jonka Maria Kelly 3 vuotta sitten
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Chegando a seguinte conclusão ele respondeu, " O progresso nas artes e nas ciências tinha resultado apenas na corrupção da humanidade".
Recebe o Prêmio da Academia de Dijon
A essa altura, Rousseau estava sendo recebido nos salões literários de Paris. Mas, a despeito de seu desejo de fama, ele não era um hipócrita. Sentia-se especialmente desconfortável entre a turba social da moda. O que tinha escrito no discurso havia saído das profundezas do seu ser. Ele era genuinamente contrário à sociedade e a suas formas corruptoras - e, ainda assim lá estava ele, sendo recebido no seio dessa própria sociedade.
Sua tese era que "a história da humanidade não passara da história de um calamitoso declínio. A humanidade era essencialmente boa por natureza, mas fora corrompida pela civilização e pela cultura".
Discurso sobre A Origem da Desigualdade
Não teve tanto sucesso como da última vez com a Academia, mas a obra Discurso sobre a Origem da desigualdade entre os homens é considerado como uma das suas obras primas e fagulha intelectual, que um dia, iria acender o fogo da Revolução Francesa.
Desigualdade Natural: Alguma diferença nos nossos tamanhos, nossas forças, inteligências e assim por diante. Essa desigualdade é física e inevitável. Não somos responsáveis por ela e não podemos muda-la.
Desigualdade Artificial: Surgem da Sociedade, e dependem do nosso controle. Elas resultam da ação humana são tanto morais como políticas.
Uma coisa comum nas obras de Rousseau são as suas inconsistências. Seguindo essa ideia temos ele afirmando que "no começo, a sociedade nascente era, de fato, boa. Mas a medida em que aprendemos a amar uns aos outros, também nos tornamos conscientes de outras emoções como: a habilidade de admirar trouxe consigo a inveja".
"Cada um começou a levar os outros em consideração, e a querer também ser considerado; desse modo o valor passou a ser de estima pública".
Com o desejo se ter o respeito social, nasceu a ideia de propriedade privada. Tornando assim as desigualdades anteriores em níveis cada vez mais acentuados, fazendo com que se torna necessário proteção física. Dando origem às leis e a um governo para aplica-las, com o surgimento das instituições formais, as desigualdades consolidaram-se em lei, poder e pedra.
Apenas em sociedade os interesses dos indivíduos conflitavam uns com os outros. Esse conflito permeava a sociedade inteira, e tinha que ser mascarado com boas maneiras e cortesias. Por isso, nenhuma sociedade era verdadeiramente feliz. Nem mesmo os ricos estavam contentes, esses conflitos os obrigavam a acumular cada vez mais, de tal modo que nunca estavam satisfeitos.
Desenvolvendo mais amplamente a sua ideia original. Dessa vez Rousseau destacou que " os humanos são a única espécie que cria a sua própria história". Isso significa que somos responsáveis por nossa condição (e, portanto, também somos responsáveis por sairmos dela). "Quando nos comparamos com outras criaturas naturais, vemos que nossa corrupção social nos transformou em miseráveis. Sentimo-nos irrealizados, infelizes e desiguais".
Aos 30 ele partiu para Paris em busca de fortuna, depois de várias tentativas, conseguiu uma oportunidade como secretário temporário do embaixador francês em Veneza. Lá ele concluiu que "tudo depende inteiramente da política", o que significava que "em toda parte, um povo não é nada além do que o seu governo faz dele".
"Desconsolado Egoísta" Peregrinação de Childe Harold
Sonata ao luar Sinfonia heroica
Os Sofrimentos do jovem Werther (Tempestade e Ímpeto)
O apelo de Júlia era universal. Ali estava a descrição de enlevos emocionais em um cenário real. Tratava-se de pessoas reais , vivendo vidas domésticas. Eram pessoas com as quais os leitores podiam se identificar.
Em Júlia, a expressão emocional é intensa e incoerente, e é nisso que está tanto sua força quanto sua validade.
É difícil exagerar a importância dos primórdios do romantismo na Europa. Culto do herói, ídolos populares, identificação emocional, figuras modelares. Tudo isso são hoje elementos compreendidos pelas sociedades modernas.
Mas, em meados do século XVIII, os únicos heróis e ídolos disponíveis eram os santos ou figuras lendárias - muito distantes da experiência cotidiana. Respeito e veneração estavam concentrados sobre as igualmente distantes figuras dos dirigentes e toda essa veneração era pautada por restritivas normas sociais.
A emoção civilizada - significativamente reduzida a "sentimento" - era igualmente racional. O Iluminismo tinha inspirado amplos avanços intelectuais e igualmente ampla repressão emocional. Assim a autoconfiança emocional do humanismo tinha sido substituída pelas incertezas da busca da certeza intelectual e pelo avanço da ciência rigorosa.
Havia pouca ou nenhuma compreensão do que significava ser criança, esse pode parecer um curioso ponto cego, já que todos aqueles adultos haviam passado pela infância não é? Quando na verdade, a maior parte dos casos realmente não tinha: As crianças simplesmente não recebiam permissão para serem crianças, em vez disso, haviam sido aprendizes de adultos.
Rousseau descreve como nos primeiros tempos, quando uma criança chora, tentamos silencia-la, seja cedendo às suas demandas ou ameaçando-a. "Assim, antes dela ser capaz de agir, suas primeiras ideias seriam de dominação e servidão. Antes de aprender a falar, ela manda; antes de ser capaz de agir ela obedece."
