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DESENCADEAMENTO DO PARTO

Os hormônios desempenham papéis cruciais na manutenção da gestação e no desencadeamento do parto. A progesterona é fundamental para inibir contrações uterinas e manter a cérvix em estado adequado, enquanto a relaxina prepara o trato reprodutivo para o nascimento.

DESENCADEAMENTO DO PARTO

DESENCADEAMENTO DO PARTO

Período puerperal

No puerpério, o local do endométrio onde ocorreu a conexão placentária é reparado e o útero volta ao seu tamanho original (involução uterina)
Égua entra em estro 8-12 dias após o parto (cio do potro)
O CL da gestação regride próximo ao parto, e por um período, o crescimento folicular ovariano é estático na maioria das espécies e ocorre um anestro puerperal
A amamentação inibe a atividade ovariana, exceto na égua
Período compreendido entre o parto e o estro

Eventos mecânicas

Contrações uterinas ocorrem em intervalos de acordo com a espécie e promovem a rotação do feto, de modo que ele se apresente de maneira correta à cérvix materna

Alterações pré-parto

A ocitocina, cuja produção hipofisária antes era inibida pela progesterona, agora começa a ser estimulada pela estrona
A estrona atua como um sincronizador de contrações uterinas, permitindo que todas as fibras musculares lisas do miométrio se contraiam ao mesmo tempo e ritmo
Também regula a quantidade de receptores de ocitocina nessas células
Atuando juntamente com a estrona, a relaxina estimula a distensibilidade da cérvix e o aumento da elasticidade dos ligamentos pélvicos (expansão do canal do parto)
Durante a luteólise, ocorre a secreção de relaxina na porca e na vaca
Esse hormônio permite que não ocorram contrações uterinas imediatas, permitindo o desenvolvimento final do feto
A PGF2alfa aumenta a contratilidade uterina, aumentando as concentrações de cálcio no citoplasma das células do miométrio
Realiza também a luteólise, reduzindo a progesterona e o bloqueio exercido por ela na contratilidade do útero
A estrona estimula o endométrio a produzir a PGF2alfa de maneira progressiva, até que, um a dois dias antes do parto a (PGF2alfa) aumenta significamente
O cortisol fetal estimula o desenvolvimento final do trato respiratório do feto e o depósito de glicogênio no fígado do mesmo
Há um aumento da secreção de cortisol pelo feto, que promove a conversão da produção de progesterona em secreção de estrona pela placenta
Simultaneamente ocorre a maturidade do feto, iniciação da lactação, expulsão da placenta e estabelecimento da ligação entre mãe e recém-nascido
O parto eutócito resulta de eventos sincronizados que culminam com a expulsão do feto sem dificuldade significativa

Placenta

Relaxina
Função de manutenção da atividade uterina, além de preparar o trato reprodutivo para o parto
Porca e vaca
Gata, cadela e égua

Produzida pela placenta, com início de secreção no início da gestação

Lactogênio e prolactina
Subtópico

Antes do parto, a secreção de prolactina pela placenta aumenta

O lactogênio diminui a utilização materna da glicose, desviando maior parte dela para o feto.

Isso estimula a secreção de insulina pelo feto, que induz o crescimento fetal

As placentas de ovinos e bovinos secretam o lactogênio (somatomamotropina) responsável pelo crescimento fetal e desenvolvimento das glândulas mamárias
Produção placentária de estrona
Conforme o fim da gestação se aproxima, a estrona aumenta consideravelmente, estando esta preparada para o parto (aumento de proteínas contráteis do útero e mediação da rede vascular uterina
É menos ativa que o estradiol produzido pelos folículos
Secretada pela placenta em diferentes concentrações de acordo com a espécie gestacional
Progesterona
Inibe contrações uterinas, mantém a contratilidade da cérvix e estimula a produção do "leite uterino" pelas glândulas endometriais
Hormônios proteicos e himunoglobinas não são transmitidos da mãe para o feto
A energia é fornecida ao feto na forma de glicose, aminoácidos, vitaminas hidrossolúveis (B e C) e esteróides
O feto é capaz de produzir proteínas e vitaminas lipossolúveis
Órgão gestacional de trocas nutricionais, gasosas e residuais entre o feto e a mãe
Quanto ao modo em que se estabelecem a união córion ao endométrio, a placenta pode ser classificada como
Discóide

As vilosidades coriônicas ficam dispostas formando um círculo ou disco

Primatas e coelhas

Zonária

Esses animais também possuem vilosidades coriônicas, porém elas ficam restritas na região equatorial formando um cinturão

