EXAME FÍSICO GENITAL
Exame físico masculino
ANAMINESE
Identificação
Devemos obtê-la através dos dados da idade, cor, estado
civil, profissão, endereço, local de origem, nível sócio-econômico.
Queixa principal e histórico de doença atual
Serão investigadas em profundidade, procurando saber seu início, duração e principais características a ela relacionadas.
História pessoal ou antecedentes
Investigar quais as doenças apresentadas pelo paciente durante sua existência – passado e presente.
História familiar
Antecedentes como, pedra nos rins policísticos, cistinuria, hipertensão arterial, diabete melito, litíase renal, infecções do trata urinário, câncer de próstata e anomalias congênitas.
Revisão de sistemas
Problemas intestinais, urinários, endócrinos e em
outros sistemas.
EXAME FÍSICO GERAL
Exame do pênis
Tamanho do pênis
Pelos púbicos
Forma do pênis
Exame do escroto e da virilha
O exame da virilha deve ser realizado com o paciente em posição de supina
A inspeção da região inguinal é realizado por hérnias e também é necessário pedir ao paciente que realize algum esforço, como por exemplo, tossir para observar alguma alteração.
Observar a existência de:
Edema
Zonas de despigmentação
Lesões
Cistos
Palpação
Testículos
Epidídimo
Cordão espermático
Área inguinal
Região femoral
EXAME FÍSICO DO RETO E DO ÂNUS
Para realizar a inspeção e a palpação posicionamos o paciente em decúbito lateral, com os quadris e joelhos fletidos e com as nádegas à beira da maca.
Nas mulheres devemos examinar o reto e ânus, juntamente com o exame da genitália, quando a mulher se encontra na posição ginecológica
Durante a inspeção do ânus devemos atentar para a presença de hemorroidas, fissuras, fístulas, abscessos, prolapso retal ou mesmo edema. Na palpação, o examinador deverá tocar toda a parede do reto, girando seu dedo indicador com a finalidade de localizar possíveis áreas endurecidas ou com a presença de nódulos.
Em indivíduos do sexo masculino, a próstata pode ser palpada na parede anterior do reto. Normalmente ela apresenta uma consistência de borracha e é indolor. O examinador deverá atentar para o tamanho, formato e consistência. Durante o toque na região na próstata o enfermeiro deverá informar o cliente que ele poderá sentir vontade de urinar, o que efetivamente não ocorrerá. No sexo feminino, normalmente se palpa o colo uterino por meio da parede anterior do reto.
Exame físico feminino
ANAMNESE
Identificação
Devemos obtê-la através dos dados da idade, cor, estado
civil, profissão, endereço, local de origem, nível sócio-econômico.
Queixa principal e história da doença atual
Serão investigadas em profundidade, procurando saber seu início, duração e principais características a ela relacionadas.
Antecedentes gineco-obstétricos
Desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, menarca, ciclo menstrual (detalhar alterações), data da última menstruação, presença ou não de dismenorréia e tensão pré-menstrual, número de gestações e paridades com suas complicações, atividade sexual e métodos de anticoncepção, cirurgias, traumatismo, doenças, DST e Aids.
História pessoal ou antecedentes
Investigar quais as doenças apresentadas pela paciente durante sua existência – passado e presente.
História familiar
Antecedentes de neoplasia ginecológica (mama, útero, ovário) ou TGI; antecedentes de osteoporose; em algumas situações idade da menarca e menopausa materna e de irmãs.
Revisão de sistemas
Problemas intestinais, urinários, endócrinos e em
outros sistemas.
EXAME FÍSICO GERAL
EXAME DO ABDÔMEN
A importância de se examinar o abdômen se explica pela repercussão que muitas patologias dos órgãos genitais internos exercem sobre o peritônio seroso e alguns dos órgãos viscerais. O abdômen deve ser examinado obrigatoriamente, pela inspeção e palpação, e, eventualmente, pela percussão e ausculta
EXAME DAS MAMAS
INSPEÇÃO
As mamas devem ser inspecionadas com a paciente sentada, com os braços pendentes ao lado do corpo (inspeção estática) e com a paciente realizando os seguintes movimentos (inspeção dinâmica): elevação dos membros superiores acima da cabeça, pressão sobre os quadris, inclinação do tronco para frente
O examinador deve observar a cor do tecido mamário; quaisquer erupções cutâneas incomuns ou descamação; assimetria; evidência de peau d’orange (“pele em casca de laranja“); proeminência venosa; massas visíveis; retrações; ou pequenas depressões.
A inspeção deve também incluir a procura de alterações na aréola (tamanho, forma e simetria); alterações na orientação dos mamilos (desvio da direção em que os mamilos apontam), achatamento ou inversão; ou evidência de secreção mamilar, como crostas em torno do mamilo
O examinador deve relatar a presença de cicatrizes cirúrgicas prévias, nevos cutâneos, marcas congênitas e tatuagens.
