SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)
Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS)
PNVS é um documento norteador do planejamento das ações de vigilância em saúde
Nas três esferas de gestão do SUS
Municipal
Estadual
Federal
POLÍTICA INSTITUÍDA DESDE 2018
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
O que é
Estudo que ocorre em uma população
Conjunto de ações que proporcionam conhecimento, detecção e prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde
Tem finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos
Contexto histórico no Brasil
Campanha de erradicação da varíola
A criação do SUS (Constituição de 88)
Lei Orgânica da Saúde (LOS)
vigilância sanitária
vigilância epidemiológica
saúde do trabalhador
Objetivos
Identificar e descrever o comportamento epidemiológico de doenças
Detectar epidemias e descrever seu processo de disseminação
Avaliar a magnitude da morbidade e mortalidade decorrentes de agravos à saúde
Planejar, acompanhar e normatizar técnicas de ações de imunização
Capacitar os profissionais de saúde e subsidiar os municípios no controle de doenças e agravos em seus territórios
Aprimoramento das estratégias operacionais
Incorporação de novas metodologias de trabalho e tecnologias de prevenção
O que faz
Investigação de casos ou surtos
Coleta e consolidação de dados
Processamento, análise e interpretação dos dados
Recomendação de medidas de controle apropriadas
Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas
Divulgação de informes pertinentes à população
Subsidiar o planejamento, organização e operacionalização dos serviços de saúde
Notificação
Profissionais da área da saúde, são obrigados a notificar às autoridades quando houver agravos e eventos de saúde, em ambiente público e privado
Notificação compulsória imediata
Casos que devem ser enviados em até 24h depois de realizar o atendimento ao paciente
Notificação compulsória semanal
Casos que são encaminhados em até 7 dias, a partir do momento que houve o conhecimento do agravo ou da doença
CONCEITOS E INFORMAÇÕES
Profissional se depara com uma doença ou agravo que deve ser notificado
Deve preencher a ficha de notificação de caso
Ficha encaminhada para uma autoridade sanitária local
Essa autoridade qualifica a ficha, e a insere no sistema (SINAN);
Uma vez notificada no sistema, a equipe de vigilância epidemiológica analisa.
O que é a autoridade sanitária local?
Local de cobertura separado em áreas de planejamento, e em cada área existe uma coordenação de atenção primária em saúde, que realiza a divisão de vigilância em saúde, e os serviços de vigilância em cada unidade de saúde.
O que é o SINAN?
Sistema de Informação de Agravos de Notificação
Fonte de dados onde os casos de doenças e agravos, que constam das listas de doenças de notificação compulsória, devem ser registrados, através da Ficha Individual de Notificação/FIN.
É possível calcular a incidência e prevalência de doenças, seu grau de letalidade, etc.
Outras fontes de dados
Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM
Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC
Sistema de Informação da Atenção Básica – SIAB
Tipos de dados
Dados demográficos, socioeconômicos e ambientais
Informações sobre a população e suas condições de vida, determinantes sociais
Dados de morbidade
São obtidos a partir da comunicação de casos e surtos, de uma doença ou agravo à saúde, à autoridade sanitária local
Dados de mortalidade
São obtidos por meio dos atestados de óbitos, processados pelo SIM
Notificação de surtos e epidemias
São obtidos devido a monitorização constante do panorama geral de saúde e do número de casos de cada doença e agravo de notificação, possibilitando diagnósticos precoces de uma situação epidêmica e adoção imediata de medidas de intervenção pertinentes
Ficha de Notificação
Fichas gerais
Boletim de notificação individual
É muito amplo
Fichas específicas
Boletim para Dengue
Boletim para Zika
Boletim para Síndrome Respiratória Aguda Grave
Boletim para Covid-19
Obstáculos
Atraso da notificação
Casos em que a informação é encaminhada para a autoridade sanitária, porém com atraso.
Provoca uma desregulação da curva de notificação da doença, tornando a análise inoportuna
Subnotificação
Casos em que a informação não é fichada.
A vigilância epidemiológica não consegue implementar ações preventivas de saúde baseadas no cenário real, as medidas se tornam limitadas
Ocorre também devido a alta demanda e foco em apenas um problema
Investigação Epidemiologica
é um trabalho de campo, realizado a partir de casos notificados (clinicamente declarados ou suspeitos) e seus contatos
Objetivos
Identificar a fonte de infecção e o modo de transmissão
Os grupos expostos à maior risco e os fatores de risco
Confirmar o diagnóstico e determinar as principais características epidemiológicas
O seu propósito final é orientar medidas de controle para impedir a ocorrência de novos casos.
