INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA
A logística esteve e ainda encontra-se presente na evolução humana, pois o desde
os primórdios o homem da caverna ao sair para caçar, precisa saber: Onde caçar? Qual
instrumento utilizar para matar a caça? Como vou trazer a caça para a caverna? Onde
vou guardar a caça? Veja, que ao responder estas perguntas o homem da caverna
estava realizando um conceito rudimentar de compra, transporte e armazenagem.
Na contemporaneidade, a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), trouxe a filosofia da
logística que era basicamente voltada de forma integrada à estratégia e à tática de apoio às
operações militares. Nessa época, os Estados Unidos da América, era o grande responsável
pela logística da movimentação de uma grande quantidade de homens e suprimentos
ligados às frentes de batalhas travadas na Europa e na Ásia
Não há como negar que a evolução da logística sempre acompanhou a trajetória
do homem e fatos históricos da humanidade. Desta forma, para fins didáticos, e em
função do levantamento de dados e pesquisa realizada.
Primeira fase: Atuação Segmentada
Esta fase estendeu-se de 1940 a 1960, segundo Fleury e Fleury (2003), a origem das
atividades logísticas se confunde com o início das atividades econômicas organizadas,
ou seja, a partir do momento que o homem começou a realizar a troca de excedentes
da produção especializada, houve a introdução de três das mais importantes funções
logísticas: armazenagem, estoque e transporte
MODAL AQUAVIÁRIO
O transporte aquaviário apesar de ser pouco utilizado no Brasil, ele possui papel
estratégico na integração regional de um país, seja no transporte de mercadorias ou
passageiros. De forma ampla, caracteriza-se pelo transporte de grandes volumes a
grandes distâncias, agregando preservação ambiental e menores custos comparado
a outros modais de transporte
a navegação mercante pode ser classificada em Longo curso: realizada no tráfego marítimo mercantil entre os portos do Brasil
e os portos estrangeiros.
2. Grande cabotagem: realizada no tráfego marítimo mercantil entre os portos
brasileiros e entre estes e os portos da Costa Atlântica da América do Sul, das
Antilhas e da Costa Leste da América Central, excluídos os portos de Porto Rico
e Ilhas Virgens.
3. Pequena Cabotagem: realizada no tráfego marítimo mercantil entre os portos
brasileiros, não se afastando a embarcação mais de 20 (vinte) milhas náuticas
da costa e fazendo escala em portos cuja distância não exceda de 400
(quatrocentas) milhas náuticas. Considera-se também de pequena cabotagem
a navegação realizada com fins comerciais entre a costa brasileira e as ilhas
oceânicas brasileiras.
4. Alto-Mar: realizada fora da visibilidade da costa;
5. Costeira: realizada ao longo do litoral brasileiro, dentro dos limites de visibilidade
da costa;
6. Apoio Marítimo: A realizada entre os portos ou terminais marítimos e as
plataformas tripuladas
O transporte marítimo é feito unicamente em águas marítimas, seja na costa de
um país, entre países ou intercontinentais.
Portos são definidos como um entreposto dinâmico de mercadorias, servindo de porta
de entrada e saída de mercadorias e passageiros, assim como abrigo e ancoradouro
de embarcações munidos de instalações capazes de favorecer a cadeia logística que
supre a humanidade
MODAL DUTOVIÁRIO
Há registros da utilização de tubulações como meio de transporte desde a antiguidade,
com casos de tubulações construídas com bambus na China, com materiais cerâmicos
por egípcios e astecas e com chumbo por gregos e romanos.
Segundo Manners (1967), algumas características são conferidas ao transporte
dutoviário como, agilidade, segurança, baixa flexibilidade e capacidade de fluxo.
cálculo de preço deste modal, é complexo uma vez que é necessário conhecer
os custos fixos do duto, bem como a mecânica dos fluidos. Recordando que os dutos,
na maioria são constituídos pelas empresas detentoras da exploração do material
(gás, minério e outros).
OPERAÇÕES LOGÍSTICAS
E COMPONENTES DO
SISTEMA LOGÍSTICO
Antes de tudo, alguns dicionários definem a palavra operações como o conjunto
de atos ou medidas em que se combinam os meios para a obtenção de determinados
resultados ou de determinados objetivos.
