par priscila brito Il y a 1 année
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✓ Hemograma completo: leucocitose com desvio à esquerda (isquemia e perfuração), anemia (doença de Crohn, tumor de cólon direito, divertículo de Meckel). ✓ Eletrólitos: hipocalemia, hipocloremia e hiponatremia. ✓ Gasometria arterial: alcalose metabólica (vômitos graves). Pode ocorrer acidose metabólica em uma evolução mais tardia e isquemia intestinal. ✓ Lactato sérico: o aumento sugere isquemia intestinal.
EXAMES DE IMAGEM
TOMOGRAFIA
Deve ser solicitada quando a radiografia simples não indica intervenção imediata- para indetificar massas,estadiar as leções com precissao e o nivel de obstrução no colon
ULTRASSONOGRAFIA
A ultrassonografia não é um bom exame a ser realizado na suspeita de abdome agudo obstrutivo devido à presença da distensão gasosa, ficando reservada para pacientes gestantes ou pacientes graves, pois pode ser realizada à beira do leito
ROTINA RADIOLÓGICA DE ABDOME AGUDO ✓ Radiografia de tórax póstero-anterior (PA) em pé (ortostase). ✓ Radiografia de abdome em pé e deitado (decúbito dorsal).
OBSTRUÇÃO INTESTINAL BAIXA ✓ Distensão colônica (diâmetro bem maior que na obstrução de delgado); ✓ Visualização das haustrações colônicas; ✓ Localização mais periférica no abdome; ✓ Ausência de ar na ampola retal; ✓ Válvula ileocecal competente: a distensão gasosa limita-se ao cólon; ✓ Válvula ileocecal incompetente: distensão de intestino delgado e cólon; ✓ Volvo de sigmoide: a imagem típica é chamada de “sinal do grão de café” ou “sinal do U invertido” ou “sinal do tubo dobrado” ou “sinal do bico de pássaro”, esse último, visto no enema; e ✓ Fecaloma: imagem com aspecto em “miolo de pão”. Também pode estar presente na obstrução por bolo de áscaris.
Sinais sistêmicos:com a desidratação que ocorre devido aos vômitos abundantes, principalmente na obstrução intestinal alta, o paciente pode apresentar-se com taquicardia, hipotensão ortostática e oligúria. A febre pode estar associada à infecção (por exemplo, abscesso) ou outras complicações da obstrução (isquemia, necrose e perfuração intestinal).
Inspeção abdominal:dentificar uma distensão abdominal, que é maior nas obstruções de delgado mais distais e nas obstruções de cólon com válvula ileocecal incompetente. É importante verificar a presença de cicatrizes abdominais,s, pois a principal causa de obstrução intestinal são as aderências intestinais, relacionadas às cirurgias abdominais prévias.
Ausculta abdominal: inicialmente, na obstrução aguda mecânica, ocorre um peristaltismo de luta, ou seja, há um aumento na intensidade e frequência da peristalse na tentativa de vencer a obstrução (um dos primeiros sinais na obstrução mecânica). Por conta disso, há um aumento dos ruídos hidroaéreos, que possuem um timbre metálico.
Percussão abdominal: a distensão do intestino resulta em timpanismo à percussão em todo o abdome. Se houver timpanismo ao invés de macicez à percussão da região hepática (sinal de Jobert), devemos pensar em uma perfuração intestinal. Palpação abdominal: podemos identificar hérnias da parede abdominal ou região inguinal e, ainda, a presença de massas. A sensibilidade dolorosa ou a descompressão brusca positiva podem indicar uma complicação da obstrução. Toque retal: sempre deve ser realizado na suspeita de um abdome agudo obstrutivo. Podemos identificar fecaloma, neoplasias ou corpo estranho.
NEOPLASIA DE CÓLON DIREITO (ceco, cólon ascendente e flexura hepática) ✓ Paciente instável e/ou peritonite fecal: realizar hemicolectomia direita e ileostomia terminal. ✓ Paciente estável e cólon em boas condições (sem edema, bem vascularizado): hemicolectomia direita e anastomose primária, ou seja, ileotransversoanastomose. • Hemicolectomia direita: consiste em ressecção de 4 a 6 cm do íleo terminal até a porção do cólon transverso irrigado pelo ramo direito da artéria cólica média. Para neoplasias do cólon transverso é realizada uma hemicolectomia direita alargada, com ressecção do cólon direito e do transverso irrigados pelas artérias cólicas direita e média.
VOLVO DE SIGMOIDE
Alguns fatores de risco predispõem ao surgimento do volvo de sigmoide. São eles: ✓ Sigmoide redundante e longo; ✓ Idosos (7ª e 8ª décadas); ✓ Sexo masculino; ✓ Pacientes institucionalizados; ✓ Doenças neurológicas e psiquiátricas, uso de medicamentos psicotrópicos; ✓ Constipação crônica; ✓ Doença de Chagas e doença de Crohn; e ✓ Dismotilidade colônica (jovens e crianças, ex.: doença de Hirschsprung)
Os locais mais comuns do volvo são o cólon sigmoide (75% dos casos) e o ceco, sendo o volvo de sigmoide a segunda causa mais comum de obstrução intestinal baixa, correspondendo a aproximadamente 15% das obstruções intestinais baixas. Outros segmentos do trato gastrointestinal também podem sofrer uma torção, como estômago, vesícula biliar, intestino delgado, flexura esplênica e cólon transverso, porém é mais raro
NEOPLASIA DE CÓLON ESQUERDO (transverso distal, descendente e sigmoide)
✓ Paciente instável e/ou peritonite fecal: cirurgia de Hartmann (ressecção do tumor, com sepultamento do coto distal e colostomia terminal do coto proximal). *Se houver uma obstrução em alça fechada, com lesão de serosa ou isquemia e até perfuração de ceco (geralmente com peritonite fecal), a conduta será colectomia total, também chamada de subtotal ou colectomia abdominal (todo o cólon, do íleo ao reto) com ileostomia terminal e sepultamento do coto distal.
As neoplasias de reto e cólon esquerdo têm maior probabilidade de obstruir quando comparadas às neoplasias originadas do cólon direito. Isso ocorre porque o cólon direito tem maior diâmetro, é mais complacente e as fezes que por ele passam são mais líquidas. No entanto, o risco de perfuração do ceco é maior, principalmente quando seu diâmetro é maior que 12 cm. Além disso, as neoplasias do cólon esquerdo tendem a ser mais infiltrativas.
NEOPLASIA DE RETO MÉDIO E DISTAL E CANAL ANAL Diante de um paciente com obstrução intestinal por neoplasia de reto médio e distal e canal anal, a conduta é desobstruir o intestinal, ou seja, retirar o paciente da urgência. Nesses casos, podemos realizar apenas uma colostomia em alça (geralmente realizada no sigmoide ou cólon transverso à direita). Após resolução da obstrução intestinal, o paciente deverá ser encaminhado para neoadjuvância com quimioterapia e radioterapia e posterior ressecção do tumor.
3 VOLVO DE CECO Um volvo cecal é a rotação ou torção de um ceco móvel e/ou do cólon ascendente, que pode ser congênito, por uma fixação anômala do cólon direito, ou adquirido. O volvo cecal é mais prevalente em mulheres e afeta um grupo etário mais jovem comparado ao volvo de sigmoide (mais comumente ao final dos 50 anos).
FECALOMA
É a presença de fezes endurecidas que impactam no trato gastrointestinal, geralmente no reto. É mais frequente em pacientes idosos, acamados, institucionalizados, portadores de constipação crônica, de megacólon e doença de Hirschsprung. É a complicação mais frequente do megacólon chagásico.