O impacto da superproteção no desenvolvimento
psicológico da criança
O impacto da superproteção no desenvolvimento psicológico da criança
Falta de autonomia e independência
Dificuldade em tomar decisões
Baixa autoconfiança
Insegurança emocional
Dificuldade em lidar com emoções negativas
Medo de enfrentar desafios
Dificuldade em lidar com frustrações
Falta de resiliência
Baixa tolerância à frustração
Superproteção
Superproteção é o ato de proteger excessivamente algo ou alguém, muitas vezes motivado por inseguranças ou medos
Os motivos para a superproteção dos pais, surge em razão do medo e da ansiedade em relação ao bem-estar dos filhos, levando-os a tentar controlar todas as situações para evitar riscos.
O impacto da superproteção no desenvolvimento psicológico interfere negativamente no crescimento da criança, gerando insegurança , dependência e dificuldades em explorar o ambiente e desenvolver a autonomia.
A superproteção limita o desenvolvimento em diversas áreas (cognitiva, emocional, social e psicomotora).
As crianças superprotegidas mostram insegurança nas atividades diárias, evitam a interação com desconhecidos e demonstram um comportamento imaturo.
O processo de maturação é prejudicado pelo excesso de cuidado e afeta o desenvolvimento que gere déficits.
Os efeitos a longo prazo da superproteção
Dificuldade em estabelecer relacionamentos saudáveis
Dependência emocional
Dificuldade em lidar com conflitos
Problemas de adaptação social
Dificuldade em se relacionar com os pares
Baixa habilidade de resolução de problemas
Impacto no desenvolvimento da identidade
Falta de autoconhecimento
Dificuldade em tomar decisões importantes
Teorias do Apego e o Desenvolvimento Infantil
A teoria do apego foi formulada por John Bowlby e Mary Ainsworth, e é considerada uma das maiores referências das relações humanas, mostrando o quanto a qualidade do vínculo afetivo entre o bebé e os seus cuidadores tem um papel fundamental no desenvolvimento humano.
É um mecanismo biológico que procura proximidade e segurança com a figura materma
Bowlby destaca para o desenvolvimento saudável a importância do apego seguro e enfatiza os impactos negativos do rompimento da interação mãe-bebé, podendo gerar, o excesso ou falta de cuidados maternos, problemas de desenvolvimento.
Referências Bibliográficas:
-A Comunicação entre o Bebê e a Mãe e entre a Mãe e o Bebê: convergências e divergências. In: Winnicott, (1987) Os Bebês e Suas Mães. São Paulo: Martins Fontes, 2002, pp.79-92.
-A Experiência Mãe-Bebê de Mutualidade. In: Winnicott, C. (org.), (1989) Explorações Psicanalíticas: D.W. Winnicott. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1994, pp.195- 202.
-A Mãe Dedicada Comum. In: Winnicott, (1987) Os Bebês e Suas Mães. São Paulo: Martins Fontes, 2002, pp.1-11.
-Ainsworth, M. D. S., Blehar, M. C., Waters, E., & Wall, S. (1978). Patterns of attachment: A psychological study of the strange situation. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum Associates.
-Bowlby, J. (1969). Attachment and loss: Vol. 1. Attachment. New York: Basic Books.
-Benício, A., & Souza, B. (2019). O impacto da superproteção no desenvolvimento psicológico da criança. Psicologia.pt. https://www.psicologia.pt/artigos/ver_artigo.php?codigo=A1384
-D. W. Winnicott, The Child, the Family, and the Outside World (Penguin 1973) p. 173
-KHAN, M. Introdução In: WINNICOTT, D. W. Da Pediatria à Ppsicanálise: obras escolhidas. Rio de Janeiro: Imago, 2000.
-O Papel de Espelho da Mãe e da Família no Desenvolvimento Infantil. In: Winnicott, (1971) O Brincar e a Realidade. Rio de Janeiro, RJ: Imago, 1975, pp.153-162.
A importância do equilíbrio na educação dos filhos
Compreender as necessidades e limites da criança
Promover um ambiente de confiança e amor
Estimular o desenvolvimento saudável da criança
A relação materna é essencial para o desenvolvimento da criança, sendo fundamental um equilíbrio entre cuidado e independência. Este processo inicia na vida intrauterina e intensifica-se após o nascimento e ao longo do crescimento.
Mãe superprotetora: limita as experiências e gere insegurança e dependência, impedindo que a criança vivencie situações necessárias ao seu desenvolvimento.
Mãe suficientemente boa: permite que a criança desenvolva a sua individualidade, enfrente desafios, permite que a criança explore e desenvolva a autonomia. Reconhece que o filho tem capacidade para se tornar independente e deixa-o seguir o próprio caminho, percebendo quando não é mais necessária.
Mãe dedicada comum: surge como facilitadora dos estágios iniciais dos processos de desenvolvimento emocional da criança. É um conceito do pediatra e psicanalista britânico Donald Woods Winnicott, que acreditava "que toda mãe tem a capacidade de cuidar bem do seu bebé, bastando-lhe ser devotada e adaptar-se às suas necessidades" .
Relação Mãe-Bebé, como leitura psicanalítica, é indispensável para o desenvolvimento saudável, satisfação de necessidades básicas e emocionais do bebé, estando fundamentada nos conceitos de holding e handling. (conceitos de Donald Winnicott)
Holding e Handling relacionam-se com o cuidado físico e emocional. Holding está relacionado com empatia e fatores emocionais, é uma espécie de ligação entre o físico e o emocional que favorece o desenvolvimento psicológico. Handling está relacionado com o toque e cuidado físico. A relação entre holding e handling é importante para entender a maternidade e o desenvolvimento psicológico.
Para o desenvolvimento psicossomático e da personalidade da criança, o papel materno é fundamental, fornecendo um ambiente facilitador para o desenvolvimento do ego
Alternativas à superproteção
Estabelecimento de limites saudáveis
Permitir à criança tomar decisões dentro de certos limites
Encorajar a independência progressiva
Estímulo ao desenvolvimento da resiliência
Permitir que a criança enfrente desafios e resolva problemas
Apoiar a criança na superação de frustrações
Promoção de um ambiente seguro e afetivo
Estabelecer uma relação de confiança com a criança
Proporcionar suporte emocional adequado
Considerações finais
É fundamental para o desenvolvimento infantil, a figura materna, com a forma de cuidado a influenciar aspetos negativos e positivos.
O excesso de proteção pode levar a crianças inseguras e dependentes, impactando as suas relações sociais e a sua saúde mental a longo prazo.
Em contraste, a mãe que promove a autonomia da criança, contribui para que ela se torne um adulto capaz de lidar com desafios e frustrações.