Principais teorias da Psicologia do século XX
Gestalt
Fundadores
Kurt Koffka
Wolfgang Köhler
Wolfgang Köhler, foi um dos principais teóricos da Psicologia de Gestalt, considerado o porta voz do movimento devido aos seus livros escritos com cuidado e precisão. Nasceu na Estônia em 1887 e com cinco anos se mudou para o norte da Alemanha.
Max Wertheimer
Max Wertheimer foi um psicólogo checo, um dos fundadores da Teoria da Gestalt juntamente com Kurt Koffka e Wolfgang Köhler. Nascido numa família judaica germanófona, durante sua juventude pensava em seguir carreira como músico; estudou violino, composição de música de câmara e sinfônica
Boa Forma:A tendência da percepção em buscar a boa forma permitirá a figura-fundo.
Meio Geográfico: O meio físico em que o conjunto de estímulos determinam o comportamento.
Meio Comportamental: Interação do indivíduo com o meio físico que implicam na interpretação desse meio através das forças que regem a percepção.
Campo Psicológico ou Organização Perceptual: Campo de força que leva o indivíduo a procurar a boa forma.
Insight: Olhar para uma figura que não tem sentido e, de repente, sem nenhum esforço a relação figura-fundo elucidar-se, a compreensão imediata, enquanto uma espécie de “entendimento interno.
Behaviorismo
Tipos
Diferença de um tipo para outro.
O behaviorista metodológico não nega a existência da mente, mas nega-lhe status científico ao afirmar que não podemos estudá-la pela sua inacessibilidade. O behaviorista radical nega a existência da mente e assemelhados, mas aceita estudar eventos internos.
Behaviorismo radical
iniciado pelo psicólogo Burrhus Frederic Skinner.
Behaviorismo metodológico
Seu fundador foi o norte-americano John B. Watson (1878 - 1958) que em 1913 escreveu o artigo O comportamentismo, que ficou conhecido como Manifesto behaviorista.
Os principais conceitos desenvolvidos por Skinner na composição de sua teoria são: comportamento; reforço; punição; estímulo discriminatório; estímulo aversivo; contingência; e ambiente. Para a teoria behaviorista radical, comportamento é definido como a relação entre organismo e ambiente.
Psicanálise
Fundamentos
Os fundamentos da Psicanálise propõem um resgate de clareza sobre a estrutura psíquica do indivíduo. É como se fosse um raio-x, falando de forma simplista, sobre o que acontece mentalmente com um paciente. No decorrer da terapia, ele entregará aos poucos o que esconde em sua natureza e que compromete sua saúde.
Fundador
Sigmund Freud
Conceitos
8) Pulsão de morte (Todestriebe)
O oitavo conceito é um pouco mais complicado de entender. No começo da psicanálise, Freud tinha ideia de que a psique buscava o prazer. O que é sentido como desprazer, então, era explicado como um conflito psíquico. Porém depois de 1920, Freud entendeu que o funcionamento último da psique vai mais além do princípio do prazer. É o que é traduzido na psicanálise lacaniana como gozo (jouissance). O exemplo paradigmático é do garoto que fica trazendo de volta a ausência de sua mãe, no jogo que ficou conhecido na psicanálise como Fort-Da. Em poucas palavras, Freud notou que existe uma tendência na psique que também busca o desprazer e a repetição do desprazer. Entretanto, nem todos os psicanalistas aceitam esta tese que faz parte da obra final dele.
7) Transferência (Übertragung)
O sétimo conceito é a transferência. No processo de análise, o sujeito que se deita no divã passa a associar livremente. A técnica consiste em dizer tudo o que vem a mente, procurando afastar toda e qualquer resistência. Com o processo de análise, o sujeito transfere relações anteriores de sua vida para o analista. Assim, o analista pode ser identificado com a figura paterna ou materna, ou qualquer outra que tenha importância em sua vida.
6) Estruturas da psique
A partir das relações do Édipo (situadas por volta dos 3 a 5 anos) que a estrutura permanente da personalidade é formada, com três possíveis resultados: neurose, psicose ou perversão. Isto significa que todos nós teremos uma ou outra destas estruturas e, depois, não conseguimos “trocar”. E isso também significa que a normalidade para a psicanálise não é uma questão de não ter uma estrutura psicopática, mas sim em ter sintomas que são menos graves. A diferença é de grau.
5) Complexo de Édipo (Ödipuskomplex)
O sujeito se forma a partir das identificações com outras pessoas. Não há como negar que a família, especialmente o pai e a mãe (ou a pessoa que assumir os seus lugares) tem especial impacto como influência. O conceito de complexo de Édipo foi reformulado ao longo da obra do pai da psicanálise e acompanhar as suas modificações implica em estudar o progresso e alteração de outros conceitos.
4) Sexualidade infantil (Infantile Sexualität)
Esta é uma das teses de Freud mais chocantes para quem nunca estudou psicanálise. Mas não é difícil de entender. Para a psicanálise, a sexualidade é pensada de maneira ampla e não se resume ao ato sexual, nem tem início na puberdade. Desde a infância, o sujeito vivencia o prazer em seu corpo, nas chamadas zonas erógenas. A fixação da libido nestas zonas, além do que seria “normal”, coaduna-se com os sintomas psicopatológicos da neurose, psicose e perversão.
3) Formação de compromisso
O terceiro conceito é justamente o que reúne todas as formações (sonhos, sintomas, atos falhos) em um mesmo arcabouço teórico: o conceito de formação de compromisso (Kompromissbildung). A grosso modo podemos entender que uma parte da psique quer uma coisa e uma outra parte quer outra. Por isso, até um pesadelo é uma realização de desejo. E até um sintoma, aquilo do qual reclamamos e nos sentimos mal, sinto-mal, é também uma realização de desejo. Para entendermos o que é uma formação de compromisso, é útil entendermos a ideia de ato falho. Um ato falho, como por exemplo esquecer de um compromisso, é um erro para a consciência, que talvez se justifique com uma desculpa. Mas do ponto de vista do inconsciente é um ato bem sucedido. No fundo, o sujeito não queria ir mesmo no compromisso, por isso se esqueceu dele.
2) Desejo
O segundo conceito é o desejo (Wunsch). Podemos ter um desejo claramente consciente, como querer isso ou aquilo e saber que se quer isso ou aquilo. Mas também temos desejos que são obscuros, não por serem intrinsecamente maus ou negativos, e sim porque deles não sabemos ou não queremos saber. Estes desejos, que são inconscientes, estão na base da formação dos sonhos, dos atos falhos, chistes, criações artísticas e, o mais importante para clínica, dos sintomas.
1) Inconsciente
Inconsciente é o que nós não sabemos de nós mesmos, o que esquecemos, o que ficou para trás e continua existindo, apesar de que possamos não saber exatamente sobre esses conteúdos. Nesse sentido, o inconsciente é um adjetivo, conteúdos inconscientes na psique. Porém, como disse, Freud vai além desse sentido que já existia na filosofia e define o inconsciente também como lugar e como modo de funcionamento distinto do funcionamento da consciência.
Temos sonhos todas as noites e não somos nós, pelo menos não conscientemente, que os criamos. Este é talvez o exemplo mais simples pra entender o que é o inconsciente. O Inconsciente funciona de um outro modo: através de deslocamentos e condensações.