CHOQUE

CHOQUE ANAFILÁTICO

É a forma mais grave de reação de hipersensibilidade consequente de uma anafilaxia.

CAUSAS

Anafilaxia

Látex

Alimentos

Drogas

Medicamentos

Venenos de insetos

SINTOMAS

Eritema

Estridor

Angiodema

Prurido

Obstrução das vias aéreas

Vasodilatação generalizada resultando em hipotensão

Sibilância

TRATAMENTO

Injeção de adrenalina

Uso de corticóides, broncodilatadores, vasoconstritores e anti-histamínicos

Manutenção de vias aéreas, oxigenoterapia

CHOQUE OBSTRUTIVO

Ocasionado por uma obstrução ou uma compressão dos grandes vasos ou do próprio coração, gerando a redução do débito cardíaco e da perfusão.

TRATAMENTO

Toracocentese (em caso de pneumotórax hipertensivo)

Trombolíticos e embolectomia (caso de embolia pulmonar)

Pericardiocentese (em caso de tamponamento cardaco)

Oxigenoterapia

Ressuscitação volêmica

SINTOMAS

TAMPONAMENTO CARDÍACO

Ingurgitamento Jugular

Hipotensão

Hipofonese

TRÍADADE DE BECK: sons cardíacos abafados, diminuição da pressão arterial e dilatação das veias do pescoço

AUMENTO DA PRESSÃO INTRATÓRACIA

Diminuição do débito cardíaco

Expansibilidade reduzida

Hipersonoridade a percursão

OBSTRUÇÃO DO DÉBITO CARDÍACO

Tosse

Êmbolos

Hemoptise

Dor torácica

Febre

Dispinéia

CAUSAS

TAMPONAMENTO CARDÍACO: trauma, uremia, câncer, doenças autoimunes, tuberculose

OBSTRUÇÃO EXTRÍNSECA OU DE ESTRUTURAS ADJACENTES AO CORAÇÃO: síndrome da veia cava superior, tumores mediastinais

OBSTRUÇÃO DO DÉBITO DE VD: embolia pulmonar, hipertensão pulmonar aguda

AUMENTO DA PRESSÃO INTRATORÁCICA: pneumotórax hipertensivo

CHOQUE CARDIOGÊNICO

Disfunção sistólica ou diastólica do coração que resulta na redução do débito cardíaco

SINTOMAS

Diminuição da diurese

Taquipnéia

Taquicardia

Sudorese

Acidose

Sinais de hipoperfusão e baixo débito cardíaco

Dispnéia

Hipotensão

Ansiedade, confusão e agitação

CAUSAS

Infarto agudo do miocárdio

Miocardite aguda

Arritmias cardíacas

Doenças das válvulas cardíacas

Doença arterial coronariana

Intoxicação do coração por medicamentos e toxinas

TRATAMENTO

Reposição volêmica

Antitrombóticos e vasodilatadores

Oxigenioterapia

Correção do quadro de acidose

Síndrome causada por um desarranjo na perfusão sistêmica levando à hipóxia celular e disfunção orgânica.

ESTÁGIOS

PROGRESSSIVO: inicia-se o desarranjo celular microvascular, ainda possível a reversão do quadro, apesar da de disfunção de 1 ou mais órgãos. Tendo como sintomas taquicardia, taquipneia e hipotensão.

COMPENSATÓRIO: Fase inicial e reversível aonde os mecanismos compensatórios ainda estão intactos, não havendo lesão tissular. Podendo ser assintomático.

IRREVERSSÍVEL: As lesões teciduais estão estabelecidas e os mecanismos compensatórios tornam-se ineficazes, ocorre hipoperfusão severa em órgãos vitais, acidose metabólica, insuficiência orgânica e morte iminente.

