BNCC

CURY, R.; REIS, M.; ZANARDI, T. A. C. Base Nacional Comum Curricular: dilemas e perspectivas. São Paulo. Cortez, 2018.

Introdução

Associação Brasileira de Currículo (ABdC) criada em 2012

Dossiê Temático de Ferraço e Carvalho: "Currículo: Problematização entre Práticas e Polítcas, que tratava das questões negociadas, em âmbito político, postas como ações dos diversos grupos sociais.

Revista sem fronteiras, publicou outro dossiê: "Contribuições aos sentidos sem fronteiras do currículo." de Chizzotti; Amorim que tratava da intenção obrigatória dos esforços de oferecer o acesso ao conhecimento para todos.

Revista e-Curriculum publicou o dossiê: "Currículo: políticas e cotidiano." organizado por Lopes; Oliveira, que validam a importância da criação da ABdC como fomentadora de estudos na área.

Caderno de Pesquisas da Fundação Carlos Chagas divulgaram na seção "Temas em Destaque" uma série de artigos organizados por Lopes, Macedo e Souza que tratavam sobre o desenvolvimento do campo de política educacional e da ampliação do controle estatal e as pesquisas que surgem com estes movimentos globais.

Em 2014, outros estudos são publicados como o dossiê "Debates sobre a ideia de Bases Curriculares Nacionais." de Macedo; Sussekind com a abertura de ações voltadas à BNCC após o PNE de 2014.

Neste sentido, vale lembrar que os autores destacam que desde 1990 se fala em currículos nacionais (common core)

Os autores também colocam a questão da falta de previsão de formação docente para a BNCC, como impossibilitador de efetivação.

Posto como ação "falsamente democrática" pelos autores a BNCC, além do relatado ponto falho em relação a formação docente expressa movimentos conservatórios em relação aos produtos coletivos de reflexão, como também aponta o dossiê temático da Revista Teias "Avanço do Conservadorismo nas Políticas Curriculares." de Thiessen e Gomes, 2016.

Em nosso entendimento, há suporte a construção de bases que valorizem as ações de construção coletiva e que tenham objetivos de democratizar processos e atendimentos educacionais com inclusão e equidade de efetivação.

4. BNCC e Educação das Novas Gerações: limites conceituais

O pensamento crítico e a Educação Infantil

Adorno e Horkeimer

Bildung: autonomia do sujeito

Aufklang: esclarecimento

Halbbildung: a informação socializada.

Problemática do conteúdo, da coerência e do acompanhamento das ofertas curriculares

Heckman, da Escola de Chicago, realizou um estudo em que defende que as crianças tem que sofrer estímulos desde muito cedo. É neste momento em que são mais capazes de absorver informações. Para ele, esses estímulos reduzem as chances destas crianças, no futuro, terem problemas socioemocionais na vida adulta. Posto, pelos autores como visão procurada pelas políticas Neoliberais.

Resultados econômicos e políticos x Superações de igualdade social

Bolsa Família

Escolarização x Assistencialismo

Como resultado de reflexões: Brincar x Cuidar x Aprendizagem

Avaliação

Proposto pelos autores:

A educação infantil tem ser voltada para planejar ações lúdicas, interações sociais, faz de conta e conhecimentos sistematizados.

O currículo na edução infantil começa quando a criança entra pela porta da escola.

As atividades estruturadas, ou não, previstas, ou não, é que auxiliarão no pleno desenvolvimento das crianças como sujeitos dedicados, que pertencem a grupos sociais.

A semiformação faz parte constitutiva da vida sob o monópolio da cultura de massa. A sociedade é reprodutora, de forma ordenada, da indústria cultural. A seminformação gera uma decadência cultural e grandes consequencias para gerações futuras.

Autonomia está relacionada por regulamentos, normas e monópolios pré-estabelecidos que influenciam as pessoas.

Teste para formação

A formação dos indivíduos entra num processo de decadência e a pedagogia fica a “serviço”da semiformação.

Gruschka (2004) e a Pedagogia Negativa

Conceito hegemônico.
Crítica ao modelo de ensino-aprendizagem presente e praticado.
É contra a pedagogia prescritiva e normativa.
A pedagogia está formulada no âmbito do capitalismo.

Walter Benjamin - Teórico da Escola de Frankfurt

Teoria materialista dialética. Sugere que as práticas pedagógicas baseadas na brincadeira como experiência e prática cultural. Conceitos de experiências e vivências como complementares, ou não. Para ele a sociedade ficou mais pobre a partir do momento que perde vínculo e experiência com indivíduos e com o patrimônio cultural.

Criticas: Pedagogização, Formação Neoliberal, Noção de experiência equivocada, reforço da semiformação.

Habemus Base

Situada na lógica do capital

Visão de currículo tecnicista, individualista e meritocrática

Visão conservadora do conhecimento

Normativa, centralizadora e prescritiva das competências

Necessidade de buscar alternativas que proporcionem propostas curriculares com vivências, experiências e problematizações. Buscar transformação da realidade e reduzir as desigualdades

O sujeito da escola pública é o responsável pela qualidade da educação

Habemus Freire

Valoriza a realidade concreta dos sujeitos como partida para um processo de conhecimento dialógico

Os educandos precisam sair da curiosidade ingênua para o conhecimento crítico

O currículo como uma construção coletiva, construído por meio de debates horizontais

O currículo como um proposta madura, embasada no diálogo entre os diversos sujeitos

Currículo como uma concepção libertadora, embasada na relação “Eu-Tu” mediada pelo mundo

A escolha de conteúdos, por especialistas distantes desta realidade, revela-se alienadora dos sujeitos em processo de conhecimento e despreza o mundo vivido e sua possibilidade de transformação