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da Crislaine Naginski manca 1 anno

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Doenças Neurodegenerativas

As doenças neurodegenerativas do sistema nervoso central, como Parkinson, Alzheimer, Esclerose Múltipla (EM) e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), são marcadas pela perda progressiva de neurônios, afetando movimentos e funções cognitivas.

Doenças    Neurodegenerativas

Farmacologia III Prof Ma Elaine Ferreira

Doenças Neurodegenerativas

As doenças neurodegenerativas do SNC incluem a doença de Parkinson, a doença de Alzheimer, a EM e a ELA. Essas doenças graves são caracterizadas pela perda progressiva de neurônios específicos em áreas cerebrais limitadas, resultando em distúrbios característicos de movimento, cognitivos, ou ambos.

ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
A ELA se caracteriza pela degeneração progressiva dos neurônios motores, resultando na inabilidade de iniciar ou controlar o movimento muscular

Riluzol, um antagonista do receptor NMDA, é o único fármaco indicado atualmente para manejo de ELA. Parece atuar por inibição da liberação de glutamato e bloqueio dos canais de sódio. O riluzol pode aumentar o tempo de sobrevida e retardar a necessidade de apoio ventilatório em portadores de ELA.

ESCLEROSE MÚLTIPLA
A EM é uma doença desmielinizante inflamatória autoimune do SNC. A evolução da EM é variável. Em alguns casos, pode consistir em um ou dois episódios neurológicos agudos; em outros, é uma doença crônica, reincidente e progressiva que pode se estender por 10 a 20 anos.

Tratamentos modificadores da doença

Mitoxantrona: Mitoxantrona é um análogo antraciclina citotóxico que mata células T e também pode ser usado contra a EM.

Natalizumabe: Natalizumabe é um anticorpo monoclonal indicado para pacientes de EM que falharam no tratamento de primeira linha.

Dimetil fumarato: Dimetil fumarato é um fármaco oral que pode alterar a resposta celular ao estresse oxidativo, diminuindo a progressão da doença. Rubor e dor abdominal são os efeitos adversos mais comuns.

Teriflunomida: Teriflunomida é um inibidor de síntese de pirimidina de uso oral que reduz a concentração de linfócitos ativos no SNC. A teriflunomida pode causar aumento das enzimas hepáticas. Ela deve ser evitada durante a gestação.

Fingolimode: Fingolimode é de uso oral e altera a migração dos linfócitos, resultando em menos linfócitos no SNC. Fingolimode pode causar bradicardia de primeira dose e está associado com aumento do risco de infecção e edema macular.

Glatirâmer: O glatirâmer é um polipeptídeo sintético que se assemelha à mielina e pode atuar como chamariz ao ataque das células T. Alguns pacientes apresentam reações pós injeção que incluem rubor, dor no peito, ansiedade e prurido. Normalmente é autolimitante.

b-interferona 1a e b-interferona 1b: Os efeitos imunomoduladores da interferona ajudam a diminuir a resposta inflamatória que leva à desmielinização da bainha dos axônios. Os efeitos adversos dessas medicações podem incluir depressão, reações locais à injeção ou à infusão, aumento das enzimas hepáticas e sintomas tipo gripe.

DOENÇA DE ALZHEIMER
A demência do tipo Alzheimer tem três características diferenciais: 1) o acúmulo de placas senis (acúmulo β-amiloide); 2) a formação de numerosos entrelaçados neurofibrilares; e 3) a perda de neurônios corticais, particularmente colinérgicos. Os tratamentos atuais visam melhorar a transmissão colinérgica no SNC ou evitar as ações excitotóxicas resultantes da superestimulação dos receptores NMDA glutamato em certas áreas do cérebro. As intervenções farmacológicas na doença de Alzheimer são apenas paliativas e oferecem um benefício modesto e de curta duração. Nenhum dos fármacos disponíveis altera o processo neurodegenerativo subjacente.

Antagonistas de receptores N-metil-D-aspartato

A superestimulação de receptores glutamato, particularmente do tipo NMDA, pode resultar em efeitos excitotóxicos nos neurônios, e é sugerida como mecanismo dos processos neurodegenerativos ou apoptóticos.

Memantina é um antagonista do receptor NMDA indicado contra a doença de Alzheimer moderada ou grave. Ela atua bloqueando o receptor NMDA e limitando o influxo de Ca2+ no neurônio, de modo que não são alcançados níveis intracelulares tóxicos.

Inibidores da acetilcolinesterase

Os inibidores da AChE aprovados para o tratamento da doença de Alzheimer leve ou moderada incluem donepezila, galantamina e rivastigmina. Todos têm alguma seletividade contra a AChE do SNC comparado com a periferia. A galantamina pode também aumentar a ação da ACh nos receptores nicotínicos no SNC.

DOENÇA DE PARKINSON
Distúrbio neurológico progressivo do movimento muscular, caracterizado por tremores, rigidez muscular, bradicinesia (lentidão ao iniciar e executar movimentos voluntários) e anormalidades de postura e de marcha. A maioria dos casos envolve pessoas com mais de 65 anos, entre as quais a incidência é de 1 em 100 indivíduos.

Etiologia

A causa da doença de Parkinson é desconhecida para a maioria dos pacientes. A doença está relacionada com a degeneração de neurônios dopaminérgicos na substância negra com consequente redução das ações da dopamina no corpo estriado – parte do sistema de gânglios basais que estão envolvidos no controle motor