ÁFRICA PRÉ-COLONIAL
O OLHAR IMPERIAL E A INVENÇÃO DA ÁFRICA
A África Inventada
Repensando o Continente Africano
1947, a Societé Africaine de Culture
e sua revista Presence Africaine, decisão em
elaborar uma história da " África descolonizada"
com técnicas européias de investigação histórica
resgatando o passado africano, buscando elementos
de identidade cultural solapados pelo colonialismo.
Tradição oral, explicação a unidade cósmica
tendo uma concepção do homem, do seu papel
e do lugar no mundo, seja ele mineral, animal, ou mesmo a sociedade humana.
África: Um Continente em Movimento
África pré - colonial de 1500 a 1800.
Os testemunhos escritos permitem identificar
principais organizações sociais e políticas, com
a dominação de "reinos", "Estados" e " impérios.
Uma das mercadorias que integram
os intercâmbios comerciais nas principais rotas
transaarianas é a população feita escrava.
O transaariano de escravos para o Magrebe e depois para a Europa permanente do séc. VIII AO XVI.
Ralph A. Austem, pesquisou três
grandes regiões de comércio de cativos
no continente africano: a costa ocidental
(do Senegal até Angola), as Savanas do norte
e o chifre da África ( do Senegal até a Somália)
e a costa oriental (do Quênia até Moçambique e Madagáscar).
Os mecanismos que levaram a escravidão
nas sociedades Pré - coloniais foram guerras internas decorrentes das próprias estruturas econômicas de cada região as quais remontavam
a Antiguidade.
O segundo mecanismo que levava a escravidão era a fome, que levava a, vender a si mesmo ou seus filhos como meio de sobrevivência. O terceiro mecanismo era resultado de punição judicial
por algum crime ou como uma espécie de garantia
para o pagamento de débito.
Século XVI, apresentam ligados a construção
de um conhecimento.
Surgimento do racionalismo como método
entre a 2° metade do sec. XVIII e a 1° metade
do sec. XIX, dominação do pensamento ocidental.
" Saber Moderno" como base de princípios políticos,
éticos e morais com fortes marcas nas ciências humanas.
Saber ocidental como uma nova consciência planetária propõem um "olhar imperial sobre o universo.
O termo africano ganha um significado preciso:
negro, com isso atribui um amplo espectro de significações negativas, passando para uma imagem de inferioridade e primitivismo.
Cisão remotos entre uma África branca com características mais próximas das ocidentais e uma África negra separadas pelo deserto do Saara, impedimento de qualquer comunicação entre ambos.
Friedrich Heigel porta - voz do pensamento hegemônico fins do séc. XVIII a XIX. Filosofia da história universal, aistoricidade da África.
África setentrional ligada ao mediterrâneo pertencente a Espanha, separada da África meridional, no Egito por um grande deserto e pelo Níger . Á África fica no sul do Saara, e é quase desconhecida
Existência de duas Áfricas com aspectos geográficos diferentes por raças distintas, branca e negra e outra sem história.
"Dupla Servidão" como ser humano e no mundo do trabalho. O negro, marcado pela pigmentação da pele, transformado em mercadoria e destinado a diversas formas de trabalho.
O PROCESSO DE " ROEDURA" DO CONTINENTE E A CONFERÊNCIA DE BERLIM
O Impulso de "roedura"
Tratar da partilha européia e da conquista da África
significa repor o protagonismo europeu.
Conferência de Berlim (1884 - 85) grande
marco na expansão do processo de "roedura"
do continente iniciado em 1430 com a entrada portuguesa
na África.
" Porto de Trato" do litoral, foram importantes
no fomento do mercado negreiro ao longo de
toda a zona subsaariana.
Diogo Cão, buscando o caminho das Índias,
subiu o rio Congo e acabou encontrando o reino Congo, atual
região ao norte de Angola.
Angola registrou uma presença
de colonos que asseguraram a exploração
econômica do território centrada no fornecimento
crescente de escravos, numa atividade complementar
a colonização portuguesa no Brasil.
Os Missionário e os Exploradores
Foi com o desempenho de missionários
que o continente começou a ser efetivamente rasado.
Os primeiros em 1830, eram anglicanos,
metodistas, batistas e presbiterianos a serviços da
Grã - Bretanha desenvolvendo seus trabalhos em Serra
Leoa, na Libéria, na Costa do Ouro e na Nigéria.
O que deu maior impulsa a exploração
do continente africano foi a procura por grandes eixos para os interesses comerciais de ingleses e franceses.
O que estimulou a procura pela nascente do Nilo e a descoberta dos cursos do Níger, do rio Zaire e do rio Zambeze.
Foram essas razões que o escocês Mungo Park, em 1975, fez uma viagem de cerca de um ano e meio pela África ocidental, explorando a bacia do Níger.
A Conferência de Berlim e a Partilha
Outubro de 1883 anuncio do
" mapa cor - de - rosa" e materializado em 1886
esse projeto pressupunha a ligação de Angola a Moçambique, do Atlântico até o Índico, abrangendo
quase toda a Zâmbia e o Zimbábue numa só província " Angolomoçambicana"
A paz de Vereeniging em 1902,
pôs fim a guerra dos ingleses, confirmando a supremacia
britânica na África do Sul.
Dessa forma, quase todo o continente
ficou sob o domínio europeu, com exceção da Libéria e da Etiópia.
A "Questão Étnica" apontada como causa
de todas as "guerras internas" na África é fruta de
manipulação política, segundo interesses econômicos e políticos de alguns setores das elites africanas associadas
as empresas européias e norte - americanas.