CONCEITOS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA, LÍNGUA SEGUNDA,
LÍNGUA ADICIONAL, LÍNGUA DE HERANÇA,
LÍNGUA FRANCA E LÍNGUA TRANSNACIONAL

Tópico principal

2. Conceitos de língua: Para Saussure, língua é o “produto social da faculdade da linguagem”,
pode ser também “um conjunto de conversões necessárias, adotadas
pelo corpo social, para permitir o exercício da linguagem”.
A língua é, portanto, um sistema de signos cujo seu funcionamento
repousa sobre um determinado número de regras, de correções. É um
código que pretende estabelecer uma comunicação entre emissor e receptor
(SANTOS, 2000).

Subtópico

. 2.1 Língua estrangeira
Uma língua estrangeira é um idioma não falado pela população de
um determinado local, como por exemplo, o inglês falado por nativos
brasileiros. Mas não para por aí, não apenas o inglês, mas também o japonês
antigo tardio são uma língua estrangeira no Japão. Isso nos leva a
pensar: o que se entende por língua estrangeira? De acordo com Revuz:
“a língua estrangeira é, por definição, uma segunda língua, aprendida depois
e tendo como referência uma primeira língua, aquela da primeira infância”.
(REVUZ, 1998, p. 215).

2.6. Língua transnacional
A língua portuguesa, quando foi trazida para o Brasil, sofreu não
só a influência do meio físico, mas também a dos povos indígenas, africanos
e de outros que, como imigrantes, vieram fazer parte de nossa sociedade
posteriormente. A língua portuguesa do Brasil atual é consequentemente
o resultado de tudo isso, bem como os países que sofreram
colonização lusitana. Os vários falares, resultados dessas diversas misturas
de idiomas, é que faz com que a língua seja transnacional, uma vez
que passaram por processos de variações devido aos falares que naquele
lugar e instantes existiam. De acordo com Bagno (2002) as línguas são
diferentes e sofrem variações diacrônicas (conforme a época), diatópicas
(conforme o lugar) diastráticas (conforme a classe social ou especializa-
ção dos falantes) e a situação (formal ou informal).

Subtópico

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Autores:
Mauren Vanessa Lourenço Souto (UEMS) maurensouto@hotmail.com Alline Olivia Flores Gonzales Além (UEMS) Ana Marlene de Souza Brito (UEMS) Cláudia Bernardo (UEMS)

2.4. Língua de herança
Língua de herança é uma especialidade da língua estrangeira e se
caracteriza como um contexto em que a língua utilizada pelo indivíduo e
a cultura que lhe são ensinadas não são próprias do local onde ele resida
(como exemplo, o Português ensinado a filhos de brasileiros imigrados
no exterior).
O termo “herança” se refere ao desejo de preservação ou recuperação
da língua e cultura nacionais como capitais herdados de pais nativos
ou quando pelo menos um deles é estrangeiro (a) residindo com a
família num outro país.

2.5. Língua franca
Lingua franca (sem acento no ‘i’) é uma expressão latina para língua
de contato ou língua de relação resultante do contato e comunicação
entre grupos ou membros de grupos linguisticamente distintos para o
comércio internacional e outras interações mais extensas (BARTOLETTO, 201086).

2.2. Língua segunda
Uns colocam que língua segunda é aquela em que a pessoa quando
vai viver em outro país tem que aprender, pois precisa dela para se
comunicar o tempo todo e que acaba se tornando sua segunda língua. Outros
afirmam que é aquela que também é falada em seu país como oficial,
como é o caso do guarani, no Paraguai, mas que não é muito utilizada pela
sociedade mais formal preterindo-a em relação à língua espanhola.
Contudo, por ser oficial é ensinada na escola somente até o terceiro ano
do fundamental I.

2.3. Terceira língua (L3), língua estrangeira ou língua adicional
A língua adicional, também chamada de L3 ou língua estrangeira
adicional, é, na verdade, uma terceira língua aprendida pelo indivíduo.

1. Introdução
Como educadores nos deparamos com muitas indagações a respeito
dos conceitos da língua, sendo que possuímos um seleto grupo estudantil,
que originam-se de diferentes partes do país e até fora deste.
Pretendemos conceituar língua estrangeira, língua segunda, língua adicional,
língua de herança, lingua franca e língua transnacional. Devemos
entender que os estudantes passam pelo desafio de aprenderem sua língua
materna e quando, ainda crianças, ao chegarem à escola já são falantes
competentes de suas línguas, no que se refere ao seu convívio diário na
família e comunidade a qual estes estão inseridos. No decorrer deste percurso
vivenciado pelos estudantes, aprendem a utilizar a língua de acordo
com os contextos sociais ao qual participam como falantes ativos.

3. A justificativa social para a inclusão de língua estrangeira no ensinNo Brasil, tomando-se como exceção o caso do espanhol, principalmente
nos contextos das fronteiras nacionais, e o de algumas línguas
nos espaços das comunidades de imigrantes (polonês, alemão, italiano
etc.) e de grupos nativos, somente uma pequena parcela da população
tem a oportunidade de usar línguas estrangeiras como instrumento de
comunicação oral, dentro ou fora do país. Mesmo nos grandes centros, o número de pessoas que utilizam oconhecimento das habilidades orais de uma língua estrangeira em situação de trabalho é relativamente pequeno.

4. Considerações finais O estudante deve compreender e entender como ocorre o processo de estudo da língua, desmistificando a dificuldade de estabelecer conexão entre a língua do ambiente escolar e da comunidade a qual faz parte. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p. 39), considera que a linguagem pode afetar as relações entre grupos diferentes em um país, valorizando as habilidades de alguns grupos e desvalorizando as de outros.