Educação Não - Formal

Década de 1980

Campo de menor importância no Brasil, apesar de, em alguns momentos, existir seu desenvolvimento em espaços exteriores
às unidades escolares, terminava sendo considerada uma extensão da
Educação Formal.

A l t a s t a x a s d e
desemprego, índices
de violência elevados
e retração nos direitos
dos trabalhadores.

Globalização impõe normas e desafios que sobrecarregam os chamados “países em desenvolvimento”. O Estado passa a não atender às necessidades dos cidadãos no que tange à saúde, à educação, à moradia e à assistência social. A recessão da década de 1980 traz consequências terríveis para a África, a Ásia e a América Latina, impulsionando o florescimento das ONGs.
Na Europa- a crise do socialismo.

Década de 1990

Período no qual a Educação Não Formal passou a ter maior destaque em decorrência de mudanças na economia, na sociedade, no mundo do trabalho e da atuação de agências e organismos internacionais, como a Organização
das Nações Unidas (ONU) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e da publicação de textos de alguns estudiosos do assunto, podendo ser citados a própria Gohn (1999) e Afonso (1992).

Responsabilização da sociedade civil no âmbito da garantia de direitos sociais.

Em complementação,
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) de 1996
reconhece a existência de contextos educativos fora do âmbito escolar...

Democratização acompanhada de uma forte crise econômica que, aliada ao discurso neoliberal, estimula a sociedade civil a buscar saídas para as profunda desigualdades de nosso país. As ONGs da América Latina vivem a mais grave crise econômico financeira até então, o que as leva a reengenharias internas e externas a fim de sobreviver.

A necessidade de qualificação profissional se torna imprescindível, e essas entidades – que, por serem não governamentais, muitas vezes desprezam ou negam o Estado – passam a buscar parcerias para implementar suas políticas. Educação Não Formal atuando para qualificação profissional.

2003

Segundo Gohn (2010) o termo Educação Não Formal foi incorporado
ao Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, em 2003.

2006 - até atualidade

Inserção desta disciplina Educação não-formal foi assinalada, em 2006, pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, para o Curso de Graduação em Pedagogia e Licenciatura.

Esse novo cenário reafirma o conceito de educação expresso pela denominação “educação ao longo de toda a vida” ou “educação permanente”, como também expõe novos atores, tanto na formulação quanto na implantação dessas políticas, as quais buscam uma forma de articulação entre Estado e sociedade civil e, sob diferentes aspectos, tem envolvido ONGs e o setor privado, (CERQUEIRA; GONZALEZ, 2016, p. 382).

Frente ao novo contexto, Freire (2005), ressalta o papel do educador:
"Se o educador é o que sabe, se os educandos são os que nada sabem, cabe àquele dar, entregar, levar, transmitir o seu saber aos segundos.
Saber que deixa de ser “experiência feito” para ser de experiência narrada ou transmitida.[...]quanto mais se exercitem os educandos no arquivamento dos depósitos que lhes são feitos, tanto menos desenvolverão em si a consciência crítica de que resultaria a sua inserção no mundo como transformadores dele. Como sujeitos" (FREIRE,2005,p.68). Tal dinâmica também exige, cada vez mais, a interlocução entre educação formal, educação não-formal e educação informal.

1930 e 1960

Tendência a um centralismo estatal. Educação Não Formal promovida
por meio dos sindicatos corporativistas vinculados ao Estado.

Os anos 1930 e 1960 foram marcados pela busca de uma educação escolar com o serviço público, democrático, gratuito,
obrigatório e leigo (GHIRALDELLI JR, 2003).

1960 e o final de 1980

Surgem as ações civis pela luta democrática e por melhorias sociais.
Terceito Setor atuando com Educação Não Formal para a cidadania.

Período Colonial

Aparecem as mesmas, dividindo-as por suas finalidades, sendo a primeira a socialização das pessoas aos valores católicos, a segunda as necessidades econômicas expressas no trabalho, lembrando que ambas interagem formando na maioria
das vezes a mesma experiência educativa.

Num segundo momento, a educação não-formal, era focada na dimensão da educação para o trabalho, que tinha a função de enquadrar as populações economicamente desfavorecidas nas necessidades econômicas e culturais da metrópole, lembrando que o trabalho de cunho manual era extremamente desprezado pelas elites econômicas e políticas, sendo a quase totalidade de sua ação educativa direcionada aos negros e afro-descendentes.

Os mestres artesãos do período colonial foram os grandes transmissores
desta modalidade educativa não-formal, a serviço dos detentores tanto do poder local quanto metropolitano.

Referências Bibliográficas

CERQUEIRA, Dagmar Dias; GONZALES, Wânia Regina Coutinho.Trajetórias e reflexões sobre educação não-formal. Práxis Educacional: Vitória da Conquista, v.12, nº23, p. 377-404, set./dez.2016.

MONTEVECHI,Wilson Roberto Aparecido. Educação Não-Formal no Brasil: 1500-1808. 2005. 131 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de Educação, Centro Universitário Salesiano de São Paulo, São Paulo, 2005.

FREIRE, Paulo.Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2005.

Wikipédia, 2020. Significado de Educação não-formal. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_n%C3%A3o_formal. Acesso em: 30 out. 2020.

Grupo: Adriana Alves da Rocha,
Elizabete da Cunha Filha, Gythana Dantas Cidreira Meregui e Lauren Prates

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