O sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) no Brasil começou em 1993, inicialmente aplicado aos pescados e posteriormente ampliado para todas as indústrias alimentícias.
É o processo mais dificil pois compreende além de alteração na rotina, vários treinamentos com funcionários de todos os setores envolvidos, para a capacitação técnica que o sistema exige
Significa passar do papel para a prática, um plano
que foi baseado em estudos e teorias.
Ponto de controle
É qualquer ponto, etapa ou procedimento no qual fatores biológicos, químicos ou físicos podem ser controlados, prioritariamente por programas e procedimentos de pré-requisitos, como as Boas Práticas
Ponto crítico de controle
Justifica-se a partir da constatação do risco significativo da ocorrência de um certo perigo que provoque impacto à saúde pública
Qualquer ponto que se aplica medidas preventivas para manter uma ameaça sob controle
7 príncipios
Estabelecimento dos procedimentos de registro
Todos os documentos ou registros gerados ou utilizados devem ser catalogados e guardados, tomando cuidado para não fazer o mesmo com documentos desnecessários
Estabelecimento dos procedimentos de verificação
Uma revisão em todos os procedimentos feitos anteriormente
Estabelecimento das ações corretivas
Tem-se algumas medidas, como ajuste na temperatura, até a destruição de lote de produto
Estabelecimento dos procedimentos de monitorização
Determinar o que monitorar, quando, como e quem será o responsável, que deverá ser treinado e capacitado para esta tarefa.
Estabelecimento dos limites críticos
Estão associados a medidas como tempo, temperatura, pH, acidez titulável, etc.
São valores (máximo e/ou mínimo) que caracterizam a aceitação para cada medida preventiva a ser monitorada pelo PCC
Identificação dospontos críticos de controle
Os pontos considerados como PCCs, devem ser identificados e enumerados no fluxograma.
Análise de perigos e medidas preventivas
Todas as matérias-primas, ingredientes e etapas são avaliadas
Representa a base para a identificação dos PCCs e PCs e visa identificar perigos significativos e estabelecer medidas preventivas cabíveis
APPCC no Brasil
Inicio em 1993 para pescados e posteriormente para todas as indústrias alimenticias
Análise de perigos
Perigos biológicos
São os mais sérios para saúde pública (bactérias principalmente)
Perigos físicos
Pêlos, fragmentos de osso ou de metal, etc.
Perigos químicos
São os mais temidos
Boas Práticas de Fabricação
Pessoal
Uniformes
Utilizar toucas, botas e (luvas- está sendo opcional)
De cor branca
Todos os funcionários, com uniformes padronizados limpos
Adornos
Diminuindo o risco fisico e biológico
Não deve-se utilizar anéis, relógios, pulseiras, etc
Aparência
Unhas bem cortadas, sem esmalte e uso de barba deve ser evitado
Manipulador deve se apresentar limpo, com boa saúde, sem ferimentos expostos, cabelos protegidos por toucas
Sanitização das mãos
Se utilizar luvas - fazer trocas periódicas
Higienizar a cada 30 min com álcool gel
Operações
Armazenamento do produto final
Adotar o sistema PVPS (Primeiro-que-Vence-Primeiro-que-Sai)
Em locais arejados, com temperatura adequada para o produto
Embalagens
Deve ser realizada o mais rápido possível para evitar exposição do produto
Processamento
Deve haver registro quanto ao lote, data e demais características necessárias
Deve ser controlado, anotando todos os parâmetros
Recepção de matéria-prima
Importante que se tenha uma análise, verificando se o produto atende as exigências
Registros e documentação
Procedimento operacional padronizado
Deve apresentar como serão feitos os procedimentos, podendo ter algumas especificações diferentes para cada empresa
Manual de boas práticas de fabricação
Se torna um documento oficial da empresa
A empresa deve formalizar seu próprio manual, com as características necessárias
Controle de pragas
Fazer correta vedação de portas, janelas, etc
Usar todas as medidas necessárias para evitar a presença de insetos, roedores e pássaros
Instalações
Instalações elétricas
Instalações bem feitas, sem improvisações
Depende dos equipamentos utilizados
Iluminação
Em área de produção maior intensidade luminosa e proteção contra estouro
Em areas comuns e estoque não necessita grande intensidade
Teto
Deve-se limpar com certa frequência para evitar fungos
Lajes pré-moldadas
Janelas
Estruturadas e teladas em estrutura de alumínio
Esgotamento industrial
Residuos devem ser retirados diariamente
Ralos sinfonados com tampas removíveis
Piso
Piso externo deve possuir bom caimento, para não acumular lama