por Antonio Mendes Ribeiro 12 anos atrás
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Com um LMS uma instituição e seus professores tem mais condições para inovar no seu processo de ensino e aprendizado e desenvolver de forma significativa experiências, na medida que esse tipo de sistema oferece novos meios de comunicação e interação entre os participantes dos cursos criados.
Isso exige novas formas de estratégias de ação que exigem que os professores se apropriarem dos propiciamentos dos recursos existentes, e tomem decisões de acordo com pedagogias voltadas para essa nova realidade. Devem ser vistos como um meio que auxilie naquilo que as instituições e seus professores acreditem o que seja o processo de ensinar e aprender.
A utilização dos LMS numa escola ou universidade exige da instituição a criação de meios de apoio para que seus professores e alunos se apropriem dos mesmos, de forma a viabilizar de forma efetiva a utilização das tecnologias da informação e comunicação.
A realização somente de cursos voltados para facilitar o uso desse recurso não é suficiente. Devem ser criados mecanismos de incentivo e reconhecimento voltados para as diversas áreas existentes e os seus professores, interessados em investir nas mudanças de seus ambientes de ensino.
Esse é um processo longo, na qual somente com experimentos reais, com a avaliação crítica dos sucessos e insucessos alcançados, permitirá que avanços e transformações necessários sejam alcançados.
Atualmente existe um vazio entre o potencial das tecnologias para a aprendizagem e o seu uso na prática. A sua utilização não é compatível com o perfil atual da maioria dos professores. Estes não tem a experiência necessária para se apropriarem desses recursos visando tornar o aprendizado mais efetivo.
Eles normalmente se baseiam em conhecimentos e experiências do passado e não usam qualquer método de design formal ou mais social. Na nova realidade do mundo de hoje o professor necessita assumir novos papéis, como de facilitadores (aproximação com os alunos) e de designers (criação dos espaços e materiais de aprendizado).
Esta é uma situação desafiadora em função da necessidade de criação de novos ambientes de aprendizado em contextos mais complexos, com grande número de alternativas de recursos pedagógicos, necessários à realidade da nossa sociedade atual.
Considerando o número crescente de recursos necessários ao aprendizado, principalmente no que se refere ao aprendizado formal, que é muito valorizado nas universidades, o LMS é visto por muitos como uma boa entrada dos professores no novo mundo da tecnologia.
O número de recursos e atividades disponíveis, a possibilidade de sua estruturação em espaços de aprendizado adequados aos seus alunos, a possibilidade de agregação de materiais já existentes, facilitam em muito a tarefa de um professor ao se iniciar no ambiente.
Esse para muitos ainda é um grande desafio, que pode ser facilitado pela apropriação por parte dos professores dos recursos existentes, de forma evolutiva, baseada em experiências realizadas de acordo com a sua realidade.
Existe na comunidade de educadores de todo o mundo uma discussão muito grande sobre o potencial e as limitações dos LMS no que se refere ao seu apoio ao processo de aprendizado. Apesar disso é crescente o número de escolas e universidades que fazem uso desse recurso. Saliente-se neste aspecto o Moodle, que sendo gratuito e tendo uma base já devidamente testada e explorada, vem sendo cada vez mais utilizado e sofre um processo crescente de atualização. Isso se deve em grande parte a gande comunidade de desenvolvedores e usuários que se espalha pelo mundo inteiro.
As funcionalidades dos LMS podem ser agregadas normalmente de diversas formas. Os fornecedores dispõem as funcionalidades do LMS normalmente como parte integrante do sistema, compondo uma gama cada vez maior de recursos e atividades de aprendizado (suite de aplicações). Novas funcionalidades podem ser agregadas através dos chamados plugins, que permitem agregar no próprio ambiente novos módulos de programa relativos a uma certa ferramenta de trabalho (editor de fórmulas matemáticas) ou os que permitem o acesso a um ambiente externo (site de vídeo conferência).
Os LMS tem sofrido um processo significativo de evolução, apresentando cada vez mais novos propiciamentos, o que varia certamente para cada um dos produtos disponíveis no mercado. Muitas dessas funcionalidades são desconhecidas de seus usuários, o que exige um processo constante de atualização por parte de seus usuários.
