Extensão universitária envolve um diagnóstico preciso, construção teórica robusta e planejamento coerente, essenciais para seu desenvolvimento nas instituições de ensino superior (IES)
ASPECTOS CONCEITUAIS
E PEDAGÓGICOS DA
EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
AÇÕES DIRETAS DE EXTENSÃO
Programas e projetos de extensão:
regulamentados internamente,
configuram-se como uma atuação
planejada, articulaProgramas e
projetos de extensão:
regulamentados internamente,
dora da pesquisa
e do ensino com a participação de
comunidades externas. Torna-se
ainda relevante afirmar que a ação
extensionista desenvolvida nos
programas e projetos de extensão
visam a autonomia das
comunidades.
FINANCIAMENTO DA EXTENSÃO
Considerando que as instituições
comunitárias não são
contempladas pelo governo
federal em seus editais para a
extensão universitária com o
financiamento público, as diretrizes
que cabem no presente momento
são: a) Assegurar, por ocasião da
elaboração do orçamento anual,
uma dotação orçamentária
específica para a rubrica
«extensão», ouvida a instância
responsável pela extensão da IES,
que contemple recursos para
remuneração de professores
Buscar parcerias inter-institucionais
no âmbito das IES comunitárias
para viabilização de ações
extensionistas de interesse comum
A Gestão da Extensão necessita ser institucionalmente participativa
A gestão da Extensão, por
exemplo, é realizada por diferentes
unidades acadêmicas e
administrativas, com destaque
e pela avaliação acadêmica das
atividades de Extensão. Com
efeito, é fundamental que se
enfatize o papel dos colegiados
já existentes e que, na medida do
necessário, possam ser criadas
novas estruturas facilitadoras do
processo participativo, inclusive
naquilo que diz.
dministrativas, com destaque
e pela avaliação acadêmica das
ativ
A condição da Extensão como mediação entre a Instituição e o mundo
Nossa época é marcada pela emergência de temas e atores do mundo cultural, que exigem enfoques específicos. A Universidade e, em especial a Extensão, precisam estar atentas a questões relativas às faixas etárias O Estado – e suas particularidades da política e do sistema jurídico, algo que se torna importante à medida que a Extensão começa a integrar, com mais ênfase, os critérios para a regulação estatal da educação superior.
INDISSOCIABILIDADE E
INTERDISCIPLINARIDADE:
princípios pedagógicos
fundantes da formação acadêmica
Essa determinação constitucional é
fruto de pressões da sociedade
que demandavam uma
universidade mais comprometida
com as questões sociais do país e
com uma visão mais global de
mundo. Fazendo assim, podemos
compreender que a necessária
indissociabilidade entre o ela
implica o envolvimento orgânico e
sistematizado entre agentes que se
compreendem partícipes da
construção da identidade do
mesmo lugar – universidade – em
suas tarefas diante da humanidade
CONDICIONAMENTOS DA
GESTÃO DA EXTENSÃO
A condição comunitária como
determinante no processo da
gestão da Extensão
É comum que, na identidade
declarada das Instituições
Comunitárias, a Extensão seja
apresentada com destaque. Essa
declaração impõe à gestão da
Extensão uma responsabilidade
diferenciada em relação aos outros
setores. Disso resulta que a
primeira condição determinante na
gestão da Extensão é a identidade
comunitária.
CARÁTER COMUNITÁRIO DA
EXTENSÃO E RELEVÂNCIA
SOCIAL
A tradução mais pura da
singularidade das ICES reside na
sua identidade e em sua missão,
ambas alicerçadas no compromisso
com a justiça social, com a paz,
com a preservação do meio
ambiente, com a solidariedade e
respeito à dignidade da pessoa
humana. Em sua atuação fora do
espaço da academia, é preciso
entender que a prática da
Extensão Universitária não é
atendimento emergencial de
problemas sociais, como também
não significa transferir para as
camadas populares toda a
responsabilidade, retirando a
obrigação do Estado, tampouco,
objetiva a resignação ao estado de
pobreza, mas sim a melhoria da
qualidade de vida desses grupos e
a promoção de sua organização
política e social.