PALPAÇÃO
A palpação das mamas abrange o exame dos linfonodos das cadeias axilares, supra e infraclaviculares, que deve ser realizado com a paciente na posição sentada.
Ao examinar a axila, é importante que os músculos peitorais fiquem relaxados para que seja feito um exame completo da axila. Músculos contraídos podem obscurecer discretamente linfonodos aumentados de volume.
Para examinar os linfonodos axilares direitos o examinador deve suspender o braço direito da paciente, utilizando o seu braço direito; deve então fazer uma concha com os dedos da mão esquerda, penetrando o mais alto possível em direção ao ápice da axila. A seguir, trazer os dedos para baixo pressionando contra a parede torácica. O mesmo procedimento deve ser realizado na axila contralateral. O examinador deve observar o número de linfonodos palpados, bem como seu tamanho, consistência e mobilidade
As fossas supraclaviculares são examinadas pela frente da paciente ou por abordagem posterior.
A melhor posição para examinar as mamas é com a paciente em decúbito dorsal, em mesa firme. Pede-se para a paciente elevar o membro superior ipsilateral acima da cabeça para tencionar os músculos peitorais e fornecer uma superfície mais plana para o exame. O examinador deve colocar-se no lado a ser palpado. Iniciase o exame com uma palpação mais superficial, utilizando as polpas digitais em movimentos circulares no sentido horário, abrangendo todos os quadrantes mamários. Repete-se a mesma manobra, porém com maior pressão (não esquecer de palpar o prolongamento axilar mamário e a região areolar). Após examinar toda a mama, o mamilo deve ser espremido delicadamente para determinar se existe alguma secreção.
Devem ser relatadas as seguintes alterações: presença de nódulos, adensamentos, secreções mamilares ou areolares, entre outras.
EXAME GINECOLÓGICO
O exame satisfatório dos órgãos genitais depende da colaboração da paciente e do cuidado do médico em demonstrar segurança em sua abordagem no exame. Todos os passos do exame deverão ser comunicados previamente, em linguagem acessível ao paciente.
POSICIONAMENTO DA PACIENTE
A posição ginecológica ou de litotomia é a preferida para a realização do exame ginecológico. Coloca-se a paciente em decúbito dorsal, com as nádegas na borda da mesa, as pernas fletidas sobre as coxas e, estas, sobre o abdômen, amplamente abduzidas.
O exame dos órgãos genitais deve ser feito numa seqüência lógica:
a) órgãos genitais externos- vulva
b) órgãos genitais internos- vagina, útero, trompas e ovários
EXAME DOS ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS
Inspeção
Condições do períneo
Grandes e pequenos lábios: simetria, coloração, integridade
do tecido, presença de secreção
Clitóris: tamanho e forma
Meato uretal: presença de secreção
Colpocele anterior
Colpocele posterior
Colpocele anterior e posterior
EXAME DOS ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS
Toque vaginal: elasticidade e a rugosidade da vagina
Posição e consistência do colo uterino
Posição e volume do corpo uterino
SISTEMA URINÁRIO
Composto por: 2 Rins – 2 Ureteres – 1 bexiga urinária – 1 uretra
INSPEÇÃO
Rins: Simetria, presença de protrusões, abaulamentos, incisão cirúrgica, cicatrizes
Urina:
Cor Hematúria: presença de sangue na urina.
Hemoglobinúria: presença hemoglobina livre na urina.
Mioglobinúria: ocorre pela destruição muscular maciça por traumatismo e queimaduras. Porfirinúria: consequência da eliminação de porfirinas ou seus percussores.
Urina turva:
Mal cheiro associado a infecção urinaria, seja cistite pielonefrite, abscesso rena, pariental, uretral ou prostático.
Mal cheiro
*Liberação de amônia
*Aumento na concentração de soluto
* Processo infeccioso
*Medicamentos
PERCUSSÃO
Rins: Analisar se há sinal de Giordano, se necessário. Punho-percussão (Se a manobra evidenciar sinal de dor aguda, em pontada, no paciente, o sinal de Giordano é positivo, o que indica grande probabilidade doença renal (litíase e pielonegrite aguda).
Bexiga: A percussão permite identificar variações de volume da bexiga - Palpação bimanual (retal e abdominal) pode ser necessária. (SOM TIMPÂNICO, SOM MACIÇO)
PALPAÇÃO:
Rins: não são palpáveis na maioria dos adultos, atrás do gradeado costal e da musculatura lombar -Punho percussão lombar (manobra de Giordano) -Excluir acometimento de raízes nervosas e osteomuscula
Bexiga: Necessita mais de 300 ml de urina para ser palpada - Pode ser visível (bexigoma) e palpável
AUSCULTA
Identificar sopros abdominais
Referências:
BARROS, A. L. B. L. de. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. Porto Alegre: Artmed, 2016.
Acadêmicos:
Maria Fernanda dos Santos Pontes
Caroline Ferreira Soares