SÍNDROME METABÓLICA

HIPERTENSÃO

A frequência dos componentes cardiometabólicos associados à SM é maior na presença de doença hipertensiva e que indivíduos que apresentam a SM compartilham aspectos fisiopatológicos de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

RESISTÊNCIA À INSULINA

A resistência insulínica é uma das principais causas da síndrome metabólica. decorrente da obesidade abdominal. Isso ocorre quando as células do nosso corpo respondem cada vez menos à presença de insulina, passando a precisar de cada vez mais insulina para absorverem a glicose do sangue.

OBESIDADE VISCERAL

A obesidade abdominal ou visceral, caracterizada por um excesso de tecido adiposo ou intra-abdominal visceral, é um marcador diagnóstico desta síndrome. O ganho ponderal é
preditor independente para o desenvolvimento da SM, embora nem
todos os indivíduos obesos a apresentem. A distribuição da gordura corporal é relevante, e especificamente a gordura visceral (GV)
parece ser o elo entre o tecido adiposo e a resistência à insulina (RI),
característica da SM.

SÍNDROME DE OVÁRIOS POLICISTOS

É um doença caracterizada pela aparição de cistos repletos de líquido nos ovários. Estes cistos provacam alterações na atividade ovariana e são os causadores de cerca de 30% dos casos de infertilidade feminina. Resistência à insulina e hiperinsulinemia estão presentes em praticamente todas as pacientes com SOP e desempenham papel central no desenvolvimento tanto do hiperandrogenismo como da síndrome metabólica (SM).

CONTROLE ALTERADO DA GLICOSE

Conhecida como diabetes, relacionada a distúrbios no controle da glicemia. Os diabéticos apresentam altas concentrações de glicose no sangue (hiperglicemia). Esse excesso de açúcar é excretado através da urina, vindo daí o nome "mellitus", pois a urina de um diabético ficaria doce como mel. Os principais sintomas da diabetes são: vontade frequente de urinar, muita sede, dores nos membros inferiores, cansaço, perda de peso e visão embaçada.

DISFUNÇÃO ENDOTELIAL

A disfunção endotelial é considerada uma característica peculiar dos pacientes com aterosclerose das artérias coronárias, com influência na iniciação e progressão dessa doença e seus eventos adversos

O endotélio vascular produz substâncias biológicas - como o ON, a prostaciclina e a bradicinina - que contribuem para manter o tônus vascular com predomínio da vasodilatação, com o intuito de regular o fluxo sanguíneo e manter uma superfície endotelial não aderente

A aterosclerose deixou de ser estudada como uma doença de lipídeos para ser vista como um processo dinâmico e progressivo, resultante da disfunção endotelial e da inflamação.

DISLIPEDIMIA

É uma doença que se caracteriza por anomalias nos níveis de lípidos no sangue, principalmente do colesterol total e dos triglicéridos. Outras alterações incluem colesterol de lipoproteína de alta densidade baixo (HDL-C) e níveis elevados de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C). Ela é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares ao promover o surgimento da arteriosclerose.

ARTERIOSCLEROSE

É um processo de endurecimento, perda de elasticidade e espessamento progressivo das paredes das artérias (endotélio), induzido pela hipertensão arterial e que acompanha o processo natural de envelhecimento.

Dupla: Morgana Alves e Tatianne Gonçalves

Apresentação clínica
A caracterização desta síndrome é feita pelo aumento de circunferência abdominal, hipertensão arterial, hipertrigliceridemia, baixo HDL-colesterol e elevação glicêmica, com um estreito elo entre SM e resistência insulínica (RI). A RI e o consequente hiperinsulinismo implicam na gênese da hipertensão, da dislipidemia, da obesidade visceral, dos distúrbios do metabolismo da glicose, dos estados pro inflamatórios e pró-trombóticos, com associação direta entre RI, SM e doenças cardiovasculares.

Quando pensamos em causas e fatores de risco, podemos pontuar: fator genético, alimentação inadequada, sedentarismo.

A classificação de Síndrome Metabólica em adultos, apesar de amplamente discutida é estabelecida por duas principais definições a seguir:

OMS, criada em 1998: apresenta como obrigatório a resistência à insulina, ou do distúrbio do metabolismo da glicose;
NCEP/ ATP III, de 2001 não exige a comprovação da resistência à insulina.
Uma nova proposta de classificação foi apresentada em 2005 pela Federação Internacional de Diabetes (International Diabetes Federation, IDF), que considera a obesidade visceral o mais importante marcador, determinada pela medida da cintura, pela primeira vez com propostas de limites específicas por etnia.

Tratamento
A redução do peso é fundamental visando diminuir 5 a 10% do peso corporal inicial. A alimentação visa reduzir a ingestão de gorduras saturadas e trans. (hidrogenados) e preferir as gorduras insaturadas, aumentar a ingestão de frutas, hortaliças e leguminosa, reduzir a ingestão de açúcar, realizar o acréscimo de cereais integrais à dieta.

A prática de exercícios físicos deve ser orientada com uma duração mínima de 30 minutos, de intensidade moderada, no mínimo 05 vezes por semana.

Intervenções nutricionais em Síndrome Metabólica

Dieta normocalórica combinada à exercício físico:

dieta sem restrição energética, com baixo teor de carboidratos e acrescida de três ovos líquidos

Dieta hipocalórica combinada a exercício físico:

é fundamental que os alimentos tenham alto valor nutricional e funcional, não havendo a necessidade de cortar os carboidratos da dieta.

é uma dieta rica em fibras, proteínas, vitaminas, minerais e gorduras boas. O cardápio é diversificado e é possível comer de tudo, mas o valor calórico precisa ser reduzido.