pequenos orifícios localizados nas beiradas das folhas; liberam o excesso de água e sais minerais por meio de gotículas (gutação)
Nectários
glândulas que produzem secreções odoríferas e adocicadas que atraem polinizadores
De condução
Responsáveis por levar substâncias para as folhas e distribuir os produtos da fotossíntese das folhas a todas as células da planta. O transporte de substâncias inorgânicas (água e sais minerais) é realizado pelos vasos do xilema e a condução da seiva elaborada pela fotossíntese é feitas pelos do floema
Vasos do floema
Altamente especializadas, as células do vasos do floema apresentam uma placa crivada (crivo) em sua extremidade de contato com outra célula, permitindo o fluxo da seiva elaborada. Na região do crivo, encontra-se um polissacarídeo denominado calose, que obstrui os poros do crivo durante períodos como o inverno, desfazendo-se no início da primavera
As chamadas células companheiras localizam-se lateralmente aos elementos de vaso e o núcleo delas coordena a célula do elemento de vaso.
Nas dicotiledôneas, a estrutura dos tecidos de condução varia durante avida da planta
Vasos do xilema
Além dessas células, o xilema apresenta tecido de sustentação de fibras esclerenquimatosas lenhosas e parênquima lenhoso.
O mecanismo utilizado no transporte dos vasos do xilema se baseia ainda em hipóteses. A mais aceita é a da colisão-tensão-transpiração, ou teoria de Dixon
1. A folha perde água por transpiração, pois existe menos água nas folhas que no ar; 2. Aumenta a concentração de glicose nas células do parênquima clorofiliano; 3. A água que está nos vasos do xilema entra nessas células por osmose; 4. A tensão dos vasos do xilema e a redução da pressão provocam a sucção da água; 5. Devido à coesão e à adesão das moléculas da coluna de água, a subida permanece constante; 6. Há mais água no solo do que nas raízes. Ela é absorvida do solo por uma cadeia de transferência de água existente nas raízes
As células dos vasos do xilema apresentam reforços de lignina, que as impermeabiliza
Os vasos do xilema contém dois tipos de células condutoras:
Elementos de vaso
são curtos e têm maior diâmetro em relação às traqueídes. Por não apresentarem paredes de divisão, os elementos de vaso são caracterizados por um fluxo de líquido bem maior do que o verificado nas traqueídes
Traqueídes
são finas e alongadas. Conectam-se umas às outras por meio de pequenos orifícios localizados em suas extremidades, compondo feixes, e de aberturas laterais que permitem a formação de pequenos tubos, os quais conduzem substâncias líquidas em todas as direções
De preenchimento
Ou parênquimas, os tecidos de preenchimento podem ou não ter clorofila e realizam funções muito importantes para os vegetais, como a fotossíntese, o armazenamento de substâncias e a respiração.
Parênquima de reserva
Tem como principal função o armazenamento de partículas sólidas ou em solução
Parênquima aquífero
Armazena grandes quantidades de água, possibilitando a sobrevivência de vegetais em regiões inóspitas, de clima árido. É bem desenvolvido em plantas xerófitas
Parênquima aerífero
Armazena ar, que possibilita a flutuação em ambientes aquáticos. É bem desenvolvido em plantas como os aguapés e as vitórias-régias
Parênquima amilífero
Armazena amido proveniente da desidratação da glicose formada na fotossíntese. É encontrado em raízes, como a cenoura, em caules subterrâneos, como a batata-inglesa, em sementes e na polpa de frutas
Parênquima clorofiliano
É responsável pela nutrição vegetal a partir dos nutrientes elaborados durante a fotossíntese. Contém grande quantidade de cloroplastos, os quais captam a energia luminosa e a transformam em energia química. É encontrado normalmente em folhas, talos jovens e regiões verdes da planta
Se divide em
Parênquima lacunoso
Parênquima paliçádico
De sustentação
Colênquima
Células vivas, com reforço de celulose, permeáveis e flexíveis; podem readquirir a capacidade de se autoduplicar. Localização externa. Sustentação e flexibilidade. Comparável ao tecido cartilaginoso dos animais. Presença predominante na partes jovens da planta
Esclerênquima
Células mortas, com reforço de lignina, destituídas de núcleo e citoplasma. Localização externa. Rigidez e impermeabilização. Comparável ao tecido ósseo dos animais. Presença predominante nas partes mais velhas da planta
De revestimento e proteção
Estrutura tecidual de uma árvore adulta
Súber: tecido morto que protege os tecidos interiores da dissecação, de danos mecânicos, de insetos e de outros seres herbívoros. A periderme é formada por súber, felogênio e feloderme.
