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por Ivana Maria Rolins Barbosa hace 1 año

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O MÉTODO DA FILOSOFIA

No início do século XIX, filósofos alemães como Fichte, Schelling e Hegel introduziram a ideia de intuição intelectual como método essencial da filosofia, mesmo que a intuição não seja tradicionalmente considerada intelectual.

O MÉTODO DA FILOSOFIA

O MÉTODO DA FILOSOFIA

A intuição intelectual.

Há um momento, nos princípios do século XIX, em que os filósofos alemães que formaram essas formidáveis escolas filosóficas chamadas filosofia romântica alemã (refiro-me a Fichte, Schelling, Hegel), consideram que o método essencial da filosofia é aquilo que eles chamam a intuição intelectual. Há aparentemente nestes termos uma contradição, porque a intuição não é intelectual.
Essa maneira ou método de filosofar domina, de uma ou outra forma, na Alemanha, desde 1800 até 2870 aproximadamente. Quando esta maneira de filosofar decai, é substituída por outro estilo que implica naturalmente, outro método de filosofia.

Prévia disposição de ânimo: admiração, rigor.

O método da filosofia com efeito, pode definir-se, descrever-se , mas a definição que dele se der, a discrição que dele se fizer será sempre externa será sempre formulário; não terá conteúdo vivo, não estará cheia de vivência, se nós mesmos não praticamos esse método.
Esta é a primária que deve levar ao estudo da Filosofia o principiante Platão que a primeira virtude do filósofo e admirar-se vislumbrar. Se quer que existem problemas aqueles que têm uma disposição Filosofica esteja sempre inquieto, intriquilo

Feito estas advertências, tendo explicitamente descrito as duas disposições que me parecem necessárias para abordar os problemas filosóficos, daremos um passo mais além.

Transcendência e iminência.

Tinha-se que ir deste para aquele. Tinha-se que estar seguro, o mais possível, de que a intuição que daquele temos é a exata e verdadeira. Pelo contrário, para Descartes este mundo em que vivemos e o mundo da verdade são um só e mesmo mundo. O que acontece é que, quando o olhamos pela primeira vez, o mundo em que vivemos nos aparece revolto, confuso, como um caixão onde há uma multidão de coisas
Portanto, o mundo inteligível em Descartes é imanente, forma parte do mesmo mundo da sensação e da percepção sensível e não é outro mundo distinto. De modo que o método cartesiano, e a partir de Descartes o de todos os filósofos, postula a imanência do objeto filosófico.

O método de Descartes.

O método é, pois, agora pré-intuitivo, e tem como propósito essencial conseguir a intuição. Como se pode conseguir a intuição? Não se pode consegui-la ruiis que de um modo, que é procurando-a; quer dizer, dividindo em partes todo objeto que se nos ofereça confuso, obscuro, não evidente, até que algumas dessas partes se tornem para nós um objeto claro, intuitivo e evidente. Então já temos a intuição.
Pelo contrário, a partir da Renascença, e muito especialmente a partir de Descartes, o método muda completamente de aspecto, e o acento vai recair agora, não tanto sobre a discussão posterior à intuição, quando sobre a própria intuição e os métodos de consegui-la.

Idade Média: a disputa.

Esta concepção da lógica como método da filosofia é herdada de Aristóteles pelos filósofos da Idade Média, os quais a aplicam com um rigor extraordinário. É curioso observar como os escolásticos, e dentre eles, principalmente S. Tomás de Aquino, completam o método da prova, o método do silogismo, com uma espécie de revivescência da dialética platônica
O importante, pois, nesse método dos filósofos anteriores à Renascença, consiste principalmente no exercício passional, discursivo; na dialética, no discurso, na contraposição de opiniões; na discussão dos filósofos entre si ou do filósofo consigo mesmo.

Sócrates: a maiêutica.

Propriamente falando, foi a partir de Sócrates, ou seja, no século IV antes de Jesus Cristo, em Atenas, que começou a haver uma filosofia consciente de si mesma e sabedora dos métodos que empregava. Sócrates é, na realidade, o primeiro filósofo que nos fala do seu método. Sócrates nos conta como filosofa.
E dá outra definição; e sobre esta segunda definição Sócrates exerce outra vez sua crítica interrogativa. Continua não ficando satisfeito e pedindo outra nova definição; e assim, à força de interrogações, faz com que a definição primeiramente dada vá passando por sucessivos aperfeiçoamentos, por extensões, por reduções, até ficar o mais exata possível. Nunca até chegar a ser perfeita.

Subtópico

Platão; a dialética, o mito da reminiscência.

dialética platônica conserva os elementos fundamentais da maiêutica socrática. A dialética platônica conserva a idéia de que o método filosófico é uma contraposição., não de opiniões distintas, mas de uma opinião e a crítica da mesma. Conserva, pois, a idéia de que é preciso partir de uma hipótese primeira e depois ir melhorando-a à força das críticas que se lhe fizerem, e essas críticas onde melhor se fazem é no diálogo, no intercâmbio de afirmações e negações; e por isso a denomina de dialética.
A dialética consiste, para Platão, numa contraposição de intuições sucessivas, cada uma das quais aspira a ser a intuição plena da idéia, do conceito, da essência; mas como não pode sê-lo, a intuição seguinte, contraposta à anterior, retifica e aperfeiçoa essa anterior

E assim sucessivamente, em diálogo ou contraposição de uma intuição à outra, chega-se a purificar, a depurar o mais possível esta vista intelectual, esta vista dos olhos do espírito, até aproximar-se o mais possível dessas essências ideais que constituem a verdade absoluta.

Aristóteles: a lógica.

Esta concepção de Aristóteles é verdadeiramente genial porque é a origem daquilo que chamamos a lógica. Não se pode dizer que seja Aristóteles o inventor da lógica, visto que já Platão, na sua dialética, possui uma lógica implícita; porém é Aristóteles que lhe dá estrutura de forma definitiva, a mesma forma que tem hoje. Não mudou durante todos estes séculos. Dá uma forma e estrutura definitivas a isto que denominamos a lógica, ou seja a teoria da inferência, de uma proposição que sai de outra proposição
A filosofia há de consistir, por conseguinte, na demonstração da prova. A prova das afirmações que se antecipam é que tornam verdadeiras estas afirmações. Uma afirmação que não está provada não 6 verdadeira, ou pelo menos, como ainda não sei se é ou não verdadeira, não pode ter atestado de legitimidade no campo do saber, no campo da ciência.