SAÚDE, DOENÇA E CUIDADO:
COMPLEXIDADE TEÓRICA E NECESSIDADE HISTÓRICA.
INTERPRETAÇÕES MÁGICO-RELIGIOSAS.
DOENÇAS E AGRAVOS NÃO ENTENDIDOS
ERAM EXPLICADOS PELA AÇÃO DE DEUSES OU DEMÔNIOS DE ESPÍRITOS MALÍGNOS DO INIMIGO.
DESDE A VISÃO MÁGICA DOS CAÇADORES COLETORES ATÉ A PERSPECTIVA INDIVIDUALIZANTE DO CAPISTALISMO, A DIVERSIDADE DE PRÁTICAS QUE PROCURAM PROMOVER, MANTER OU RECUPERAR A SAÚDE.
TEM ESTREITA RELAÇÃO COM AS FORMAÇÕES SOCIAIS E ECONÔMICAS.
A PREOCUPAÇÃO DA CONSERVAÇÃO DA SAÚDE ACOMPANHA
O HOMEM DESDE OS PRIMÓRDIOS.
A DOENÇA SEMPRE ESTEVE PRESENTE NO DESENVOLVIMENTO DA HUMANIDADE.
DESENVOLVIMENTO INICIAL DAS
PRÁTICAS MÉDICAS.
CURANDEIROS UTILIZAVAM DANÇAS, MASSAGENS, DEFUMAÇÃO... COMO MEIO DE CURA.
AS PRIMEIRAS EXPLICAÇÕES RACIONAIS:
A MEDICINA HIPOCRÁTICA
MAIOR ENTENDIMENTO PRINCIPALMENTE ATRAVÉS DE HIPÓCRATES E SUA OBRA.
DOENÇAS ENDÊMICAS; AQUELAS QUE SÃO FREQUENTES.
EPIDEMIA; SURGIMENTO REPENTINO.
AÇÕES DE HIGIENE E DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE ERAM FUNDAMENTAIS.
RELAÇÃO AMBIENTE; CARACTERÍSTICA HIPOCRÁTICA DO FENÔMENO SAÚDE-DOENÇA.
SURGIMENTO DAS EXPLICAÇÕES RACIONAIS PARA OS FENÔMENOS DE SAÚDE-DOENÇA.
TEORIA SAÚDE COMO HOMEOSTASE, RESULTANTE DO EQUILÍBRIO HOMEM E SEU MEIO.
DOENÇA COMO O DESEQUILÍBRIO DOS 4 HUMORES FUNDAMENTAIS DO ORGANISMO; SANGUE, LINFA, BILE AMARELA E BILE NEGRA.
SAÚDE E DOENÇA NA IDADE MÉDIA: ENTRE O CASTIGO E A REDENÇÃO.
EXPANSÃO E FORTALECIEMNTO DA IGREJA.
CRISTIANISMO AFIRMAVA A EXISTÊNCIA DE UMA CONEXÃO FUNDAMENTAL ENTRE DOENÇA E PECADO.
DOENÇA ENTENDIDA COMO CASTIGO DE DEUS, EXPIAÇÃO DOS PECADOS OU POSSEÇÃO DO DEMÔNIO.
CIÊNCIA, E ESPECIALMENTE MEDICINA, ERAM CONSIDERADAS BLASFÊMIAS DIANTE DO EVANGELHO.
AINDA QUE LIMITADAS, ALGUMAS AÇÕES DE SAÚDE PÚBLICA FORAM DESENVOLVIDAS.
SOMENTE NO FINAL DA IDADE MÉDIA, POUCO A POUCO, FORAM SENDO CRIADOS CÓDIGOS SANITÁRIOS. SÓ NESSE PERÍODO QUE TAMBÉM FORAM CRIADOS OS PRIMEIROS HOSPITAIS.
QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO
E ASCENÇÃO DO REGIME FEUDAL.
DECLÍNIO DA CULTURA E A DECADÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO E DAS PRÁTICAS DE SAÚDE PÚBLICA.
INTRODUÇÃO:
RESSURGIMENTO DO INTERESSE
PELO CONCEITO SAÚDE, TANTO NO MEIO ACADÊMICO COMO NA SOCIEDADE.
DESENVOLVIMENTO DE NOVAS
TECNOLOGIAS DIAGNÓSTICAS
E TERAPÊUTICAS.
TRANSFORMAÇÃO DE SAÚDE EM
VALOR INDIVIDUAL NA SOCIEDADE
DE CONSUMO.
É ATESTADA PELA CRESCENTE
PREOCUPAÇÃO COM A ADOÇÃO
DE COMPORTAMENTOS SAUDÁVEIS.