Floema: conduz a seiva elaborada pela fotossíntese.
Câmbio vascular: responsável pela produção do xilema e do floema secundários.
Alburno: constituído de xilema. À medida que os vasos do xilema morrem, passam a compor o cerne.
Cerne: alburno envelhecido, composto inteiramente de células mortas. É a coluna central de suporte da ´árvore adulta.
Periderme
É um revestimento protetor de origem secundária que substitui a epiderme em caules e raízes nos quais ocorre crescimento secundário em espessura. À medida que ela se desenvolve, empurra a epiderme para fora, até o momento em que esta última se rompe e é eliminada externamente
Súber
Encontrado em raízes e troncos de árvore da espécie Quercus suber (popularmente chamada de sobreiro), o súber é constituído de várias camadas espessas com células mortas e ocas, devido à impregnação de uma substância lipídica impermeável denominada suberina. Proporciona isolamento térmico
Epiderme
Na epiderme e no súber estão presentes os meios necessários para que a planta se proteja das variações climáticas e de ataques de microrganismos, entre outras agressões. Entre eles, se destacam as gomas, as resinas e os cristais de carbonato e oxalato de cálcio
É formada por uma camada de células vivas aclorofiladas achatadas que reveste os órgãos vegetativos e reprodutivos da planta, absorve substâncias e realiza trocas gasosas
Algumas de suas especializações:
Estômatos
células clorofiladas (em formato de feijões) que realizam trocas gasosas
Lenticelas
pequenas aberturas existentes em plantas adultas com súber (nas quais os estômatos são incapazes de realizar trocas gasosas) que possibilitam a entrada e a saída de gases. São encontradas, por exemplo, no caule da aceroleira
Papilas
Pequenas saliências das células epidérmicas que conferem um aspecto aveludado às pétalas de flores como a rosa e o amor-perfeito
Pelos
Chamados também de tricomas, exercem funções de defesa. São encontrados na urtiga, no mentol, na pimenta, no algodão, etc.
Acúleos
Prolongamentos rígidos da epiderme, facilmente destacáveis. Presentes, por exemplo, nos espinhos das roseiras
Cera
Camada de origem lipídica que reveste as folhas e os frutos
Cutículas
Camada de origem lipídica que reveste as folhas, evita o ressecamento e mantém a hidratação do vegetal
Responsável pela formação de novas células, tecidos e órgãos e crescimento vegetal
Se dividem em
Secundários
O processo por meio do qual as células dos meristemas adquirem características de tecidos especializados é chamado de diferenciação celular
Quando ocorre a diferenciação incompleta, as células se tornam capazes de se autoduplicar.
Alguns tecidos adultos podem passar por um processo de desdiferenciação, regredindo às suas características embrionárias.
Os meristemas secundários crescem a partir do aumento dos tecidos vasculares presentes nos meristemas primários. Eles originam tecidos que possibilitam o crescimento do vegetal em espessura, como o câmbio, localizado no cilindro central do caule, responsável pela renovação anual dos vasos condutores, e o felogênio, encontrado na região externa do caule (logo abaixo da epiderme), encarregado da formação e da troca anual das cascas da árvore.
Primários
São formados por células embrionárias, indiferenciadas e com a capacidade de se transformar em qualquer célula vegetal. Localizam-se nas extremidades (meristema apical do caule, raiz e ramos) e ao longo do caule. Suas células possibilitam o crescimento longitudinal da planta
Os meristemas apicais
originam outros meristemas primários, como:
Caliptrogênio
encontrado nas raízes, origina a coifa (caliptra)
Procâmbio
ou pleroma, forma o xilema e a floema
Meristema fundamental
ou periblema, forma os parênquimas e os tecidos de sustentação
Protoderme
ou dermatogênio, forma a epiderme do vegetal