O LMS é uma aplicação organizacional (apesar da existência de produtos para uso pessoal), essencial no caso de grandes escolas, universidades e mesmo empresas interessadas não somente em publicar conteúdos, acompanhar seus cursos e avaliações, conceder e registrar diplomas ou certificações. Em áreas como a Educação onde os valores dependem na sua essência de fatores intangíveis, o alcance dos objetivos pode ser facilitado por coleções de dados e acesso a informações correspondentes. Os LMS são uma fonte significativa desses dados, principalmente quando interligado a outros sistemas das instituições (como, por exemplo, registro acadêmico numa universidade ou gestão de recursos humanos numa empresa).
Existe na comunidade de educadores de todo o mundo uma discussão muito grande sobre o potencial e as limitações dos LMS no que se refere ao seu apoio ao processo de aprendizado. Certamente os LMS não são soluções totais, não cobrem todas as necessidades de aprendizado de uma pessoa ou uma instituição. Por mais novas funcionalidades que disponham ou aditivos (plugins) que sejam agregados, não consegue acompanhar as demandas existentes, principalmente em função da explosão dos ambientes e ferramentas disponibilizadas na Internet, muitos de forma gratuita (web 2.0). Normalmente um LMS não é a ferramenta adequada, por exemplo, para o desenvolvimento de conteúdos. A sua utilização gera a necessidade de da utilização de outras ferramentas (editores de vídeo, podcast, páginas HTML mais complexas)
Num modelo de aprendizado tradicional, centralizado, onde o controle está inteiramente na mão dos professores, um LMS convencional encontra o seu papel. Na medida que os alunos evoluirem de simples consumidores de conteúdos, para um estágio de pensamento crítico, com colaboração e compartilhamento de conhecimentos, a dúvida é se os LMS existentes também conseguiram acompanhar o processo. Já se vê indícios de alguns produtos do mercado tentando evoluir nesse sentido (como é o caso do Moodle na sua versão 2.0)
A maioria das limitações colocadas para os LMS estão intimamente relacionadas com mudanças de cultura ou alcance de maiores níveis de maturidade no processo de ensino e aprendizado, em especial a necessidade de valorização do seu lado social. Hoje não somente os LMS não estão suficientemente maduros para dar apoio a esse fator, como os professores e alunos de maneira geral, não estão prontos para explorar essa nova via nos seus processos de ensino e aprendizado. É um novo território, onde as primeiras teorias, metodologias, ambientes e ferramentas de software estão sendo experimentadas. O que existe é insipiente e limitado, nessa área o problema está menos na tecnologia e mais nos aspectos culturais e pedagógicos.
As críticas existentes no mundo acadêmico a esse recurso consideram que foram desenvolvidos numa visão de gerência e controle e não de como fomentar e encorajar o aprendizado. Tecnologias nessa área devem ser desenvolvidas e selecionadas mais em função do que uma instituição define como o que seja significativo para o aprendizado e não simplesmente por uma visão das tecnologias envolvidas e do controle que estas permitem.
Os LMS são usados de forma crescente em instituições educacionais de todos os tipos, principalmente as de nível superior. Empresas também fazem uso desse recurso, principalmente aquelas interessadas no desenvolvimento de competências essenciais para os seus negócios. Em qualquer caso essas organizações necessitam promover meios para a divulgação e incentivo do seu uso e principalmente a sua inserção na realidade do dia a dia.
Podemos assim caracterizar as diversas fases de evolução que um professor vivencia, ao criar seu espaço de ensino e aprendizado num LMS, caminhando para um ambiente cada vez mais focado nos alunos:
o Divulgação do curso (detalhamentos, planos de aulas, referências)
o Criação de um repositório de materiais (arquivos de texto, de vídeos)
o Exposição de conteúdos ( slides com a voz do professor)
o Comunicação com os alunos (fórum de notícias, mensagens do professor)
o Instruções estruturadas para a realização de atividades de aprendizado (páginas HTML)
o Discussões sobre temas específicos (fóruns)
o Tarefas de descoberta guiada (entrega de arquivos com avaliação somativa)
o Exploração pelos alunos com auto-direcionamento (wikis)
A sua utilização normalmente se dá através de um processo de evolução, no qual os usuários do ambiente, na medida que adquirem maior experiência, aprimoram sua atuação, assumem papéis diferentes e inovadores, conseguindo com isto se apropriar do sistema de forma a modificar e aprimorar o seu processo de ensino e aprendizado.