COTIDIANAMENTE EXPRESSAMOS
COMPREENSÕES SOBRE SAÚDE E DOENÇA; EM REPORTAGENS, PROPAGANDAS NA TELEVISÃO, QUANDO BUSCAMOS DIAGNÓSTICOS E TRATAMENTOS CADA VEZ MAIS ESPECÍFICOS...
RENASCIMENTO: NOVOS OLHARES.
O MÉDICO GIROLAMO FRACASTORO
PROPORÁ A EXISTÊNCIA DE AGENTES ESPECÍFICOS PARA CADA DOENÇA.
MESMO SEM RECURSO DO MICROSCÓPIO, INTUI QUE A TRANSMISSÃO DAS DOENÇAS DE PESSOA A PESSOA OCORRERIA EM FUNÇÃO DE PARTÍCULAS IMPERCEPTÍVEIS, OU GERMES DE CONTÁGIO.
O INTERESSE CRESCENTE DOS INTELECTUAIS EM SE APROXIMAR DO CONHECIMENTO DA NATUREZA.
REIVINDICAVAM " UM SABER EM QUE A OBSERVAÇÃO DOS FENÔMENOS, A ATENÇÃO ÀS OBRAS, A PESQUISA EMPÍRICA FOSSEM MAIS IMPORTANTES DO QUE AS EVASÕES RETÓRICAS".
POUCO A POUCO VÃO SE ESTABELECENDO AS BASES DO PENSAMENTO CIENTÍFICO.
PASSAM A SER DESENVOLVIDOS ESTUDOS DE ANATOMIA, FISIOLOGIA, E DE INDIVIDUALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO DAS DOENÇAS, FUNDADA NA OBSERVAÇÃO CLÍNICA E EPIDEMIOLÓGICA.
É SOMENTE NO FINAL DO SÉCULO XVIII, COM O SURGIMENTO DA ANATOMIA PATOLÓGICA, QUE NASCERÁ A MEDICINA MODERNA.
O SURGIMENTO DA MEDICINA SOCIAL.
COM O FIM DO MODELO FEUDAL, AS CIDADES TORNAM-SE CADA VEZ MAIS IMPORTANTES ECONÔMICA E POLITICAMENTE.
SURGEM AS PRIMEIRAS REGULAÇÕES VISANDO À SAÚDE NAS FÁBRICAS.
CONJUNTO DE DOUTRINAS POLÍTICAS E ECONÔMICAS DO ESTADO MODERNO VAI TOMAR O TRABALHO COMO ELENCO CENTRAL DE PREOCUPAÇÕES DO GOVERNO.
INFLUENCIA DIRETAMENTE A ADMINISTRAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA.
MEDICINA PASSA A CONSIDERAR ASPECTOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS ENVOLVIDOS NA SAÚDE-DOENÇA.
A ERA BACTERIOLÓGICA E A DISCUSSÃO DA CAUSUALIDADE.
ISOLAMENTO E QUARENTENA UTILIZADOS PARA CONTROLAR DOENÇAS.
INVESTIGAÇÃO DAS DOENÇAS E VACINAÇÃO COMO MEDIDA DE CONTROLE.
IDENTIFICAÇÃO DE DIVERSOS MICROORGANISMOS PATOGÊNICOS.
INÍCIO DA ERA BACTERIOLÓGICA.
O MODELO DE EXPLICAÇÃO MULTICAUSAL.
CONSIDERA A INTERAÇÃO DE TRÊS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS.
O AMBIENTE, O AGENTE E O HOSPEDEIRO.
DOENÇA RESULTANTE DE UM DESEQUILÍBRIO NAS AUTO-REGULAÇÕES.
SIGNIFICATIVO AVANÇO
NA PREVENÇÃO DE DOENÇA.
A UNICAUSALIDADE.
SURGIMENTO DA MICROBIOLOGIA DENOTAVA REVOLUÇÃO CIENTÍFICA NO CAMPO DA SAÚDE.
MODELO UNICAUSAUL:
UMA ÚNICA CAUSA PARA
A DOENÇA.
MODELO POSITIVISTA
DE CIÊNCIA.
CURATIVA E BIOLOGICISTA.
A PRODUÇÃO SOCIAL DA SAÚDE
E DA DOENÇA.
ABORDAGEM MAIS AMPLA.
ASPECTOS HISTÓRICOS, ECONÔMICOS,
SOCIAIS, CULTURAIS, BIOLÓGICOS,
AMBIENTAIS E PSICOLÓGICOS.