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ALAM MAHMUD HAMDAN

ALAM MAHMUD HAMDAN

ALAM MAHMUD HAMDAN

, como diz Fonseca (1999), ao referir-se ao método antropológico, que este não é tão aberto como se imagina. Assim, para Fonseca é preciso ter em mente que, ao fazer parte das ciências sociais, a antropologia e seu método não se fazem sem amarras teóricas

ANTROPOLOGIA, DIVERSIDADE E EDUCAÇÃO

D.M.
Um fato inconteste: Deficiência Mental é Deficiência Mental – em qualquer tempo e lugar. Certo? Não, errado. Vejamos: ; ponto-e-vírgula 10 36 Antropologia, diversidade e educação: um campo de possibilidades – em Esparta => DM = condição sub-humana - na Renascença => DM = eram deixados à inanição - na Idade Média => DM = vistos como filhos de Deus, especiais - no Iluminismo => DM = tinham igualdade moral, mas não civil - na Inquisição => DM = vistos como hereges, iam para a fogueira Como diz Verena Stolke ( ), Um fato inconteste: Deficiência Mental é Deficiência Mental – em qualquer tempo e lugar. Certo? Não, errado. Vejamos: ; ponto-e-vírgula 10 36 Antropologia, diversidade e educação: um campo de possibilidades – em Esparta => DM = condição sub-humana - na Renascença => DM = eram deixados à inanição - na Idade Média => DM = vistos como filhos de Deus, especiais - no Iluminismo => DM = tinham igualdade moral, mas não civil - na Inquisição => DM = vistos como hereges, iam para a fogueira Como diz Verena Stolke ( ),
INTERCULTURAL
O maior desafio da escola, portanto, é o de ser, além de um espaço de ensino, um lugar de aprendizagem, capaz de investigar o trabalho educativo e incorporar uma nova proposta de cultura, diversa, complexa e dinâmica centrada na troca e na comunicação entre diferentes, ou seja, uma escola intercultural numa realidade, também ela, intercultural.

E o que é uma realidade intercultural? É uma realidade centrada no diálogo, na relação entre saberes e que objetiva construir uma sociedade mais igualitária e cidadã.

DIVERSIDADE

Contudo, a questão da diversidade hoje é moda que se espraia e se multiplica como pano de fundo em que se movem diferentes interesses e concepções e ela é particularmente intensa no campo da educação, tanto quanto no campo político de um país como o nosso
POLÍTICO
PAÍS

ANTROPOLOGIA E EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO
Indivíduo
Lei 10.639

O que não é compreendido: A discussão em torno da 10.639 é importante pois não se trata de uma questão entre negros e brancos, mas um problema da sociedade brasileira e qual sociedade se quer daqui 20, 30, 40, 50 anos.

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O desafio da escola é, então, colocar ensino e aprendizagem a falarem juntos, a terem voz juntos, já que se encontram cindidos pela sociedade moderna, sociedade da escrita que não reconhece o saber construído na vida social, fora da escola e da escrita. Faz-se necessário um saber que reconheça e considere a experiência do indivíduo como sujeito coletivo que tem memória, tradição, história de vida, valores, sentimentos, emoções.

Portanto, falar de antropologia e de seus métodos exige pensá-la como uma ciência situada, que caminhou do “outro” como diferente ao “outro” que compõe a alteridade do mundo moderno no jogo entre homogeneização, contradição e conflito.

Antropologia e educação: um campo e muitos caminhos O presente texto discute interação entre coisas diversas, vale dizer que não são iguais ou de mesma natureza. É disso que se trata quando pensamos em relações possíveis entre dois campos de conhecimento: a antropologia e a educação.

A palavra interface que nomina este dossiê se faz presente em minhas preocupações com a ciência antropológica desde muito tempo (Gusmão, 1997). Tal palavra tem por significado estabelecer um campo de trocas, de intercomunicação ou de ação mútua, como informa qualquer dicionário.

Contudo, cabe lembrar, como disse Pierre Sanchis (2006), a respeito dos problemas da antropologia, que, se podemos detectar uma multiplicação desse campo, há também afunilamento dos objetivos de pesquisa e um empobrecimento que afeta alunos e professores na universidade, seja em razão de novas relações entre professores e alunos, seja por conta de temas que ainda não encontram respaldo acadêmico e, por conseguinte, não constituem temas em melhores condições de atendimento por parte das instituições de fomento.

ORTIZ (2000)

A antropologia é uma ciência do “fazer-fazendo”, que se constrói pela crítica constante de seus próprios passos, uma ciência que “aprende-e-ensina”, ao mesmo tempo que “ensina-e-aprende”. Por essa razão coloca-se como mais valia no campo educacional, desafiada pela ruptura entre ensino e aprendizagem, seja dos que ensinam, seja dos que aprendem. (Gusmão, 2010, p. 262)
O desafio de “fazer-fazendo”, de “aprender e ensinar”, enquanto “ensina e aprende” consiste em esforços de “re-unir” teoria e prática, ensino e aprendizagem, quando se fala em educação.
O que seria uma Sociedade de Aprendizagem? Falar em Sociedades de Aprendizagem exige compreender o que é diversidade. Exige que se olhe para a sociedade e seu tempo, perguntando, o que é diversidade, aqui e agora? Como sugere Ortiz (2000), a noção de diversidade se aplica a fenômenos de naturezas diversas.
A antropologia da educação ou antropologia e educação coloca como exigência ter presente o lugar do qual se fala, neste caso, as ciências sociais para, a partir da antropologia, abordar a educação.

SOCIEDADE

PCN"s
um campo de possibilidades c PCN’s – não contempla a questão da diversidade. Coloca diversidade como sinônimo de pluralidade, quando está discutindo apenas desigualdade mascarada com a noção de diferença
FUTURO
qual a sociedade que queremos para o futuro? c qual o papel da educação nesse processo? Nos sistemas de ensino, nas escolas pedagógicas, onde o negro é inserido? É importante saber isso para saber como ele está sendo estudado, interpretado, conhecido pelas crianças no ensino básico até o chamado ensino superior. Importa saber se o professor, branco, negro ou não negro está em condições de atender os requisitos da Lei.
(Ortiz,2000,p166).
O que podemos afirmar é que as sociedades humanas são relacionais, mas não relativas (Ortiz, 2000, p. 166).