Do ponto de vista de um professor, essa evolução é marcada por uma mudança de foco, no início normalmente voltada para a simples disponibilização de conteúdos e depois para o conhecimento, a criação compartilhada do mesmo pelos envolvidos no processo.
Os LMS permitem que professores criem seus cursos, estruturando num ambiente centralizado tópicos sequenciais, que podem conter:
o conteúdos (simples textos ou páginas HTML, arquivos de qualquer tipo, imagens ou gráficos, tabelas, planilhas, vídeos, sons, apresentações multimídia),
o atividades de aprendizado a serem realizadas por seus alunos, desde um simples roteiro até um tutorial mais detalhado,
o recursos de aprendizado de diversos tipos (questões, enquetes, tarefas, diários, blogs)
Dispõem também de recursos para administração do próprio ambiente, como por exemplo: cadastramento de usuários, comunicação entre os participantes, definição de papéis (administrador, criador de curso, professor, aluno), criação de novos cursos, alocação dos participantes nos mesmos, criação de backups de cursos, gerenciamento de arquivos de materiais utilizados.
Permitem também o acompanhamento e avaliação das atividades realizadas no próprio ambiente pelos alunos e demais participantes. Para isso dispõem de recursos úteis para o trabalho de professores, como mecanismos de avaliação formal (notas, realimentações), resumos das participações dos alunos (relatórios, logs), definição e mudança de papéis, diferentes estratégias de avaliação com tratamento estatísticos diversos.
Apesar de não serem muito explorados por seus usuários, os LMS mais atualizados dispõem de recursos que favorecem a vertente social do aprendizado, como fóruns, os próprios wikis, a criação de comunidades virtuais.
Apesar de não ser o seu forte os LMS permitem o desenvolvimento de conteúdos simples, através de editores de páginas HTML. Normalmente dispõem também de wikis, o que permite que o desenvolvimento dos materiais seja compartilhado ou delegado entre diversos professores e alunos.Podem ser incorporados materiais já prontos, inclusive objetos de aprendizado padronizados, que utilizem, por exemplo, o SCORM.
Os Ambientes de Gerência de Aprendizado (em inglês LMS - Learning Management Systems) ou Ambientes Virtuais de Aprendizado -AVE são aplicações que apoiam os educadores (professores, pedagogos, administradores escolares) em diversos aspectos da criação, oferta e avaliação de seus processos de ensino e aprendizado. O exemplo mais típico desse tipo de aplicativo é o Moodle, que é um software livre, desenvolvido e utilizado por uma comunidade que se espalha por todo o mundo. Esse tipo de infraestrutura de software permite principalmente:
o a publicação de conteúdos instrucionais,
o a definição e avaliação de objetivos e atividades de aprendizado ou treinamento estruturados num certo curso
o o acompanhamento do progresso no alcance dos mesmos
o a coleção e apresentação de dados que auxiliam na supervisão do processo de aprendizado de um curso ou do conjunto de cursos numa organização como um todo
Normalmente um LMS dispõe também de funções que são próprias dos CMS e LCMS (aplicações correlatas), porém sem se especializar nas mesmas, suportando somente algumas atividades básicas (por exemplo, o Moodle não tem recursos para a geração de objetos de aprendizado, somente para a sua utilização, desde que tenham sido feitos no padrão SCORM)
Existe uma certa confusão nos termos utilizados para esse tipo de aplicação, em função dos diversos tipos de opções correlatas existentes no mercado, sejam gratuitas ou não. Elas apresentam alguma funcionalidades em comum, o que justifica a confusão existente. Nessa área podemos caracterizar, entre outras, os seguintes tipos de aplicação além dos LMS:
CMS (Course Management System): Sistema de Gerência de Cursos, mais focados na administração de cursos e não no apoio ao processo de aprendizado como um todo ( ex.: Blackboard, software pago)
LCMS (Learning Content Management System): Sistema de Gerência de Conteúdos de Aprendizado, mais focados na geração e administração de conteúdos , inclusive objetos de aprendizado ( ex.: Atutor, software livre, gratuito)