HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS
É muito difícil saber ao certo quando o ser humano começou a se perguntar os fenômenos que contem no mundo. Com o refinamento do pensamento, também se refinaram os questionamentos para além das previsões. Ainda hoje nos perguntamos qual a origem do Universo, da vida na Terra e se há vida em outros planetas.
CIENCIA MODERNA
A redescoberta de Aristóteles por Averróis e a divulgação das ideias do filósofo na Europa, por meio dos trabalhos de São Tomás de Aquino, foram muito importantes para o desenvolvimento da Ciência experimental, pois, apesar de essencialista, a filo sofia aristotélica era empirista, estimulando a observação da natureza como forma de aquisição do conhecimento.
podemos dizer que a Ciência moderna surgiu quando houve um rompimento com a abordagem aristotélica tanto do ponto de vista empirista, que é apenas observacional e não experimental, como do ponto de vista essencialista, que é metafísico, uma vez que a Ciência moderna busca causas materiais para a ocorrência dos fenômenos, descartando explicações metafísicas.
FISICA
O rompimento com a filosofia aristotélica se deu em diferentes momentos e ao longo de vários séculos, desde quando São Tomás de Aquino divulgou as ideias do filósofo grego no século XIII.
O método de estudo de Galilei, que se baseava na Matemática para explicar os fenômenos físicos, e sua incorporação de experimentos e da coleta de dados no processo investigativo ajudaram a formar a base da Física e abriram as portas para a mudança no pensamento das outras ciências.
QUÍMICA
No século XVIII, os estudiosos das substancias e de suas reações começaram a procurar explicações materiais para a existência das substâncias e das mudanças que elas sofriam. Iniciou-se, então, o rompimento com o pensamento idealista de Aristóteles e o surgimento da Química moderna. A frase "Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma", atribuída ao químico francês Antoine Lavoisier (1743-1794), talvez seja a melhor síntese desse rompimento.
BIOLOGIA
No século XVIII, os estudiosos das substancias e de suas reações começaram a procurar explicações materiais para a existência das substâncias e das mudanças que elas sofriam. Iniciou-se, então, o rompimento com o pensamento idealista de Aristóteles e o surgimento da Química moderna. A frase "Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma", atribuída ao químico francês Antoine Lavoisier (1743-1794), talvez seja a melhor síntese desse rompimento.
ANTIGUIDADE
ATOMISTAS
Pode-se dizer que a semente da Ciência moderna surge com os atomistas gregos no século V a.C., sendo Demócrito (460-370 a.C.) o mais conhecido e influente filósofo atomista.
Ele propôs em sua teoria que toda matéria era formada por minúsculas partículas indivisíveis (em grego, a palavra átomo significa indivisível), de diversas formas e tamanhos, que podiam se encaixar umas às outras, formando sólidos, ou poderiam ser escorregadias, formando fluidos, como a água.
Mesmo com essa limitação, a filosofia atomista destacou-se entre as filosofias da época por ser materialista, buscando entender e explicar os diversos fenômenos a partir da observação da natureza, ou seja, os atomistas utilizavam os sentidos (Visão, tato, audição, olfato e paladar) para procurar entender o mundo.
ESSENCIALISTA
PLATÃO
Platão acreditava que todas as coisas, fossem objetos, seres vivos ou mesmo senti mentos, possuíam uma essência ideal, uma espécie de modelo perfeito que existiria no mundo das ideias.
É dessa filosofia que se originou o conceito de amor platônico, considerado ideal enquanto não é declarado, mas que se torna imperfeito quando o relacionamento é concretizado.
E, como essa essência está no plano das ideias, de nada adiantaria usar os sentidos, sendo necessário usar apenas a razão.
Além disso, para Platão, estudar a natureza usando os sentidos seria perda de tempo, pois só se estudaria as formas reais
ARISTÓTELES
Aristóteles Contudo, ao contrário de seu mestre, Platão, ele era um empirista, isto é, acreditava que a experiência com a natureza, ou seja, o uso de sentidos no estudo do mundo, era o primeiro passo para conhecer a essência ideal das coisas.
Vale ressaltar que experiência, para Aristóteles, baseava-se no contato com o mundo por meio dos sentidos, e não em experimentos como os que conhecemos hoje.
Tal classificação pressupunha uma escala hierárquica de organismos, a chamada scala naturae, partindo dos seres mais simples até os mais complexos, com o ser humano no topo da estrutura.
IDADE MÉDIA
Durante boa parte da Idade Média, a filosofia aristotélica foi praticamente esquecida.
Para Santo Agostinho, somente era possível conhecer o mundo e a Deus por meio de revelações, como as descritas nos textos sagrados, ou seja, por meio da razão e da fé.
SÃO TOMÁS DE AQUINO
São Tomás de Aquino abraçou a filosofia de Aristóteles, adaptando-a para o pensamento católico. Para São Tomás, além dos textos sagrados, a observação da natureza era uma maneira de conhecer a essência divina, afinal a Criação também poderia.Desse modo, para ele ha veria duas formas para chegar à verdade sobre Deus: as revelações divinas, como a Biblia, e a observação da natureza.
AVERRÓIS
No século XII, não muito longe da Europa cristã, no califado de Córdoba, um filósofo muçulmano se propôs a traduzir e expandir os escritos de Aristóteles para o árabe.
O trabalho de redescobrimento do pensamento de Aristóteles feito por Ibn Rushd, cujo nome foi latinizado para Averróis (1126-1198), não foi bem recebido no mundo muçulmano, mas teve um enorme impacto na Europa após ser traduzido para o latim.
Em razão disso, a redescoberta da filosofia aristotélica por Averróis conquistou alguns seguidores dentro da Igreja Católica, dentre os quais se destaca São Tomás de Aquino (1224/5-1274).