CLASSIFICAÇÃO

DISTRIBUTIVO (Choque Anafilático, neurogênico e séptico)

HIPOVOLÊMICO

OBSTRUTIVO

CARDIOGÊNICO

CAUSAS

Baixo volume de sangue

Alargamento excessivo dos vasos sanguíneos

Função de bombeamento do coração inadequada

CHOQUE NEUROGÊNICO

Disfunção autonômica caracterizada pelo aumento da capacidade vascular de modo que a quantidade normal de sangue é insuficiente para encher o sistema circulatório

CAUSAS

Anestesia espinhal

Anestesia geral profunda

Compressão da medula espinal

Depressão do sistema vasomotor por drogas

Lesão no Sistema nervoso

Trauma raquimedular

SINTOMAS

Bradicardia

Hipotensão

Dispnéia

Diminuição da temperatura corporal

Abolição de reflexos profundos

TRATAMENTO

Administração de atropina

Corticóides

Epinefrina

Imobilização (casos de lesão na coluna)

Reposição volêmica I.V

CHOQUE HIPOVOLÊMICO

Distúrbio agudo da circulação, caracterizado pela queda do volume circulante efetivo de sangue, ocasionando desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio para os tecidos.

CAUSAS

HEMORRÁGICAS

Hemorragia digestiva

Ruptura de aneurisma aórtico

Gravidez ectópica rota

Lesões viscerais

NÃO HEMORRÁGICAS

Diabetes insípido (que pode levar a ingesta insuficiente de líquido e desidratação severa)

Diarreias e vômitos

Derrames cavitários

Edemas intersticiais

CLASSIFICAÇÃO

CLASSE II: Choque Hipovolêmico sem hipotensão (15-30% de perda sanguínea)

CLASSE I: Hipovolemia (15% de perda sanguínea)

CLASSE III: Choque Hipovolêmico com hipotensão e repercussões no nível de consciência (30-40% de perda sanguínea)

CLASSE IV: Choque Hipovolêmico com hipotensão, repercussões no nível de consciência e renais (40% de perda sanguínea)

SINTOMAS

Lentidão no preenchimento capilar

Palidez ou pele azulada

Náuseas e vômito

Torpor e perda de consciência

Pupilas dilatadas, devido a estímulo do SNA

TRATAMENTO

Deve-se iniciar com os princípios do ABCDE determinados no ATLS (identificar a causa para corrigi-la, garantir suporte básico e fazer ressuscitação volêmica)

Ressuscitação volêmica

Concentrado de hemácias para perdas maiores que 30% da volemia

Ocorrendo a reversão do quadro, deve-se parar a infusão e continuar monitorização

Não ocorrendo a reversão do quadro, deve-se coletar gasometria arterial para avaliar a necessidade de infundir alíquotas de cristaloide e/ou hemoderivados

Reposição volêmica com cristaloides administrado EV, rápido. Repetir três vezes caso não estabilize

CHOQUE SÉPTICO

Estado de falência circulatória aguda associada a foco infeccioso ou com predomínio de componente endotóxico

ESTÁGIOS

CHOQUE SÉPTICO: Sepse grave associada a hipotensão persistente

SEPSE GRAVE: Disfunção de órgãos e sistemas

SEPSE: Resposta sistêmica à infecção

TRATAMENTO

Oxigenoterapia e ventilação mecânica, se necessário

Ressuscitação cardiorrespiratória com uso de fluidos intravenosos e vasopressores

Antibioticoterapia

Ressuscitação volêmica guiada por metas

Controle da glicemia

SINTOMAS

Redução das plaquetas sanguíneas

Tempera acima de 38,6°C ou abaixo de 36°C

Taquicardia e Taquipnéia

Leucócitos >12.000 ou <4.000

Hipotensão arterial

Edema

Oliguria

Apnéia

Perda da consciência ou confusão mental

CAUSAS

Bactérias Gram-negativas (E. coli) ou Gram-positivas (S. aureus)

Vírus (H1N1, H5N1 entre outros)

Fungos (gênero Candida sp.)

Resposta imune exagerada a toxinas