Sob a ótica do paradigma social da Ciência da Informação

Desenvolvimento da Sociedade da Informação (CETIC)

o Brasil apresentou um crescimento
considerável no uso da internet
, e isso se deve, principalmente, aos dispositivos
móveis.
Dados: Pesquisa realizada pela TIC Domicílios em 2016 pelo Centro Regional de Estudos.

Em 2016, o número de casas com conexões móveis chagava a 9,3 milhões.

Nos últimos anos, o uso de smartphones em todo território brasileiro cresceu, atingindo a marca de 17% à 19% anualmente.

Competência em Informação e Mediação

Os fundamentos da competência em informação (information literacy) estão ligados ao fazer do bibliotecário, principalmente em situações específicas de usos da biblioteca e de seus recursos informacionais. Todavia, a competência em informação assume, a partir da década de 1980, contornos diferentes, uma vez que passa a priorizar o aprendizado ao longo da vida.

É interessante ressaltar que as pessoas devem ser educadas em todas as
formas de expressão mediadas contemporâneas, dada a dinâmica de uma cultura da
convergência, onde gera-se, consome-se, dissemina-se e veicula-se informações a todo
instante.

Aprendizagem Móvel

Conjuntamente ao desenvolvimento e maior utilização dos recursos tecnológicos pelos indivíduos, surgiu uma preocupação por parte dos profissionais da área de educação voltada à busca de meios para incorporar as novas tecnologias no contexto educacional, o que trouxe consequências relevantes para os processos de ensino-aprendizagem. A formação do mediador implica no desenvolvimento de ações e uso da criatividade. Nesse caminho, vale a proposição do aprendizado ao longo da vida que dá ao sujeito a oportunidade de
compreender que
é necessário aprender sempre (RASTELI; CAVALCANTE, 2013).

O advento dos dispositivos móveis acarretou mudanças de diversas ordens, dentre as quais, torna possível o aprendizado fora dos limites do ambiente educacional tradicional. A aprendizagem mobile faz alusão ao uso de tecnologias móveis em atividades de aprendizagem e no acesso a informações com maior praticidade e velocidade.

3 Paradigmas da Ciência da Informação

Existem muitas divisões em relação às correntes teóricas que compõem a Ciência da Informação; no entanto, são apresentados três paradigmas dominantes, conforme a visão de Rafael Capurro (2003). São eles: o paradigma físico, o paradigma cognitivo e o paradigma social.

PARADIGMA FÍSICO: De modo geral, defende que há uma mensagem passível de mensuração a qual é transmitida de um emissor a um receptor com a menor interferência possível.

Um dos autores que se apropria do paradigma físico da informação é Michael Buckland (1991), ele não só amplia o conceito de documento, analisando-o como algo que está para além do texto impresso, como também identifica três usos corriqueiros para o termo informação, atendo-se principalmente ao último, a saber: “informação como processo”, “informação como conhecimento” e “informação como coisa”.

PARADIGMA COGNITIVO: Trata de investigar como os processos informativos podem ou não transformar os usuários; nessa direção, o foco não está necessariamente nos suportes físicos, mas no seu conteúdo e nas formas pelas quais se podem representá-lo cognitivamente.

O paradigma cognitivo aborda também a recuperação da informação e foi bastante influenciado por Karl Popper (1975), que concebia a existência de três mundos do conhecimento. Para o autor, o mais importante é o “mundo dos produtos da mente”, por
referir-se ao conhecimento objetivo.

PARADIGMA SOCIAL: Ressaltou a necessidade de se introduzir novas perspectivas teóricas e
metodológicas para tratar a informação enquanto fenômeno social. Assim, concebe o objeto informação numa dimensão subjetiva, a qual possibilita a realização de estudos qualitativos que podem abarcar desde as necessidades de informação e comportamentos de busca, até as práticas relacionadas ao uso, apropriação e mediação da informação.

Responsável por ampliar a agenda de pesquisas da Ciência da Informação. De acordo com Mantovani e Dantas (2011), apesar dos dispositivos móveis aumentarem os fluxos informacionais e impulsionarem uma participação ativa dos indivíduos em suas interações com os conteúdos disponíveis, eles também favorecem a busca e uso das informações de maneira superficial, não levando em conta critérios de qualidade e credibilidade.

Conclusão

Dessa forma, a competência em informação se inclui em tal processo justamente por
se constituir enquanto atividade que objetiva
desenvolver o senso crítico das pessoas em relação à informação. O sujeito competente em informação pode identificar a natureza da informação necessária; acessá-la de forma eficaz e eficiente; avaliá-la criticamente; e, incorporá-la em sua base de conhecimento e sistema de valores (FARIAS, 2014). Mediar e desenvolver competências e habilidades relacionadas à busca, recuperação, uso e apropriação da informação são processos que potencializam a construção do conhecimento, bem como proporcionam ao indivíduo avaliar crítica e reflexivamente suas necessidades informacionais.

Advento das Tecnologias de Informação e Comunicava o (TIC).

A informação desempenha um relevante papel, possibilitando a apropriação e geração de novos conhecimentos.