Mindful Eating With
Diabetes (2017)
Relata o uso da meditação como
estratégia para melhora de
sintomas da ansiedade, depressão,
bem-estar e qualidade de vida.
O treino da atenção plena, no
geral, está relacionado com
melhorias no peso, gordura
abdominal e atividade da
telomerase.
É uma sugestão de intervenção
para o comer desregulado e para
mitigar o estresse.
APLICANDO A ATENÇÃO PLENA
NO COMPORTAMENTO
ALIMENTAR
A alimentação consciente pode
interromper a resposta automática
e desatenta a estímulos
alimentares externos e gatilhos
emocionais que geralmente
provocam respostas habituais e
consumo desnecessário de
alimentos.
O comer com atenção plena pode
melhorar padrões alimentares
aumentando o consumo de frutas
e vegetais, reduzindo ingestão de
alimentos hipercalóricos e
reduzindo a frequência de
compulsões alimentares.
Cita o comer com atenção plena
para redução de Hb1Ac em alguns
estudos. Resultados diferentes
foram observados em outros
estudos.
Um exercício comum de meditação
é comer uma única uva-passa
conscientemente, como se fosse a
primeira vez. Este exercício é
específico para o consumo de
alimentos e envolve observar a
aparência, a cor, a textura e o
cheiro da uva-passa antes de
colocá-la na boca e depois
mastigá-la com atenção plena ao
sabor e aos estímulos sensoriais.
Mindfulness-Based Eating
Awareness Training (MB-EAT)
O MB-EAT baseia-se em técnicas
tradicionais de meditação de
atenção plena, como a meditação
com uva-passa e a meditação
guiada.
A intervenção aborda o papel dos
sinais de fome e saciedade e
enfatiza comer em resposta a esses
sinais, em vez de comer em
resposta a padrões automáticos.
Começa com a meditação com
alimentos simples para mais
complexos, culminando com
escolhas alimentares conscientes
entre apenas dois alimentos,
depois em uma refeição coletiva e,
finalmente, em um bufê de
restaurante.
As “mini” meditações são
incentivadas antes de comer como
forma de trazer consciência para o
momento presente. Pede-se aos
participantes que respirem fundo
algumas vezes, tomem consciência
das sensações do corpo, incluindo
a fome, e depois escolham como
responder.
Revisão bibliográfica que descreve
a atenção plena aplicada ao
comportamento alimentar, e ainda,
levanta discussões sobre sua
aplicabilidade no quadro de
Diabetes Mellitus.
É um estado de consciência onde
se presta atenção no momento
presente de forma proposital.
Não é uma técnica de
relaxamento, mas sim, uma forma
de treino mental para aliviar
reações automáticas.
EFICIÊNCIA DA ATENÇÃO PLENA
Os resultados de alguns estudos
revelaram melhora significativa na
alimentação desregulada,
incluindo episódios de compulsão
alimentar e alimentação desinibida
(ou seja, suscetibilidade a comer
compulsivamente), restrição
cognitiva da alimentação e
consciência de sinais de fome (pós-intervenção)
em todos os estudos.
Em pacientes diabéticos, uma
intervenção incorporou
treinamento em atenção plena,
alimentação consciente e
consciência corporal de sinais de
fome e saciedade. Informações
básicas sobre ingestão de energia,
carboidratos e gordura foram
fornecidas para auxiliar no controle
do diabetes, e os participantes
foram incentivados a auto
monitorar a ingestão de alimentos,
atividade física e níveis de glicose.
Redução modesta no peso e
melhora significativa na HbA1C
após a intervenção. O controle
cognitivo ou restrição para comer,
alimentação desinibida e eficácia
alimentar também melhoraram. Os
participantes relataram maior
capacidade de minimizar os
excessos em várias situações e
comeram menos além da
saciedade.
Em resumo, com maior consciência
e atenção, os indivíduos podem
responder reflexivamente em vez
de continuar com padrões
habituais de alimentação e
comportamento que podem ser
inconsistentes com seus objetivos
e necessidades de saúde.
A atenção plena oferece a
oportunidade de obter insights e
reduzir a dor e o sofrimento
comumente experimentados com
a alimentação desregulada.
Incorporar a atenção plena como
intervenção no DM pode ser uma
abordagem nova e oferecer às
pessoas com diabetes mais opções
para atender às suas necessidades
e objetivos de autogestão.