Cadela e gata

Cotiledonária

Córion destes animais possui estruturas ovais denominadas de cotilédones

Ruminantes

Difusa

córion está aderido em qualquer local na superfície endometrial

Égua e porca

Pode ser classificada quanto às partes materna e fetal que se relaciona em três tipos principais
Hemocorial

Primatas e roedoras

Placenta de maior intimidade

Endotéliocorial

Cadelas e gatas

Epitélio uterino é digerido e córion fetal se une ao endotélio dos vasos do endométrio uterino

Epitéliocorial

Éguas, porcas e ruminantes

Epitélio do útero justaposto ao córion fetal sendo a placenta

Parte dos anexos placentários que une feto e mãe

Reconhecimento materno da gravidez

Na égua, o embrião migra de corno uterino à outro muitas vezes ao dia, inibindo a secreção da PGF2alfa pelo endométrio
Nos suínos, os embriões secretam estradiol, que secreta a PGF2alfa no útero, impedindo que ela siga para o sangue
No caso dos ruminantes, a sinalização é de proteínas trofoblásticas
O embrião envia uma sinalização antes de se fixar no útero (pouco antes do final do diestro) para que o CL seja mantido

Anatomia funcional da glândula mamária

Composta por um sistema de ductos que conectam massas de epitélio secretor
Corresponde a uma glândula sudorípara modificada que secreta leite para nutrição da prole

Dilatação da cérvix

Quando o feto penetra a cérvix, as terminações nervosas locais são estimuladas
Por via aferente, um estímulo nervoso chega ao hipotálamo, que estimulará a hipófise anterior e produzir ocitocina

A ocitocina irá agir como um estimulante às contrações intensas do miométrio

Inicialmente ocorre pela interação entre a estrona, relaxina e PGF2alfa, se intensifica posteriormente pela pressão exercida pelo feto, que inicia o estágio 2 do parto

Tópico principal

Estágios do parto

Estágios 2 e 3 ocorrem ao mesmo tempo em espécies que têm ninhadas
Estágio 3
A expulsão da placenta sofre retardo no caso de prematuridade no neonato ou de infecção no útero
Todas as espécies, com exceção da égua, ingerem sua placenta
As contrações uterinas continuam após o parto para que o restante dos líquidos fetais e a placenta sejam expulsos e o útero involua para seu estado não-gravídico
A placenta já vem se separando do útero e se desfazendo durante o estágio 2 devido às contrações do miométrio, que abrem as criptas endometriais onde ocorria as conexões
O cordão umbilical deve ser rompido se não ocorrer de maneira natural

Quando isso ocorre, os vasos umbilicais sofrem retração para que não ocorra hemorragia

Expulsão da placenta
Estágio 2
Nas espécies polítocas, as placentas são expelidas logo após cada feto, já nas espécies monótocas, a placenta é expelida algumas horas após o parto
O saco amniótico pode permanecer intacto, porém, é rompido pelo feto ou pela mãe após o nascimento
A superfície lisa do saco amniótico desliza por esse líquido e é expelido junto com o feto, que é liberado sem ter contato com o canal do parto
A medida que o feto avança pela vagina, a membrana corioalantóide se rompe devido à pressão criada pelo mesmo

O líquido liberado aqui fornece lubrificação para o canal do parto

Expulsão do feto através do canal do parto dilatado
Estágio 1
Contrações do miométrio com dilatação da cérvix

Produção de Progesterona CL x Placenta

Égua e ovelha
A progesterona produzida pelo CL é essencial à gestação dessas espécies até 50-70 dias de gestação. Após esse tempo, a placenta produz a maior parte da progesterona que irá manter a prenhez
Vaca, cabra, cadela, gata e porca
CL produz a maior parte da progesterona que mantêm a gestação

Fixação embrionária

O embrião se fixa ao endométrio e há o desenvolvimento da placenta
O período de fixação varia entre 7 a 35 dias nas espécies domésticas
A progesterona é a mesma do diestro
O ciclo estral cessa com o estabelecimento da prenhez

Eventos embrionários iniciais

Mórula
Conforme a mórula se desenvolve, é formada uma cavidade no interior desta, que passa a se chamar blastocisto

A zona pelúcida se rompe nessa fase

Embrião cuja divisão acaba de ultrapassar o estágio de 6 células
A progesterona produzida pelo CL estimula o endométrio à produção do "leite uterino"
O embrião em desenvolvimento permanece nas tubas uterinas 2-4 dias após a concepção
Isso permite a sincronização entre o desenvolvimento embrionário e uterino
Inicia-se a divisão mitótica do zigoto