Desenvolvimento Psicológico da Criança

Winnicott - tipos de cuidado materno:
- Mãe Dedicada Comum: cuida do crescimento do seu bebé de forma instintiva, sabendo o que o seu filho(a) precisa em determinado momento.

- Mãe Suficientemente Boa: caracterizada pela maternidade sadia, onde a mãe consegue observar quando a sua presença não é mais necessária e permite que a criança se torne protagonista das suas decisões e atitudes.

Bowlby - Teoria do Apego:
Os bebês desenvolvem um vínculo emocional com os seus cuidadores, o qual evoluiu para garantir a sua segurança e sobrevivência, influenciando o desenvolvimento subsequente.

Freud - relação com a fome:
Espera-se que a primeira pessoa a quem os bebês se apeguem seja a mãe, que é a pessoa mais propensa a nutri-los

Erikson - desenvolvimento da confiança:
O desenvolvimento da confiança ocorre no primeiro ano de vida, quando os bebês aprendem a confiar nos seus cuidadores se estes atenderem às suas necessidades de forma consistente e confiável.

Winnicott - cuidado físico e emocional:
Holding: é a forma como o bebê é segurado no colo pela mãe, representando tanto uma experiência física quanto um símbolo de amor e aceitação.

Handling: refere-se aos cuidados e manipulações do bebê pela mãe, como trocar fraldas e roupas, que contribuem para a percepção do próprio corpo e para a segurança da criança.

Efeitos negativos no "self" - Insegurança e dependência.

A superproteção dos pais pode levar à insegurança e falta de autonomia na criança, prejudicando o desenvolvimento do "self".

Limitação da exploração - Impacto no desenvolvimento

A superproteção impede que a criança explore o ambiente e desenvolva suas capacidades, enquanto a mãe suficientemente boa permite essa exploração gradual e saudável.

Comparação com "Mãe Suficientemente Boa" - Cuidado saudável vs. excessivo

A "Mãe Suficientemente Boa" de Winnicott é contrastada com a mãe superprotetora: a primeira permite a autonomia e o desenvolvimento saudável, enquanto a segunda pode prejudicar o crescimento psicológico da criança.

Natureza e nurture - interação entre biologia e ambiente

O desenvolvimento é influenciado tanto por fatores hereditários (natureza) quanto pelo ambiente (nurture), que interagem continuamente ao longo do desenvolvimento.

Teorias do desenvolvimento:

- Biológico-Maturação - Fatores genéticos
- Ambiental-Aprendizagem - Influência do ambiente.
- Constructivista (Piaget) - Ação ativa da criança.
- Cultural-Context - Papel da cultura.

Contextos (Bronfenbrenner)
O desenvolvimento é moldado por múltiplos sistemas ambientais interconectados, incluindo:

- Microsistema - Ambiente imediato
- Mesosistema - Interconexões entre microsistemas
- Exosistema - Ambientes indiretos
- Macrosistema - Valores culturais
- Cronosistema - Influência do tempo

Desenvolvimento cognitivo (Piaget) - estágios do pensamento:

- Sensório-Motor (0-2 anos) - Habilidades sensório-motoras.
- Pré-Operacional (2-6 anos) - Pensamento simbólico.
- Operacional Concreto (6-12 anos) - Lógica concreta.
- Formal (12-19 anos) - Pensamento abstrato.

Desenvolvimento moral (Piaget) - estágios do juízo:

- Moralidade heterónoma - Regras externas.
- Moralidade autónoma - Regras internas

Autonomia vs. dependência - Equilíbrio no cuidado

A superproteção tende a gerar dependência na criança, enquanto um desenvolvimento saudável promove a autonomia.

Relação com o conhecimento (Piaget) - Papel ativo no aprendizado

Piaget argumenta que o conhecimento se desenvolve através da acção e interacção com o meio, não apenas pela recepção passiva de informações

Influência da cultura - Variações culturais na autonomia

A cultura molda o desenvolvimento humano, influenciando como os indivíduos aprendem e interagem com o mundo

Importância para a independência - Base para o crescimento

A experiência e a acção são fundamentais para o desenvolvimento da independência e autonomia na criança, permitindo-lhe reconstruir o conhecimento por si própria