As operações de aquisição dizem respeito a gestão de compras da empresa, que
segundo Novaes (2007) assume papel verdadeiramente estratégico nos negócios de
hoje em face do volume de recursos, principalmente financeiros, envolvidos, deixando
cada vez mais para trás a visão preconceituosa de que era uma atividade burocrática e
repetitiva, um centro de despesa e não um centro de lucros.
Contudo a função compras vai além ao requerer planejamento e acompanhamento,
processos de decisão, pesquisas e seleção das fontes supridoras dos diversos materiais,
diligenciamento para assegurar que o produto será recebido no momento esperado,
inspeção tanto na qualidade quanto das quantidades desejadas. (
Apoio à produção
Em primeiro lugar, é preciso delimitar as ações das operações logísticas de apoio,
que segundo Bowersox, Closs e Cooper (2006), concentram na gestão do inventário
de produtos em processo entre os estágios de produção.
Aqui iremos retratar a logística de distribuição, que já vimos nos capítulos anteriores,
sendo que a escolha do modal correto, traz vantagens no controle de custos logístico
e nível de satisfação do cliente. Arnold (1999) diz que a escolha do transporte utilizado
deve considerar dois tipos de custo: os custos de transporte e os custos de estoques
em trânsito (custos financeiros dos produtos enquanto eles estão sendo transportados)
GERENCIAMENTO DA
CADEIA DE SUPRIMENTO
é necessário compreendermos
o que é a cadeia de valor e sua importância para a cadeia de suprimentos. Para
Lummus (1999) a cadeia de valor pode ser definida como a decomposição das etapas
de trabalho de uma empresa (de qualquer segmento industrial), visando identificar
quais as atividades que agregam valor ao processo/produto,
Gerenciamento da cadeia de suprimento
Uma das principais características da nova economia é a transição da eficiência
individual para a eficiência coletiva. A competitividade é e será cada vez mais, relacionada
ao desempenho de redes interorganizacionais através de parcerias compartilhadas
e não de empresas isoladas” (
Evolução do Gerenciamento da cadeia de suprimento
O período após a Segunda Guerra Mundial foi um período de grandes mudanças
econômicas, que acarretaram adequações das organizações. Sendo que no período
compreendido entre 1950 e 2000, ocorreram grandes transformações nos conceitos de
gerenciamento das organizações.
CONCEITO DE LOGÍSTICA
EMPRESARIAL
Na atualidade ela continua sendo primordial na área militar, contudo a logística foi
incorporada às organizações (fábricas, empresas virtuais e físicas, hospitais, faculdades,
igrejas, ONG, prestadores de serviço entre outros), que viram nela um meio de conseguir
competitividade empresarial, principalmente após a globalização, onde não há fronteiras
para a comercialização de produtos.
O que é logística empresarial?
Ela é considerada um campo relativamente novo, que tem o intuito de estudar a
gestão integrada das áreas tradicionais, tais como finanças, marketing e produção.
Como é possível atingir a meta da logística empresarial?
Por meio do processo de gerenciamento estratégico da compra, do transporte e
da armazenagem de matérias-primas, partes e produtos acabados (além dos fluxos
de informação relacionados) por parte da organização e de seus canais de marketing,
de tal modo que a lucratividade atual e futura sejam maximizadas mediante a entrega
de encomendas com o menor custo associado.
Quais são as atividades logísticas empresariais?
De acordo com Ballou (2009), ao longo dos anos, as empresas passaram a se
preocupar em conhecer a logística e em utilizar as ferramentas do gerenciamento
logístico, criando, assim, áreas na estrutura organizacional para se encarregar dos
assuntos logísticos
INTRODUÇÃO A MODAIS
DE TRANSPORTES
O papel do transporte na logística
Em uma primeira análise, o transporte nada mais é do que o translado de uma
mercadoria de um lugar ao outro e sua necessidade está diretamente relacionada
com as atividades de comércio
Bem como, o transporte é a área operacional da logística que, em razão da sua
importância, recebe uma atenção considerável através dos anos. As necessidades
de transporte podem ser atendidas de três maneiras básicas: através de uma frota
exclusiva de veículos, através de contratos com empresas de transporte e através de
várias transportadoras ao mesmo tempo onde podem ser utilizados diversos modais
de transporte em conjunto. (
O transporte representa um componente relevante para o custo logístico, conforme
os autores Caixeta Filho e Martins (2001) explicam que o transporte é visto como a
última fronteira para a redução de custos na empresa.
