Contexto no qual os conceitos matemáticos foram desenvolvidos.
A história passa a destacar apenas os grandes nomes da matemática e a buscar, no passado, os precursores da matemática moderna.
Outras tendências historiográficas primaram pela necessidade de se entender como os fatores externos à Matemática a teriam influenciado.
Enquanto a primeira proposta historiográfica preocupou-se com problemas internos à Matemática, ou seja, à evolução dos conceitos matemáticos, independente da sociedade ou do meio em que eram produzidos.
Outras correntes historiográficas tomam a sociedade como base do processo de construção do conhecimento matemático.
A história da matemática deveria dar conta não só de grandes descobertas matemáticas, mas, também, evidenciar o progresso do pensamento matemático desde suas origens até o século XX.
Do ponto de vista historiográfico, o desenvolvimento do conhecimento matemático é visto como uma sucessão de fatos, organizados logicamente, por sua temporalidade, omitindo debates e outras questões que, direta ou indiretamente, estiveram ligadas no momento de sua formulação.
Três esferas de análise: epistêmica, historiográfica e contextual.
A escrita da história levou em consideração não só aspectos internos, mas, também, externos ao desenvolvimento do conhecimento matemático, de tal modo a situar os objetos da matemática na história.
O conhecimento matemático foi transmitido de geração a geração por séculos, porém, nesse processo de transmissão, a concepção do que vem a ser “matemática” transformou-se.
Entre os séculos XVI e XVII, o estudo da matemática ganhará impulso.
A partir do século XVIII, a matemática começou a adquirir contornos mais definidos.
Á medida que avançou em direção ao século XIX, produziu conhecimentos exclusivamente matemáticos.
O uso de documentos originais tem sido muito promissor para a história da matemática do ensino.
Esses documentos trazem informações sobre: o desenvolvimento do conhecimento matemático, os métodos de resolução de diversos tipos de problemas matemáticos, o uso da matemática em diferentes contextos e áreas de conhecimento.
Por quê?
Porque nos dão condição para compreendermos o que era a matemática e seu objeto, quem a ensinava, quem a aprendia, por que razão certos conteúdos eram ensinados e outros omitidos.
XVIII: Surgem grades Compêndios.
Dentre essas histórias, a que merece destaque, provavelmente, é ‘Vorlesungen über Geschichte der Mathematik’, publicada por Moritz Benedikt Cantor (1829-1920) entre 1880 a 1908.