RAIVA
MORFO
GENOMA
O vírus da raiva possui um genoma de RNA de fita simples com sentido negativo. O comprimento total do genoma é de cerca de 12.000 nucleotídeos. O RNA viral é incapaz de funcionar diretamente como mRNA, portanto, precisa ser transcrito em mRNA por uma RNA polimerase dependente de RNA.
NUCLEO CAPSÍDEO
O genoma de RNA do vírus da raiva está associado a proteínas nucleares, formando o nucleocapsídeo, que é de formato helicoidal. O nucleocapsídeo é envolvido por proteínas que protegem o RNA e estão envolvidas na replicação do vírus
ENVELOPADO OU NÃO
vírus envelopado
REPLICAÇÃO
O vírus entra nas células por endocitose, transcreve seu RNA para mRNA, replica-se no citoplasma e se liberta da célula por brotamento, adquirindo o envelope.
SINTOMAS
Subtópico
1-Fase prodrômica (1-10 dias):
Febre, mal-estar, dor de cabeça, náuseas.
Sensação de formigamento ou coceira no local da mordida.
2-Fase neurológica aguda:
Encefalite: confusão, agitação, alucinações.
Espasmos musculares, especialmente da faringe e laringe (hidrofobia, por dificuldade de engolir).
Fotofobia e hipersalivação.
3-Fase paralítica (rara):
Paralisia flácida progressiva.
TRANSMISSÃO
Ocorre através da saliva de animais infectados, por mordidas, arranhões ou lambidas em feridas. Cães e morcegos são os principais vetores.
TERAPIAS SOROLÓGICAS
PRÉ-EXPOSIÇÃO
A vacinação pré-exposição é recomendada para indivíduos que trabalham em áreas de risco elevado, como veterinários, pesquisadores, e profissionais de controle de fauna. A vacina é administrada em três doses (dias 0, 7, e 21 ou 28), proporcionando uma imunidade que pode ser reforçada com doses periódicas.
PÓS-EXPOSIÇÃO
Após a exposição ao vírus da raiva, o tratamento inclui uma combinação de:
Vacina: Administração da vacina antirrábica (quatro doses em pessoas não previamente vacinadas).
Imunoglobulina antirrábica (RIG): Usada em casos de alto risco para fornecer imunidade passiva imediata, aplicada nas áreas ao redor da mordida ou ferida e em outras partes do corpo, se necessário.