A investigação de incidentes em serviços de saúde envolve a análise de diversos fatores que podem ter contribuído para sua ocorrência e agravamento. Esses fatores incluem elementos humanos, como comportamento e comunicação, fatores do sistema, como o ambiente de trabalho, e fatores externos, como a legislação e o ambiente natural.
Estas ações podem ser dirigidas ao doente, aos profissionais ao pessoal (capacitações, disponibilidade recursos, políticas/protocolos), à organização (melhoria da liderança/orientação, avaliação pró-ativa dos riscos) e aos agentes terapêuticos e equipamento (auditorias regulares, limitações físicas funcionais).
As ações empreendidas para reduzir o risco são aquelas ações tomadas para reduzir,
gerir ou controlar o dano, ou a probabilidade de dano associado a um incidente.
Representam medidas tomadas para prevenir a
repetição do incidente e na melhoria da resiliência
do sistema.
Tipo de Incidente
termo descritivo para uma categoria que é composta de incidentes de natureza semelhante, permitindo assim o agrupamento e categorização.
Detecção
Os mecanismos de detecção podem
ser incorporados formalmente ou desenvolvidos informalmente no sistema.
Pode ser definida como uma ação ou circunstância que que proporciona a identificação do incidente.
Por exemplo: alteração do estado do doente; alarmes, parâmetros do monitor, auditorias, revisão de prontuários ou avaliação de riscos.
Características do Incidente
Representa a informação acerca das circunstâncias que rodeiam o
incidente, o como, o onde e o quando, o trajeto do doente pelo sistema de saúde, o incidente que
ocorreu, quem esteve envolvido e quem o comunicou.
Características do Doente
Refere-se aos dados demográficos do doente, motivo original do contato com o serviço de saúde e o diagnóstico clínico principal.
Ações de Melhoria
As ações de melhoria aplicam-se tanto ao
doente (melhorias em aspectos clínicos ou reconhecimento e pedidos de desculpas) quanto à organização (revisão de casos,
“debriefing”, mudança de cultura, gestão de reclamações e aprimoramento de processos).
São ações aplicadas para melhorar ou compensar o dano após um incidente.
Fatores atenuantes ao Dano
Os fatores atenuantes do dano destinam-se a minimizar o dano para o doente após a ocorrência de incidentes e o acionamento de mecanismos de
controle de danos.
Correspondem a ações ou circunstâncias que previnem ou moderam a progressão
de um incidente em direção ao dano para o doente.
Fatores Contribuintes / Perigo
Compreendem as circunstâncias, ações ou influências que podem ter contribuído ao incidente, tanto a sua ocorrência, quanto desenvolvimento e aumento do risco de um incidente.
Geralmente, um único incidente envolve mais de um fator contribuinte, como por exemplo: fatores humanos como o comportamento, o desempenho ou a comunicação; fatores do sistema como o ambiente de trabalho, e fatores externos que vão além da governabilidade da organização,
como o ambiente natural ou a legislação.
Consequências Organizacionais
As consequências organizacionais correspondem aos resultados gerados para a organização, como por exemplo: aumento da utilização de recursos para cuidar do doente; divulgação em mídias sociais ou consequências legais.
Referem-se ao impacto sobre a organização, podendo ser completamente ou parcialmente atribuível a ocorrência do incidente.
Consequências para o Doente
Se refere ao impacto do incidente ao doente, podendo ser inteiramente ou parcialmente atribuível ao incidente. As consequências para o
doente podem ser classificadas de acordo com o tipo de dano, o grau de dano, e qualquer impacto
social e/ou econômico.
O grau de danos é a gravidade e duração de qualquer dano, e as
implicações no tratamento, resultantes de um incidente.