a Andreia Rocha 7 éve
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Aprendizagem colaborativa é um tipo de aprendizagem que resulta do facto dos indivíduos trabalharem em conjunto, com objectivos e valores comuns, colocando as competências individuais ao "serviço" do grupo ou da comunidade de aprendizagem (Kaye, 1992; Dillenbourg, 1999).
A aprendizagem é um processo individual, influenciado, contudo, por vários factores, entre os quais, o grupo e as interacções interpessoais; estas interacções no grupo envolvem o uso da linguagem na reorganização e modificação da compreensão das estruturas pessoais de conhecimento sendo, portanto, ao mesmo tempo, um fenómeno individual e social;
A aprendizagem colaborativa produz potencialmente maiores ganhos do que a aprendizagem individual, e não significa “aprender em grupo”, mas a possibilidade de o indivíduo beneficiar do apoio e da retroacção de outros indivíduos durante o seu percurso de aprendizagem.
A chave do sucesso do ensino online se centra na actuação do professor (Bischoff, 2000; Salmon, 2000).
Dugleby (2000), considera que o professor tem o papel funcional e que deverá centrar-se, sobretudo, em actividades do tipo: dar as boas-vindas aos estudantes; encorajar e motivar; monitorizar o progresso dos estudantes; verificar o seu ritmo de aprendizagem; dar informação; aprofundar; clarificar e explicar; dar feedback sobre o trabalho efectuado; avaliar; assegurar-se do sucesso das conferências/discussões; facilitar a construção de uma comunidade de aprendizagem; dar conselhos técnicos e de apoio; fechar o curso.
São alguns factores que contribuem para o abandono dos cursos por parte dos estudantes: sentimento de isolamento, ritmo do curso, exigências diversas de carácter pessoal ou profissional e aspectos técnicos. Cabe ao professor estar atento a estes processos, monitorando o nível de participação e envolvimento dos estudantes, no sentido de prevenir estas situações e poder agir atempadamente.
Os materiais deverão estar previamente preparados antes do curso iniciar, embora possam ser adicionados à medida que este prossegue, e terem subjacente um modelo de aprendizagem. A clarificação dos objectivos a alcançar e as tarefas e trabalhos a desenvolver com base nos materiais são de grande importância neste contexto.
É dadas as características da Sala de Aula Virtual, que parece constituir um ponto crítico do ensino online e da actividade do professor, na medida em que é dado apenas através das mensagens escritas. Algumas técnicas passam por dar feedback imediato no cenário colectivo, visto que o ritmo de uma classe online é rápido, sendo pois necessário que o feedback forneça orientação imediata aos estudantes e poderá, desta forma, apoiar um número variado deles; deve ser regular e detalhado, e não se circunscrever ao fim do curso.
A visibilidade traduz-se nas interacções/mensagens públicas presentes no cenário colectivo da Sala de Aula Virtual e a sua eficácia parece prender-se com três aspectos:
com o tipo de mensagens enviadas pelo professor;
com a modelação que efectua do contexto e da interacção;
com o contributo para a redução do isolamento dos estudantes. Constituindo, assim, um aspecto determinante para a percepção, quer individual, quer do grupo, da presença do professor.
Um professor visível possibilita a prevenção de um certo isolamento que os alunos podem eventualmente sentir.
Neste estádio os estudantes são responsáveis pela sua própria aprendizagem através das oportunidades criadas, necessitando de pouco apoio para além do já disponibilizado. Para a autora é aqui que melhor se expressa o paradigma construtivista da aprendizagem.
Encorajar a interacção, fazer ligações com a aprendizagem em curso, gerir conflitos e dar feedback, reduzir a sua intervenção enquanto professor para permitir a interacção dos estudantes com os seus pares, criando condições para a construção do conhecimento.
Encorajar todos os participantes a contribuir para a discussão dos conteúdos que foram disponibilizados – os materiais.
Desenvolvimento da coesão e cultura do grupo e de modos sistemáticos de trabalhar online. A empatia desenvolvida neste estádio funciona como um pré-requisito para o curso e para discussões relacionadas com o conhecimento interpessoal.
Ensino sobre a utilização do sistema/plataforma e construção da confiança do utilizador, encorajando-o a participar regularmente.
Primeiro modelo baseia-se na ideia de relativa permanência e imutabilidade dos conteúdos e materiais que são concebidos por especialistas. Existe uma clara separação entre os conteúdos do curso e a tutoria. Procura absorver as facilidades e vantagens das NTIC mas inclui muito de ensino presencial.
Segundo modelo centra-se nos materiais já existentes, complementados por materiais concebidos especificamente para o curso. Existe uma clara valorização de interacção e das discussões online.
Terceiro modelo baseia-se na dissolução na distinção entre o conteúdo e tutoria e o seu objectivo é a construção de uma comunidade de aprendizagem. O curso decorre na totalidade online e consiste num conjunto de actividades e trabalhos colaborativos, discussões e no acesso e processamento da informação e na realização de determinadas tarefas.
Modelos mais centrados no professor, muitas das estratégias do ensino presencial são transferidas para o ensino online; centram-se mais no ensino do que na aprendizagem.
Modelos mais centrados na tecnologia, centram-se na tecnologia adoptada e atribuem um papel secundário quer ao professor quer ao estudante.
Modelos mais centrados no estudante, centra-se na figura do estudante e não na do professor, baseiam-se na auto-formação e na auto-aprendizagem.
(Berge, 1995) – refere-se à contribuição do professor para tornar a tecnologia transparente, permitindo assim ao estudante concentrar-se nas tarefas académicas.
(Mason, 1989; Berge, 1995; Rowntree, 1995) - é relativa à criação dum contexto social de aprendizagem, onde seja possível o desenvolvimento de “relações interpessoais, da coesão de grupo, manutenção do grupo como unidade e contribuindo para ajudar os membros a trabalhar colaborativamente” (Berge, 1995:23).
(Mason, 1989; Berge, 1995; Rowntree, 1995; Dugleby, 2000) – prende-se com as tarefas de organização e planificação do curso e das actividades de ensino.
(Berge, 1995; Harasim et al., 1995, Rowntree, 1995) - engloba todos aqueles aspectos que suportam o processo de aprendizagem, desde as técnicas de ensino directo às técnicas que se centram na facilitação da aprendizagem: fazer perguntas; dar exemplos e modelos; orientar e sugerir; promover a reflexão; orientar os estudantes na exploração de outras fontes de informação; estimular os estudantes para a justificação/explicação e elaboração das suas ideias; dar feedback; proceder à estruturação cognitiva das tarefas; sumariar.