Curiosidades
Dentro da secretaria municipal de saúde há diversas subsecretarias
A subsecretaria que a vigilância epidemiológica está inserida é a SUBPAV
Subsecretaria de promoção, atenção primária e vigilância em saúde
A superintendência de vigilância em saúde é dividida em várias coordenações incluindo a vigilância epidemiológica.
As coordenações se integram para obter uma visão ampla, e conseguirem implementar ações ideais em cada situação
Essas subdivisões possuem uma harmonia em que as informações fluem da forma mínima necessária e eficaz
Como a população pode ajudar?
Trazendo informações sobre a área em que vive
Canais de comunicação
Por rede social
Por ligação telefonica
VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE
papel da Vigilância Ambiental em Saúde
Estuda como o espaço afeta a saúde de uma população
Tripé básico da vigilância em saúde
Tempo
Pessoa
Local
Programas da Vigilância Ambiental em Saúde
Vigisolo
Vigiar
Vigiágua
Vigidesastre
Como é o processo de trabalho?
Equipe formada por 2500 pessoas que interagem
com a população
2 eixos
Gerência de vigilância de riscos biológicos
Gerência de vigilância de risco não biológicos
Existe uma equipe encarregada apenas na obtenção de informação
Pluralidade de profissionais
multisetorialidade
Principais objetivos
Produzir análises
Propor fundamentações
Para poder orientar na criação de políticas públicas e serviços
Avaliar como o ambiente em que determinada população está inserida interfere em sua qualidade de vida
Fazer projeções
Propor mudanças
Visando a melhoria em saúde coletiva
Trabalhar olhando para o futuro
Principais dificuldades
Pouco conhecimento e pouca visibilidade por parte da população
Área relativamente nova da vigilância
Pequena trajetória e pouco tempo de existência dentro do SUS
Incompreensão da população sobre o seu verdadeiro papel
São confundidos como protetores ambientais
Não tem função de praticar ações voltadas à preservação do
meio ambiente e sim à saúde das populações urbanas
Curiosidade
COVID-19:
Muitos programas foram restringidos para ajudar no combate e enfrentamento da pandemia
Muitos programas foram restringidos para ajudar no
combate e enfrentamento da pandemia
ANÁLISE DE SITUAÇÃO DE SAÚDE (Asis)
Onde fica
Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde (SUBPAV)
Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS)
Coordenação de Análise da Situação de Saúde (CAS)
O que é
Processo analítico
permite medir, caracterizar e explicar o perfil de saúde-doença incluindo os determinantes e os problemas de saúde
Ajudam na identificação das prioridades e necessidades em saúde para intervenções e criações de programas apropriados
O que faz
Produz informação com o intuito de orientar a ação em saúde
Auxilia em todos os âmbitos
Nacional
Estadual
Municipal
Amplia o acesso a informação e informa a comunidade e os profissionais de saúde
Cria um aprimoramento das informações de saúde
Utiliza de maneira crítica seus dados
Como fazer parte
Qualquer profissional da área da saúde disposto a participar do concurso pública na área de Saúde Pública
Sua importância
Obtenção de dados para geração de indicadores em saúde para criação de ações e políticas públicas
A coleta de dados se dá por diferentes meios como hospitais, cartórios etc
Fiscalização detalhada por parte do setor de Sistemas Integrados de certos agravos em saúde
Recolhem os atestados de óbitos e recebem as declarações de nascidos vivos
fazem relatórios que são entregues a Secretaria de Saúde
fundamental para e saber as causas básicas de determinados óbitos, permitindo a criação de políticas a fim de controlar esses casos
Sendo importante, na investigação, seguir o protocolo, a avaliação e conduta de risco, ter um bom monitoramento e uma boa gestão de serviços para evitar erros
Como se realiza
Existem no município do RJ áreas de planejamento tendo cada uma delas uma comissão regial, por exemplo, de mortalidade materna
Tem-se uma reunião com as pessoas desses setores para definir a condição regional
o Comitê Municipal elabora relatórios contando com a participação de universidades, organizações da sociedade civil, agentes da secretaria e conselhos regionais
Esses relatório são levados ao secretário de saúde para elaboração de políticas baseadas nas causas das mortes
Sistemas Integrados (responsáveis pelas investigações das causas de óbitos)
SISMAT (Materno)
SISINF (Infantil e Fetal)
SISTUB (Tuberculose)
SISMALDEF (Causas mal definidas)
SISMIF (Mulheres em idade fértil)
CENTRO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE (CIEVS)
Objetivo
Analisar, monitorar, identificar e responder emergências epidemiológicas
A estrutura
parte da Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS)
faz parte de uma rede integrada de informações que envolvem todos os estados e capitais, importante no âmbito nacional e até internacional
no Rio de Janeiro, é composto por seis integrantes
O que faz
Notificam a atenção primária
Monitorização do paciente
Responsáveis pela comunicação entre os CIEVS de todo o Brasil
Controlam a saúde pública a partir da avaliação dos casos
Responsáveis pela prevenção de doenças e agravos na saúde
O que notifica
Casos suspeitos ou confirmados de, por exemplo, botulismo, febre amarela, sarampo, varíola
Surto de Influeza Humana, doença Meningocócita, difteria
Quem notifica
Profissionais de saúde
A notificação é compulsória, prevista em lei e obrigatória para a rede pública e privada
Como notificar?