O Brasil passou por um período de grande crescimento industrial que se estendeu do
pós Segunda Guerra até 1980, sendo acompanhado por uma ampliação da infraestrutura
rodoviária e do predomínio do transporte de mercadorias em caminhões.
Primeiramente, a palavra modal tem origem no latim modalis que significa “Relativo a
modo, modalidade, maneira própria de fazer alguma coisa”, segundo alguns dicionários.
Primeiramente, iremos conceituar sistemas, formas e depois entraremos no tema
modais de transportes
MODAL RODOVIÁRIO
A construção de estrada no Brasil coincide com a expansão do veículo automotores,
impulsionado com a vinda da Ford para o Brasil em 1919, conforme relata (Ferreira,
1974) que a autorização para funcionar no Brasil e instalado em São Paulo uma
organização industrial para montagem do seu modelo T, que viria dos Estados Unidos
em peças, aproveitando a mão de obra nacional.
Dentre os diversos tipos de modais existentes, verifica-se que o modal de transporte
rodoviário é o mais expressivo no transporte de cargas no Brasil, pois atinge praticamente
odos os pontos do território nacional.
Vantagens e Desvantagens do modal rodoviário
Relembrando que este modal é o sistema de transporte mais utilizado no país, apesar
de registrar elevado custo operacional e excessivo consumo de óleo diesel. Possui
grande flexibilidade operacional, permitindo acessos a pontos isolados. (
MODAL FERROVIÁRIO
Evolução do transporte ferroviário
A contextualização sobre o histórico do modal ferroviário é necessária para que
possamos compreender, o motivo deste tipo de transporte ser tão ignorado, uma vez que
é mais barato, para o transporte de grãos, minérios, combustível, óleo comestível, que
o modal rodoviário.
Tipos de locomotivas
A primeira locomotivas do século XIX eram movidas a vapor, a famosa Maria Fumaça,
contudo hoje em dia este modelo não é mais utilizado, devido a sua baixa velocidade,
poluição causada pela queima de carvão e forma motriz.
Tipos de vagões ou veículos rebocados
Assim, como no transporte rodoviário onde há diferentes tipos e capacidade de
carga, no modal ferroviário também encontraremos variados modelos de vagões para
diferentes cargas, sendo eles:
Vagão Plataforma ou Prancha: Transporte de veículos, containers, máquinas,
produtos siderúrgicos e outros volumes pesados. Possui capacidade de carga de
95.000kg. É indicado para bobinas de aço, aço longo e contêineres;
Vagão Fechado de Descarga Lateral: Produtos ensacados e agregados de
cereais;
Vagão Gôndola Abertos: Transporte de carga geral e granéis sólidos
passíveis de serem expostos às intempéries. Capacidade de carga 98.500kg,
indicado para minério de ferro;
Vagão Tanque: Transporte de granéis líquidos. Tem capacidade de carga de
70.000kg;
Vagão Hopper: Transporte de granéis sólidos, com melhor geometria. Tem capacidade
de carga de 105.000kg;
Vagão Frigorífico: Transporte de carga refrigeradas;
Vagão Especial: Transporte de demanda específica (formato e utilização fora do
padrão);
Vagão Gaiola: Transporte de animais vivos. (
MODAL AEROVIÁRIO
Vale destacar que atualmente existem três configurações de aeronaves, que realizam
navegação nacional e internacional, sendo elas:
1.Full Pax — Avião de Passageiro
Aeronaves exclusivamente para transportar passageiros. Possuem o deck superior
destinado para o transporte de passageiros e o deck inferior para as cargas como
bagagens e pacotes.
2.Combi — Avião Misto
Transporte misto (passageiros e cargas). Semelhante ao Full Pax, o andar inferior
é destinado às cargas. Já no andar superior, ao fundo da aeronave, separadamente
da ala de passageiros, a qual fica na frente, também há um local com o propósito de
acondicionar as cargas.
