CARCINOGÊNESE
Carcinogênese química
Agentes químicos causadores de
câncer
Agentes naturais
Aflatoxina B1(umamicotoxinaproduzidapelofungoAspergillus
flavus, encontrada em cereais estocados de maneira inadequada)
Agentes sintéticos
hidrocarbonetos aromáticos policíclicos e as aminas
aromáticas utilizadas na indústria
Agentes alquilantes
Como as drogas utilizadas no tratamento do
câncer
Fatores endógenos
hormônios e sais biliares
Mecanismo de ação
Possui ação genotóxica
Cancerígenos de ação direta e indireta
Agentes químicos com propriedades cancerígenas em seu estado original, sem necessidade de metabolização
Carcinogênese por radiações
Tem a capacidade de induzir a mutação
Os efeitos biológicos dos raios X
egama–radiaçõesdebaixoLET–parecemresultar da formação de radicais livres no citosol, especialmente a partir da água, que interagem com oDNA
Mecanismo de ação
Raio X
Os efeitos cancerígenos das radiações ionizantes resultam da ação direta ou indireta sobre o DNA de ondas eletromagnéticas ou de partículas carregadas de energia.
Raios UV
Apresentam capacidade limitada de penetração nos tecidos, razão pela qual seu principal alvo é a pele, especialmente áreas expostas ao sol assim modificando ligações químicas.
CARCINOGÊNESE AMBIENTAL
70 a 80% dos cânceres humanos estão relacionados a fatores ambientais.
O processo de desenvolvimento de uma
neoplasia
Desenvolvimento neoplásico
modificações progressivas da biologia da célula, com alterações de sua capacidade de proliferação, diferenciação, sobrevida e interação com seu microambiente
Estudos experimentais in vivo e in vitro
fatores de natureza variada, como agentes
físicos, químicos e biológicos, são capazes de lesar
o DNA da célula e levar ao desenvolvimento neoplásico
Patologia Geral
Vírus
Papilomavírus humano (HPV)
Efeitos cancerígenos
relacionados às atividades de duas oncoproteínas virais, E6 e E7, que interferem em processos celulares críticos, como o controle da proliferação celular, da apoptose e da senescência das células
proteína E7
atua diretamente na desregulação do ciclo celular pela interação com a proteína Rb induzindo a transição da fase G1 para a fase S
Interação da E6 viral com p53
iiduz sua ubiquitinação e degradação pela via do
proteossomo, eliminando sua capacidade de monitorar o patrimônio genético da célula infectada
Vírus da hepatite B (HBV) e da hepatite C (HCV)
carcinogênese relacionada ao HBV e ao HCV
podem ter aspectos comuns, especialmente aqueles decorrentes da agressão crônica ao fígado, mediada por mecanismos imunológicos
A regeneração contínua dos
hepatócitos, decorrente da destruição inflamatória,
favoreceainstabilidadegenômica
ativação da via NF-kB nos
hepatócitos
bloqueia a apoptose e permite o
acúmulo de mutações
Vírus de Epstein-Barr (EBV)
escapeda resposta imunitária
parece ser evento chave no desenvolvimento de câncer induzido pelo EBV
oncoproteína viral LMP-1
promove a proliferação de linfócitos B por
ativação constitutiva da via NF-kB, o que também ocasiona menor suscetibilidade à apoptose em virtude de inibição de proteínas antiapoptóticas, como bax
oncoproteína viral EBNA-2
regula a expressão de vários genes da célula infectada, incluindo a ciclina D endógena e enzimas tirosinacinase da família src, que também atuam na sinalização intracelular de modo a propiciar estímulos à proliferação da célula infectada pelo EBV
Herpes-vírus associado ao sarcoma de Kaposi (KSHV)
células neoplásicas infectadas pelo
KSHV
produzem fatores pró-angiogênicos e citocinas que estimulam continuamente as células endoteliais
proteínas MIR-1eMIR-2doKSHV
aceleram a endocitose e a degradação das moléculas do complexo principal dehistocompatibilidadeI(MHC-I), comprometendo a apresentação de antígenos pela célula infectada e seu reconhecimento pelos linfócitos T citotóxicos
KSHV
em seu genoma possui codificado múltiplos produtos semelhantes a proteínas humanas com importante papel em processos celulares críticos, como proliferação e morte celular
Outros agentes infecciosos associados a cânceres
infecções crônicas por helmintos
infecção da bexiga urinária pelo Schistosoma
haematobium
. A participação desses agentes no processo de carcinogênese
não está esclarecida, sendo provável que atuem como
cofatores na etapa de promoção do desenvolvimento neoplásico