(21) 2333-2852/ (21) 2333-3996/ (21) 2333-3993 Funcionamento de seg. a sexta de 8h a 17h
(21) 98596-6553 -> Funcionamento 24h, 7 dias por semana
E-mail: notifica@saude.rj.gov.br
Com relação a COVID-19
Não trabalha na linha de frente
Realiza levantamento e investigação de casos, analisa os indivíduos afetados e implementa ações de enfrentamento ao coronavírus
Todos os boletins epidemiológicos da COVID-19 são elaborados através desses dados
Objetiva a prevenção
evita a contaminação da população
O CIEVS recebe notificações de todos os laboratórios e hospitais públicos e privados
Com o objetivo de traçar o perfil da doença e identificar o tipo de transmissão
Sendo, assim, importante para consolidar dados e atualizar o painel de informações com o número de casos
Critérios para definições de caso de COVID-19
Caso Suspeito
Síndrome Gripal (SG)/ Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)
Caso Confirmado
Critério laboratorial/ Critério clínico-epidemiológico
Na prática para um caso de botulismo
Paciente dá entrada na emergência e é diagnosticado com suspeita de botulismo
Profissional de saúde faz a notificação compulsória
O setor do hospital que recebe as notificações entra em contato com o CIEVS
CIEVS libera o uso do soro antibotulismo, o paciente recebe e começa a se recuperar
CIEVS entra em contato com a família do paciente e começa a investigar
Até chegar a um restaurante suspeito de ser responsável pela intoxicação por botulismo
O CIEVS vai junto com a equipe da Vigilância Sanitária no restaurante apreender material para análise
Se o resultado for positivo, interditam o local
Tendo, assim, uma população protegida contra novos casos de botulismo
Programa Nacional de Imunização (PNI)
HISTÓRIA
Início de 1970
Vacina para poucos brasileiros
Surtos de doenças
1973
Criação do Programa Nacional de Imunização
Uma Política Nacional, em que O ministério compra vacinas, começa a distribuir e define um calendário único
1975
Campanha de Vacinação
Instituições como o Butantan e BioManguinhos, da Fiocruz, produziam as primeiras vacinas brasileiras
O Ministério da Saúde comprava o necessário para vacinar a população e erradicar doenças
As vacinas foram sendo entregues a lugares distantes e antes esquecidos
Até moradores de países vizinhos vinham se vacinar no Brasil
1977
Criação da Carteirinha de Vacinação
Registro dos imunizantes obrigatórios para as crianças
1986
Uma crianças nomeio o símbolo da campanha de "Zé Gotinha"
Graças a simpatia do mascote, o medo e a desconfiança foram desaparecendo
COORDENAÇÃO
Campanhas Oficiais
Criação do DIA D em que há um Envolvimento de todos
Brasil se tornou referência Mundial no quesito Vacinação para proteção em massa
Calendário com 15 vacinas para crianças, 9 para adolescentes e 5 para adultos
Maior Programa de Vacinação do Mundo
Capaz de distribuir por ano mais de 300 milhões de doses de imunizantes, soros e imunoglobulinas
Mudança no perfil de sobrevida dos brasileiros
o PNI já foi responsável por erradicar no país o tétano neonatal e a rubéola e controlar doenças como o sarampo, a difteria e a poliomielite
Em 30 anos, a vacinação fez com que a expectativa de vida do brasileiro saísse de 50 para quase 80 anos
A imunização, a água potável e o saneamento básico foram os principais elementos para essa mudança radical no perfil de sobrevida da população brasileira
COVID-19
Estrutura com 38 mil salas de vacinas e a possibilidade de alcançar 50 mil pontos de vacinação em períodos de campanha
Responsáveis por levar o imunizante contra o novo coronavírus a 211 milhões de brasileiros, em 5.570 municípios
PROBLEMAS E DESAFIOS
Boatos e notícias falsas: disseminação das fake news
Queda na cobertura de vacinas
Sarampo e Febre Amarela voltaram a fazer vítimas
Enfraquecimento do PNI
Cortes de verbas
Redução dos programas de Saúde da Família
Recente falta de coordenação