Principais Complicações Pós-Operatórias Sistêmicas

Sinais de Alerta

É importante estar atento aos seguintes sinais de alerta que podem indicar uma complicação pós-operatória sistêmica grave:

a

Febre alta (acima de 38°C)

Calafrios

Sudorese

Taquicardia (frequência cardíaca acima de 100 bpm)

Taquipneia (frequência respiratória acima de 20 rpm)

Dor persistente ou intensa

Sangramento pela ferida cirúrgica ou hematomas

Inchaço, vermelhidão ou calor nas pernas

Dificuldade para respirar

Diminuição da diurese

Náuseas e vômitos persistentes

Fadiga

Confusão mental

Outras complicações -

Complicações anestésicas

Sinais e sintomas: hipertensão e hipotensão arterial, arritmias, dificuldade ventilatória, hipertermia, náuseas e vômitos, dor de cabeça, sonolência, vertigem, embolia e edema pulmonar.

Tratamento: Deve-se realizar o tratamento sintomatológico da patologia ocorrida e utilizar estratégias que reduzem o risco de complicações anestésicas, como gerenciamento cuidadoso dos tempos de anestesia, uso consciente de monitoramento neuromuscular e agentes reversão e aplicação estratégica de bloqueios do nervo troncular.

TGI -

íleo paralítico ou íleo adinâmico pode ser resultante do trauma de uma cirurgia abdominal ou causado por anestésicos gerais opiáceos ou anestesia peridural com bupivacaína. Seus efeitos podem ser prolongados com a analgesia pós-operatória com opioides

sinais e sintomas: é esperado que a atividade intestinal seja restabelecida entre 24 a 72 horas, no entanto caso paciente apresente distensão abdominal, náuseas, vômitos e constipação, o médico deve atentar-se para realizar o diagnóstico o quanto antes.

tratamento : preparação correta do pré-operatório e boa hidratação. Administração pré-operatória de antagonistas opióides e substituição dos analgésicos opioides pós-cirurgicos. Uso de metoclopramida e cisaprida. Alimentação entérica precoce quando possível

Respiratório

TEP/TVP

Sinais e sintomas: dispneia aguda/súbita, dor torácica pleurítica (quando há infarto pulmonar), taquicardia, taquipneia, tosse, febre e hemoptise.

Tratamento: terapia de suporte e anticoagulação.

Cardíacas -

Pode ocorrer arritmias, infarto agudo do miocárdio e insuficiência cardíaca congestiva

Infarto agudo do miocárdio (IAM)

Sinais e sintomas: dor subesternal visceral que pode irradiar para dorso, mandíbula, braço esquerdo ou direito ou ombros; dispneia; náuseas e/ou vômitos; transpiração; pele pálida e fria.

Tratamento: oxigênio, antiplaquetários (aspirina e/ou clopidogrel), anticoagulantes (heparina não fracionada ou de baixo peso molecular) e em casos de necessidade de reperfusão se faz intervenção coronária percutânea.

Urinárias

ITU; incontinência; retenção; IRA

Sinais e Sintomas: Diminuição da produção de urina; retenção de líquidos; causando edema; Sonolência; falta de fome; falta de ar; fadiga; confusão; náusea e vômitos; convulsões ou coma, em casos graves; dor ou pressão no peito. Quando houver uma Creatinina aumentada em 1,5-1,9x basal e/ou Creatinina ↑ ≥ 0,3 mg/dl; além de uma diurese < 0,5 ml/kg/h últimas 6-12h.

Tratamento: Não há droga para IRA. O foco é manter a perfusão, o que é atingido por um estado volêmico normal e uma PA adequada, evitar hipovolemia e evitar hipotensão. Em certos pacientes, deve-se dar atenção especial ao débito cardíaco e o uso precoce de inotrópicos é encorajado no padrão frio/úmido. Evitar ao máximo drogas nefrotóxicas, em especial AINE para dor e contraste iodado na TC. Além de mudança de dieta e diálise.

SNC -

Delirium

Sinais e sintomas: flutuação do nível de consciência, déficit de atenção, pensamento desorganizado, distúrbios de percepção (alucinações e delírios), alterações no ciclo sono-vigília e alterações psicomotoras.

Tratamento: correção da causa e remoção de fatores agravantes, cuidado de suporte e tratamento da agitação.