CURSO SOBRE ESPINOSA - RAZAO INADEQUADA (A2)

3 maneiras que costumamos pensar Deus

1ª maneira: Deus como seus efeitos (transcendental)

Como pensar Deus como causa ao invés de efeito?

Pensar Deus em Espinosa é pensar o Ser, a própria capacidade de Ser, por isso a ética é inseparável da ontologia.

O Ser é causa em Espinosa

Deus criador que está fora do mundo - está em outro plano.

As coisas participam de Deus

Existência de Deus como um plano exterior e perfeito, nesse tipo de pensamento é a única coisa que garante alguma certeza nesse mundo mutável.

2ª maneira: Como funciona o pensamento a partir dessa ideia de Deus como transcendente.

Consequências de pensar Deus dessa forma:

Todo tipo de pensamento que toma o real a partir de modelos pré-estabelecidos; modelos, ideais trazem herança do pensamento platônico.

Universalização, abstração, normatização - barbaridades que foram feitas em nome de um ideal afastado de um real (práticas danosas)

Em Tratado Político, Espinosa fala que os homens tem uma ideia da humanidade que não pertence a homem nenhum.

3ª maneira: Como é o homem perante essas ideias?

Ele tenta parar o mundo para encaixa-lo nas ideias

O homem tenta paralisar o mundo para tentar entendê-lo

Ele se choca com uma singularidade qualquer, algo que não se encaixa em nenhum modelo vai surgir a prática mais baixa de todas: a moralização.

Como as coisas mutáveis participam das imutáveis?

2ª forma de contestação ao problema da participação: DEUS EMINENTE EM PLOTINO

É das ideias que emanam as características do mundo. É pela doação que as coisas participam umas das outras.

EXEMPLO: A beleza participa do belo e na medida que ela se aproxima da ideia de belo que será mais ou menos belo.

A ideia de doação resolve o problema da teoria da participação.

O Deus Eminente completa a ideia do Deus Transcendente. Ele é doador, dele vem as coisas, é superior. Tudo participa de Deus/Deus doa todas as suas características. Tudo que existe (um problema) é inferior a esse Deus que doa tudo.