Paralisia Facial

Periférica (PFP)

Causas

Traumática, infecciosa, metabólica, tumoral, tóxica, congênita, otite média aguda ou crônica, entre outras.

Decorre da lesão neuronal
do 7° nervo craniano

É referida como a interrupção da infor-
mação motora para a musculatura facial.

A PFP do tipo idiopática é a mais frequente

A PFP pode resultar em

Distúrbios físicos, psicológicos, sociais, estéticos e funcionais, por prejudicar a realização das expressões faciais (comunicação não verbal) e provocar alterações nas funções orofaciais.

Exames objetivos para avaliação da PFP

Incluem o uso da
eletroneuromiografia

Permite avaliar o grau de degeneração do nervo para definição de prognóstico.

Esse exame é altamente invasivo, doloroso, de aplicação limitada na prática clínica.

Sequelas

Ocorrem devido à recuperação de maneira
supranumerária das fibras nervosas, com falhas na transmissão entre axônios ou hiperexcitabilidade nuclear.

Mais frequentes

São as sincinesias.

Caracterizadas por um movimento involuntário em associação a um movimento voluntário de grupos musculares distintos e independentes.

Contratura muscular

Caracterizada por uma rigidez na hemiface
comprometida.

Ausência de linhas de expressão, estreitamento do olho, rima nasolabial pronunciada, filtro desviado para o lado acometido, elevação da comissura labial e asa do nariz.

Escalas de avaliação

Facial Nerve Grading System

Não permite a avaliação completa da musculatura facial ou a presença de contraturas ou sincinesias.

Sunnybrook Grading System

Inclui a avaliação da musculatura facial em repouso, em movimentação voluntária e a observação de sincinesias.

Procedimentos

Avaliação da mímica facial

O protocolo avalia

O impacto da PFP na capacidade dos indivíduos em realizar movimentos faciais simétricos, atribuindo escores para cada uma das hemifaces.

Avaliação instrumental: eletromiografia de superfície

A avaliação eletromiográfica dos grupos musculares envolvidos no sorriso (risório e zigomático).

Análise dos dados eletromiográficos

Análise do domínio temporal.

Nessa análise, a informação obtida
descreve em que momento o evento ocorreu e qual a amplitude (indicador da magnitude da atividade muscular) de sua ocorrência.

Confiabilidade

A fim de determinar o índice de concordância entre os examinadores e assim garantir maior fidedignidade das medidas.

Análise de dados

Conclusão: Os resultados indicaram que os grupos com paralisia facial, independentemente do tempo de início da doença, se diferenciaram significativamente do grupo de indivíduos saudáveis quanto à atividade muscular captada durante o repouso e no sorriso voluntário.