3.All Cargo ou Full Cargo — Avião de Carga
Aeronaves com a única finalidade de realizar o transporte de cargas, consequentemente,
não transportando passageiros.
Com certeza, você já conhece um aeroporto, correto? Mas você sabe a sua definição?
Pois, bem entende-se por aeroporto uma extensão de terra ou água adaptada para o
pouso e decolagem de aeronave e que possui instalações para o seu abrigo, suprimento
e reparo. É um local usado para receber ou embarcar regularmente passageiros ou
carga aérea.
Segundo Malagutti (2001), além de transportar carga com velocidades muito
superiores às demais modalidades, o transporte aéreo apresenta níveis de avarias e
extravios mais baixos, resultando em maior segurança e confiabilidade.
MANUFACTURING RESOURCE
PLANNING - MRP I E II
Levantamento histórico do MRP
O antecessor do MRP foi uma técnica chamada de “Sistema de Solicitação Trimestral”,
que foi detalhada por George Plossl e Oliver Wight em 1967. Durante o período do
final da Segunda Guerra Mundial e meados de 1950, muitas indústrias manufatureiras
estavam capacitadas para desenvolver planos de produção baseados somente na
carteira de pedidos firmes de clientes.
MRP I - Planejamento de Necessidade de Produção
O MRP é um sistema lógico de cálculo que converte a previsão de demanda em
programação da necessidade de seus componentes, sendo predominante presente nos
sistemas de Planejamento controle da produção - PCP nos processos de manufatura
MRP II - Planejamento de Recursos de Produção
O MRP II representou o primeiro passo para a integração entre as áreas funcionais
das empresas, que ocorreu no fim da década de 1980 para 1990, com o aparecimento
dos sistemas integrados de gestão empresarial (
UST IN TIME, KANBAN E
NOVAS TECNOLOGIAS
Just in time
No período após a Segunda Guerra Mundial a indústria japonesa estava passando
por grandes dificuldades com a produtividade e a enorme falta de recursos, o que
tornava difícil implantar os sistemas tradicionais de produção em massa.
Existem várias definições para o Filosofia Just in time, dentre as quais Schonberger
diz que o conceito Just in time pode simplesmente ser descrito como a produção
de uma unidade de um produto para ser incorporado no momento certo em um
processo subsequente.
Vantagens e Desvantagens do JIT
O sistema Just In Time dá um novo conceito ao custo do processo produtivo. O custo
verdadeiro é o custo real, natural, aquele resultante de atividades que agregam valor
ao produto. Todos os outros “custos”, oriundos de atividades que não agregam valor
ao produto, são na verdade desperdícios.
Manufatura tradicional ou Produção enxuta - JIT
O sucesso do JIT em relação a indústria tradicional, está vinculado ao fato de que
o controle da programação garanta a presença da matéria-prima no momento certo
da produção e o balanceamento da capacidade produtiva seja capaz de produzir no
tempo adequado.
anban
Conforme relata Barros (2007) a metodologia Kanban foi criada pelos Engenheiros
da Toyota a partir da ideia de utilização de prateleiras em processos de
fábrica, conforme observaram nos supermercados, onde as mesmas eram
reabastecidas somente perto do produto se esgotar.
Características do Kanban
A ferramenta Kanban tem como seu foco principal manter as organizações em um
padrão adequado de organização.
GERENCIAMENTO DE ESTOQUES
Estoques
Vamos lá!
Iniciaremos com a definição de estoque do autor Ballou (2006) diz que os estoques
são acúmulos de matéria-prima, componentes, materiais em processo e produto
acabado que surgem numerosos em diversos pontos da cadeia logística. Sendo
mantidos por fornecedores, fabricantes, distribuidores e varejistas.
O estoque deve funcionar como elemento regulador do fluxo de materiais da
empresa, isto é, como a velocidade com que chega à empresa é diferente da que sai,
há necessidade de certa quantidade de materiais, que hora aumenta hora diminui
amortecendo as variações (PROVIN e SELLITTO, 2011).
Uma das funções dos estoques é a compensação de erros cometidos na projeção de
demanda de produtos. Eliminando todas as outras razões para a existência de estoques,
se fosse possível ter uma previsão de demanda exata, não haveria necessidade de
manter materiais estocados.