AÇÕES DE EXTENSÃO INTEGRADAS AO ENSINO DE GRADUAÇÃO
Estágios CurEstágios
Curricularesriculares e
extracurriculares, Clínicas Escola e
outras Práticas de Atuação
Profissional Curriculares:
compreendidas como ações
previstas nos Projetos Pedagógicos
dos cursos de graduação,
configurando-se como um
momento em que o estudante se
insere no mundo profissional para
desenvolvimento de sua formação
específica.
AÇÕES DE EXTENSÃO
Inicialmente, nos parece
importante reconhecer que apesar
dos estudos sobre
interdisciplinaridade e
indissociabilidade, continuamos
herdeiros de uma tradição que
compartimentaliza, ao buscar
formatar as ações separando-as e
classificando-as de modo
dissociado. O fato é que, se a
dimensão teórica da Extensão
tende à maior rigidez - no sentido
que precisa guardar princípios,
retomar referenciais, dialogar com
outros documentos institucionais –
a dimensão prática possibilita
maior flexibilidade, originando
uma considerável diversidade de
ações. No processo de ensino,
momento em síntese de
socialização do conhecimento, são
inúmeras as oportunidades de
integração entre extensão e
ensino.
Planejamento da Extensão Universitária
Para a construção de um
referencial teórico e prático acerca
do Planejamento da Extensão, a
pergunta pelo sentido das coisas é
uma premissa fundamental. «Saber
fazer» exige a companhia do
«saber ser». É nesse sentido que a
Extensão ocupa lugar privilegiado
na academia, porque procura
responder, com sua especificidade,
à pergunta sobre o sentido tanto
da produção quanto da
socialização do conhecimento que
se faz no âmbito da Universidade,
ajudando, assim, a efetivar a
relevância social e política do
Ensino e da Pesquisa.
A DIMENSÃO METODOLÓGICA DA GESTÃO DA EXTENSÃO
Conceito de Gestão
A Gestão da Extensão pode ser
caracterizada como todo
investimento institucional com o
objetivo de favorecer e melhorar os
processos de planejamento,
organização, implementação,
financiamento, monitoramento e
avaliação. Algumas diretrizes gerais
podem ser extraídas deste
conceito. Os parâmetros que
norteiam as atividades de gestão
da extensão devem ser retirados
do Projeto Pedagógico
InstitucExtensão.ional e da Política de
Extensão.
Tópico principal
A condição da Extensão no meio acadêmico
Sua práxis é capaz de desencadear processos pedagógicos criativos, que possibilitam a articulação teoria e prática e o estímulo à postura interdisciplinar, assim como a elaboração de novas metodologias no processo de construção do conhecimento, possibilitando suporte à apreensão crítica do real e a realimentação das políticas curriculares.
GESTÃO E FINANCIAMENTO DA
EXTENSÃO
Um bom diagnóstico, uma construção
teórica ampla e consistente e um
planejamento coerente são condições
necessárias para o pleno
desenvolvimento da Extensão em
nossas IES, porém não são suficientes.
O tema está presente em diversos
documentos do ForExt -
principalmente na Carta de
Florianópolis - como síntese de
contribuições nos vários eventos
nacionais e regionais, o que nos leva a
retomar aqui muito desse material
produzido.
CONCEPÇÃO DE EXTENSÃO
UNIVERSITÁRIA PARA AS ICES
A Extensão Universitária constitui-se
em um conjunto de ações de
caráter interdisciplinar e
multidisciplinar, articulando os
saberes produzidos na vida
acadêmica e na vida cotidiana das
populações, para compreensão da
realidade e busca de resposta aos
seus desafios. Assim, promove a
disseminação do conhecimento
acadêmico, por meio do diálogo
permanente com a sociedade.
AÇÕES DE EXTENSÃO INTEGRADAS À PESQUISA
Projetos de Pesquisa, Trabalhos de
Conclusão de Curso, Monografias,
Dissertações e Teses: a relação
entre pesquisa e extensão ocorre
quando a produção do
conhecimento é capaz de
contribuir com a problematização e
a busca por respostas a demandas
sociais, fortalecendo a relação
entre o mundo acadêmico e a
comunidade externa. Assim, as
ações de extensão universitária
indissociáveis do processo de
ensino e pesquisa em diálogo com
as demandas da sociedade,
qualificam a formação dos
estudantes e professores.