No que se refere a educação, ao invés de uma religião civil o aluno deve aprender uma religião pessoal.
Apenas quando essas duas diferentes formas de educação são combinadas com sucesso é que as contradições em nossa humanidade são superadas. Então comecemos por tornarmo-nos quem realmente somos, focalizando nossa atenção exclusivamente sobre nós mesmos.
Ele admitia que a tarefa do preceptor, não era fácil, então o mesmo não precisa sempre falar a verdade, se for necessário para alcançar o seu objetivo. Mas jamais sob hipótese alguma recorrer a métodos de punição corporal. A lavagem cerebral é evidentemente preferível ao espancamento.
Educação do ser humano natural Vive apenas para si mesmo
Educação do ser humano civil Vive apenas para a comunidade
Nas palavras de Rousseau " A natureza quer que as crianças passem pela infância antes de se tornarem homens".
O arcebispo de Paris não foi o único a não gostar das ideias sobre a religião de Rousseau. O Parlamento chegou a ordenar que o carrasco queimasse o livro publicamente, mandando prender imediatamente o autor.
Pelo resto da sua vida, ele continuaria a ser um fugitivo, e nesse processo, seu caráter frágil foi se degenerando numa paranoia cada vez mais aguda.
Em um dado momento, conseguiu chegar a Inglaterra, hospedando-se na casa do filósofo Hume. A essa altura, Rousseau estava indubitavelmente enlouquecido. Vestido teatralmente com "roupas armênias", seu estado de espírito oscilava entre o êxtase e as lágrimas.
As Confissões
Ao decidir voltar secretamente para a França, Rousseau recebeu proteção e abrigo de aristocratas poderosos. Onde por incrível que pareça, dado ao seu estado mental, foi durante esse período que produziu o que muitos consideram seu melhor trabalho, As Confissões.
"Quem quer que ... venha a examinar minha natureza, meu caráter, minha moral, meus gostos, meus prazeres e meus hábitos com seus próprios olhos, e seja capaz de me acreditar um homem desonrado, merece ser estrangulado"
"Roupas Armênias"
Ele também abandona a sua antiga concepção de estado natural. Agora, enfatiza que: "de forma alguma os seres humanos são tão livres. Eles são escravos de suas paixões animais, e a sua força é limitada por suas desigualdades naturais. A sociedade liberta os seres humanos em estado natural de suas paixões naturais escravizantes, e também dá a eles uma igualdade moral".
Então: Somos iguais perante a lei; temos liberdade de perseguir os nossos objetivos. Devemos ter igual oportunidades; mas devemos ser livres para seguir a oportunidade que escolhermos.
Embora a base do contrato seja a propriedade, e isso deva ser protegido, não deve ser feito a qualquer preço. "O poder nunca deve ser grande o suficiente para seu detentor exercer a violência. No que se refere a riqueza, nenhum cidadão deve jamais ser rico o bastante para comprar outro, nem pobre o bastante para ser forçado a se vender."
Lei Verdadeira: Derivava da vontade de todas as pessoas e garantia justiça para todos.
Mas havia um claro problema e ele se viu forçado a admitir, era que a maior parte das pessoas não era inteligente. "A vontade geral pode ter tido apoio moral do povo, mas não necessariamente funcionaria para o seu próprio bem".
Então: As pessoas estavam melhor quando eram governadas por um bom líder suficientemente hábil para produzir uma constituição e um sistema de leis justos. Se necessário, um líder deveria estar disposto a sugerir que suas ideias eram o resultado de inspiração divina - a fim de que suas leis tivessem força o suficiente perante os olhos do público.
Lei Real: Preservava a sociedade como ela era, com todas as suas injustiças.
Seguindo com a explicação de como uma sociedade justa não pode ser criada pela força. Assim como desigualdades físicas não são uma desculpa para desigualdades sociais, direitos impostos não criam genuínos direitos. Quando uma força depõe outra, um conjunto de direitos dará lugar a outro. Isso leva a uma situação aonde a "Força é Lei". (Nazismo)
Afim de estabelecer um governo adequado, requeria-se o consentimento de todas as pessoas. Mas a uma dificuldade nessa descrição de Rousseau, já que em uma sociedade de muitas vontades, elas inevitavelmente em algum momento iriam divergir. Fazendo com que, alguns indivíduos tivessem que se submeter a uma vontade que não condizia com a sua própria.
Como solução Rousseau propõe a chamada "Tese da Vontade Geral", que nada mais é: A sociedade e vista como um indivíduo coletivo, que mantinha sua liberdade coletiva porque se submetia à sua própria vontade geral. Essa vontade geral se aplicava a todos, pois derivava de todos. Isso garantia tanto liberdade quanto igualdade, e também o espírito de fraternidade.
Mas existe um problema "Se, no momento em que o contrato social é feito, surgem oponentes, essa oposição não invalida o contrato. Ela meramente excluí os desinentes: tornando-os em meros estrangeiros entre os cidadãos", ou seja, "Se um indivíduo dentro da Sociedade recusa-se a obedecer à vontade geral, o mesmo deve ser forçado a fazê-lo".
Temos os exemplos dessas palavras utilizados com más intensões: Tano no Comunismo como no Nazismo, eles excluíram os seus "dissidentes" e estigmatizaram "os estrangeiros entre os cidadãos".